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Casal mata idoso e esconde corpo

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RoterTeufel

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V.N. Barquinha: Cadáver de homem de 72 anos encontrado no sótão
Casal mata idoso e esconde corpo

O ‘velho Caguincha’, como era conhecido o idoso de 72 anos, foi embalado pela conversa mole de Maria, 28 anos, que se ofereceu para lhe fazer a limpeza da casa. A jovem conquistou a confiança do patrão e acabou por se instalar na moradia, em Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha. Ao fim de poucos dias, com a ajuda de um amante, de 69 anos, matou-o à pancada e escondeu o cadáver no sótão – onde ficou quase um mês. Tudo pelos 360 euros de reforma da vítima.


José Augusto Domingos Azevedo, o ‘velho Caguincha’, foi assassinado com uma pancada na cabeça, provocada com um ferro da decoração da sala de estar, e o corpo levado para o sótão de casa. Foi encontrado segunda-feira, pela PJ de Leiria, escondido no meio de móveis velhos e embrulhado em plásticos e cobertores.

Este homicídio terá ocorrido em meados de Abril e o desaparecimento do idoso foi comunicado à PSP e à GNR por um filho que reside na mesma povoação. Paulo Azevedo não descansou enquanto não descobriu o que acontecera ao seu pai.

Mas estava "longe de imaginar" que o pai tinha sido morto "por causa de uma parca reforma de 360 euros por mês. Não era preciso matá-lo para ficar com o dinheiro", disse ontem ao CM o filho de José Azevedo, adiantando que, no Verão passado, Maria, que conhecia a vítima há cerca de quatro anos, se apoderou de 1600 euros do idoso e ele recusou-se a apresentar queixa.

Maria e o amante cúmplice, Joaquim, foram detidos na terça-feira pela PJ de Leiria e aguardam julgamento em prisão preventiva, indiciados por crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado.

Ontem à tarde, a população de Moita do Norte acompanhou o funeral do ‘velho Caguincha’. O corpo ficou sepultado no talhão 64 do cemitério de Moita do Norte e, no meio das flores, uma neta deixou um poema manuscrito em que se despede do avô, que foi vítima de "uma morte feia e injusta".

ARMA DO CRIME AINDA ESTAVA DENTRO DE CASA

A família de José Azevedo deu pela sua falta no dia 21 de Abril e nos dias seguintes comunicou o desaparecimento à PSP e à GNR. O caso só chegou ao conhecimento da PJ de Leiria no domingo passado, três semanas depois da denúncia, quando surgiram suspeitas de que se poderia tratar de um homicídio. No próprio dia foram iniciadas buscas no rio Tejo, junto à Quinta da Cardiga, por mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha. Enquanto decorriam as buscas no rio, elementos da PJ passavam a casa a pente-fino, vindo a encontrar o corpo já na segunda-feira e a resolver o crime em apenas 48 horas. O cadáver estava no sótão, escondido entre móveis velhos, e apresentava um adiantado estado de decomposição. Dentro de casa, a um canto da cozinha, estava o ferro usado para matar o homem.

ASSASSINA APANHADA DE MALAS FEITAS

Quando deu pela falta do pai, Paulo Azevedo tentou contactá-lo por telefone, mas a chamada era sempre desligada. Já tinham passado uns dias sem o ver, quando conseguiu falar com Maria, que lhe disse que o pai estava nas Urgências do Hospital de Abrantes, o que era mentira. Paulo Azevedo arrombou a porta e entrou em casa do pai, reparando que Maria tinha deixado as malas feitas. Na semana passada conseguiu localizá-la e entregá-la à polícia. Maria acabou por dizer que "alguém tinha agredido" o idoso e atirado o corpo ao rio, outra mentira. Só perante os investigadores da PJ é que confessou o crime.

PORMENORES

AMANTE PASTOR

O cúmplice de Maria, Joaquim, de 69 anos, é pastor e estava a residir numa pensão no Entroncamento, onde o casal costumava namorar.

MULHER E FILHOS

José Azevedo era casado e a mulher reside num lar na Praia do Ribatejo. O casal teve quatro filhos, três rapazes e uma rapariga.

IA PARA COIMBRA

Maria tinha aceite um emprego em Coimbra. Ia, como empregada interna, cuidar de uma criança e de um idoso.
 
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