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Monchique: Morte de cabo José Silva é quinto suicídio este ano na guarda
Funeral com críticas à GNR
A família recusou honras militares mas a urna com o corpo do cabo José Lourenço da Silva, de 48 anos, que prestava serviço no Posto da GNR de Sabóia e se suicidou no passado sábado, foi ontem transportada, em mão, por militares da Guarda e familiares para o cemitério de Alferce, Monchique.
Tratou-se do quinto suicídio na GNR desde o início do ano. A viúva, Idália Encarnação, está indignada com a forma como o caso do seu marido foi conduzido. "A 10 de Fevereiro, ele, que dias antes tinha tido um desentendimento com o comandante, dirigiu-se ao posto a fim de entrar ao serviço e foi surpreendido por uma ordem do comando de Odemira para ser conduzido, de forma compulsiva, ao Centro Clínico, em Lisboa, onde ficou internado dez dias. E eu só soube disso ao fim do dia, quando fui ao posto", disse ao CM.
Desde aí e até ao dia em que pôs fim à vida, por enforcamento, na casa dos pais, o militar esteve sempre de baixa e o seu estado anímico agravou-se. "Antes de ser levado, ele estava bem de saúde. Nos últimos dias, ouvi-o dizer ao pai que ‘se soubesse o que sabia hoje, teria desobedecido’ e ‘aqueles tiranos mataram-me", sustenta a viúva.
Para José Alho, da Associação Sócio--Profissional Independente da Guarda, o caso revela "a dor e humilhação a que são sujeitos os militares". Já o coordenador da Delegação Sul da Associação dos Profissionais da Guarda, António Barreira, pede ao Governo que abra "um inquérito". Ao CM, o tenente-coronel Costa Lima, do Comando Geral, limitou-se a manifestar a "dor" da corporação.
Funeral com críticas à GNR
A família recusou honras militares mas a urna com o corpo do cabo José Lourenço da Silva, de 48 anos, que prestava serviço no Posto da GNR de Sabóia e se suicidou no passado sábado, foi ontem transportada, em mão, por militares da Guarda e familiares para o cemitério de Alferce, Monchique.
Tratou-se do quinto suicídio na GNR desde o início do ano. A viúva, Idália Encarnação, está indignada com a forma como o caso do seu marido foi conduzido. "A 10 de Fevereiro, ele, que dias antes tinha tido um desentendimento com o comandante, dirigiu-se ao posto a fim de entrar ao serviço e foi surpreendido por uma ordem do comando de Odemira para ser conduzido, de forma compulsiva, ao Centro Clínico, em Lisboa, onde ficou internado dez dias. E eu só soube disso ao fim do dia, quando fui ao posto", disse ao CM.
Desde aí e até ao dia em que pôs fim à vida, por enforcamento, na casa dos pais, o militar esteve sempre de baixa e o seu estado anímico agravou-se. "Antes de ser levado, ele estava bem de saúde. Nos últimos dias, ouvi-o dizer ao pai que ‘se soubesse o que sabia hoje, teria desobedecido’ e ‘aqueles tiranos mataram-me", sustenta a viúva.
Para José Alho, da Associação Sócio--Profissional Independente da Guarda, o caso revela "a dor e humilhação a que são sujeitos os militares". Já o coordenador da Delegação Sul da Associação dos Profissionais da Guarda, António Barreira, pede ao Governo que abra "um inquérito". Ao CM, o tenente-coronel Costa Lima, do Comando Geral, limitou-se a manifestar a "dor" da corporação.