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Autoridades investigam tentativa de fraude de 50 mil milhões de dólares

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Set 10, 2007
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Autoridades investigam tentativa de fraude de 50 mil milhões de dólares dos EUA para Portugal

As autoridades portuguesas estão a investigar uma tentativa de transferência de 50 mil milhões de dólares (36,6 mil milhões de euros) a partir do JP Morgan Chase, nos EUA, para Portugal, naquela que, se resultasse, seria a maior fraude de sempre no país.

A operação foi tentada por uma mulher não identificada, que apresentou num banco em Lisboa um contrato de transferência interbancária, ao qual a Lusa teve acesso, que previa uma movimentação de 36,4 milhões de euros na primeira tranche.

O documento levantou fortes suspeitas sobre a legalidade da operação que se pretendia concretizar, quer pelo modo de actuação da mulher, quer, sobretudo, pelo elevado montante envolvido.

Fonte oficial do Ministério Público disse à Lusa que "o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a proceder à recolha de elementos sobre o assunto".

O Banco de Portugal também está a investigar o caso, segundo fonte oficial, que esclareceu que "o processo seguiu para o departamento de supervisão" da instituição liderada por Vítor Constâncio, confirmando ainda que os moldes do caso são semelhantes a outras tentativas de fraude detectadas pelas autoridades em Portugal. A Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária (PJ) também está ao corrente do processo. Contactada pela Lusa, fonte oficial da PJ disse que, no entanto, "não se considera oportuno o comentário sobre situações concretas", escusando-se a divulgar dados sobre situações do género detectadas nos últimos anos em Portugal.

Quanto ao valor envolvido, 50 mil milhões de dólares (36,6 mil milhões de euros), é de longe muito superior a qualquer outro caso semelhante alguma vez detectado em Portugal, confirmaram à Lusa o supervisor dos bancos.

Mesmo não existindo um limite definido para fazer transferências de dinheiro de Portugal para o estrangeiro e vice-versa, o montante é de tal forma elevado que daria para fazer cinco linhas de comboio de alta velocidade em Portugal ou dez aeroportos de Lisboa.

Se a operação fosse realizada, seria transferido para Portugal duas vezes o valor das 20 maiores empresas portuguesas em bolsa. "Uma quantia nunca vista, seja no mercado português ou em qualquer praça de referência do mundo", comentou uma fonte bancária à Lusa. De facto, não é todos os dias que se transferem 50 mil milhões de dólares de um país para o outro e, como referiu outra fonte de mercado, "até parece brincadeira. O valor é completamente anormal".

O contrato 'swift' [troca directa entre bancos] previa a transferência daquele motante entre o banco norte-americano, o JP Morgan Chase Manhattan Bank, e a instituição portuguesa, com uma taxa cambial pré-definida e fixa de 85 euros para cada 100 dólares (avaliando cada euro em 1,17 dólares - abaixo dos 1,36 dólares a que o euro tem sido negociado no mercado cambial).

A transacção realizar-se-ia em várias tranches, com a primeira fixada em 49,5 milhões de dólares (36,4 milhões de euros).

Em termos de comissões, o banco que aceitasse conduzir a operação de transferência do dinheiro receberia 2,5 por cento do montante global, isto é, 1,25 mil milhões de dólares (quase mil milhões de euros - o dobro do valor de mercado do Banif em bolsa, por exemplo).

Na página quatro do contrato lê-se que "as partes têm que seguir as coordenadas fornecidas pelas regras dos bancos sobre o Acto Anti-Terrorista e o Acto Patriótico I e II. O comprador [banco que aceita receber o dinheiro oriundo dos EUA] não será considerado responsável por nenhuma lavagem de dinheiro danosa".

Jornal de Negócios
 
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