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Juíza sofre pressões do Ministério Público

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RoterTeufel

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Porto: Em caso colateral do ‘Apito Dourado’
Juíza sofre pressões do Ministério Público

Amália Morgado foi pressionada para despachar a suspensão do processo de Paulo Lemos no caso em que aquele – justamente com a ex-companheira de Pinto da Costa, Carolina Salgado – é acusado da autoria dos incêndios nos escritórios do presidente do FC Porto e do advogado Lourenço Pinto. A antiga juíza do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto recebeu um telefonema da procuradora do DIAP, Maria Clara Oliveira, a reclamar rapidez.



"Interromperam um interrogatório para me entregar uma carta fechada. Abri e entendi que não era urgente. Mais tarde, recebo uma chamada da drª Clara a perguntar porque não está despachado o processo", contou Amália Morgado, agora colocada no Tribunal de Execução de Penas de Coimbra e que começou ontem a ser julgada, na Relação do Porto, por difamação.

A juíza concedeu, em Setembro de 2007, uma entrevista a um jornal onde refere "corrupção" na Justiça – Amália esclareceu ontem que sempre teve o cuidado de dizer "corrupção" entre aspas, no sentido de falta de transparência – referindo-se a este processo, ligado ao ‘Apito Dourado’.

Ora, a procuradora-adjunta do DIAP titular por todos os casos colaterais ao ‘Apito’, Teresa Morais, entendeu ter sido atingida e avançou com uma queixa, reclamando indemnização de 30 mil euros.

Amália diz que, na entrevista, Teresa Morais não é "identificável" e enumera outros factos que a levaram a falar em falta de clareza e que motivaram uma participação à PGR. "No TIC, tinha uma procuradora a trabalhar no meu juízo, mas apareceu outro magistrado alheio ao processo [José Lopes Zenha] a dar ordens. Nunca se legitimou para tal", disse Amália, que rejeitou o pedido do suspensão. "Começaram a chover telefonemas no TIC", rematou a juíza que se queixou de ser alvo de "posturas meramente persecutórias".
 
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