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Bispos exigem clareza a partidos

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RoterTeufel

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Igreja: Em causa propostas sobre promoção e valorização da Família
Bispos exigem clareza a partidos

Sem meias-palavras. Na abertura, ontem, da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os bispos desafiaram os partidos políticos a revelarem claramente que políticas defendem para a família.

Referindo o aproximar de "eleições legislativas", D. Jorge Ortiga, presidente da CEP, disse que "seria bom que os candidatos apresentassem propostas sobre estas questões, que são mais decisivas para o futuro da sociedade do que muitas outras que ocupam lugares de primazia em agendas partidárias" e assegurou que "é a autenticidade da democracia que está em jogo".

Mas, após o desafio, seguiram--se duras críticas às políticas do actual Governo no respeitante à família, com particular destaque para as novas leis do aborto e do divórcio, a prometida legalização dos casamentos gay e as "recentes propostas de legalização da eutanásia".

"É grave que se assista, entre nós, à tentativa de redefinição legal do casamento, incluindo uniões entre pessoas do mesmo sexo, e, desse modo, do conceito de família", referiu o presidente da CEP, acrescentando que, por outro lado, "as alterações legislativas ao regime do divórcio tornaram o casamento civil no mais instável dos contratos".

A nova lei do aborto e as propostas que têm surgido para legalização da eutanásia mereceram também duras críticas dos bispos portugueses.

Sublinhando que "são as crianças que faltam e não os velhos que estão a mais", o arcebispo de Braga propôs "o amor fraterno e solidário" como resposta ao sofrimento na doença. Quanto ao aborto, a nova lei promoveu a "banalização crescente dessa prática".

Os bispos aplaudiram ainda as "medidas recentes de aumento dos abonos de família e de alargamento das licenças de maternidade e paternidade", mas realçaram que se mantém "a injustiça de um sistema fiscal que discrimina negativamente as pessoas casadas".

"EDUCAÇÃO SEXUAL PODE SER UM ATENTADO"

Os bispos portugueses manifestaram desconfiança em relação ao programa da futura disciplina de Educação Sexual, referindo que ela pode representar um atentado aos direitos das famílias.

"A legislação, recentemente aprovada, que consagra a obrigatoriedade da disciplina de Educação Sexual, sem atender à necessidade de respeitar as convicções das famílias, pode vir a traduzir-se noutro atentado aos seus direitos", referiu D. Jorge Ortiga, na abertura dos trabalhos da CEP.

Alegando que, "atendendo a experiências já realizadas, são justificados os receios", o líder da prelatura portuguesa citou o artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos para dizer que os pais têm direito a escolher o género de educação a dar aos filhos.

RECEPÇÃO AO NOVO NÚNCIO APOSTÓLICO

Chegado a Portugal no dia 2 de Janeiro, D. Rino Passigato, novo núncio Apostólico em Portugal, foi ontem recebido em Fátima pelos bispos portugueses.

O prelado italiano, que representa o Papa no País, solicitou aos bispos "uma palavra que manifeste a aproximação da Igreja aos pobres, aos desempregados, aos marginalizados e a todas as pessoas e famílias atingidas pela presente crise económica".

O diplomata impeliu também os bispos a serem eficazes na mensagem cristã "aos jovens, às famílias, ao mundo do trabalho, da cultura e das comunicações sociais".

PORMENORES

CONTRA OS POTENTADOS

Os bispos condenaram os "potentados financeiros que, nas suas decisões distantes, não têm em consideração a dignidade dos trabalhadores".

CONTRA ANTINATALISTAS

A CEP criticou a existência de uma "mentalidade antinatalista", referindo que o aborto acentua a crise demográfica.

SELO DE CANONIZAÇÃO

Os CTT vão lançar no domingo 330 mil exemplares de um selo de 32 cêntimos a evocar a canonização do beato Nuno.
 
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