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“Não me lembro de os matar”

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RoterTeufel

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Porto: Professor diz que gostava das vítimas e que não se recorda de ter cometido o crime
“Não me lembro de os matar”
Começou ontem a ser julgado no Tribunal de São João Novo no Porto, Arnaldo Ferreira, o professor de 55 anos acusado de matar à facada os dois irmãos na padaria da família, a 12 de Março de 2008. Reconhece que procurou as vítimas ao saber que a Formosa, na Foz, tinha uma dívida de cerca de 150 mil euros com a segurança social, ficando com medo de "cair na ruína" – mas diz não se lembrar de os ter morto com a faca da cozinha.

Arnaldo disse ontem que nunca chegou a falar com os irmãos sobre o assunto das dívidas e que não se recorda do que se passou nos momentos seguintes. "Entrei na casa com os meus irmãos. Não me lembro de mais nada, não me lembro de os matar. Ainda não sei como isto aconteceu, toda a gente sabe o quanto eu gostava dos meus irmãos", garantiu.

Perante o colectivo de juízes, o arguido confessou ainda que tinha divergências com os irmãos por causa de bens que estes se recusavam a partilhar. Arnaldo afirmou que meses antes de cometer o crime manifestou ao irmão Manuel a sua vontade de abandonar o ensino e de o ajudar a gerir a padaria da família, mas este não ficou contente com a ideia.

"Já não conseguia trabalhar, estava doente, tinha uma grave depressão e andava a frequentar um psiquiatra. Estive para ser internado mas não havia vaga no hospital" contou.

O arguido chegou inclusive a realizar diversos exames de forma a tentar comprovar a sua inimputabilidade. Na realização dos relatórios médicos o professor afirmou que falava muitas vezes com os irmãos na sua cela e que ouvia as suas vozes.
 
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