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Alexandra
Advogado acusa embaixada russa de mentir e criar obstáculos
O advogado da família de acolhimento da criança russa entregue à mãe biológica pela Justiça portuguesa acusou a embaixada russa de estar a mentir e a criar obstáculos, exigindo documentos que nunca foram pedidos em casos semelhantes
•Embaixada da Rússia só emite vistos perante «convite formal» da televisão
•Castigos corporais a crianças são punidos em 24 países no mundo
•Programa televisivo na Rússia não vai para o ar na quarta-feira
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A assessora de imprensa da embaixada russa em Lisboa afirmou aos jornalistas que «estão disponíveis para emitir os vistos» e que só não o fizeram porque não receberam um convite formal, autorizado pelos serviços de imigração russos, por parte do canal de televisão que convidou a família de acolhimento de Alexandra a participar num programa na Rússia.
O advogado da família, João Araújo, alega, no entanto, que a embaixada está a criar «um bloqueio».
«A televisão enviou ontem [terça-feira] à tarde um convite para a embaixada, explicando os motivos da nossa ida, voos, passaportes, o tempo que iríamos lá estar, etc. A embaixada enviou hoje um fax a dizer que o convite não era suficiente e que tinha de ser validado por um organismo oficial tipo SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]», contou João Aráujo aos jornalistas que o questionaram sobre a justificação da embaixada para recusar os vistos.
«A televisão diz que é a primeira vez em anos que isso acontece e estão fartos de convidar estrangeiros para participar em programas, noutros casos similares. Acho que a embaixada está a mentir», sublinhou o advogado.
João Araújo disse que hoje, quando foi recebido pelo chefe dos serviços consulares, este referiu que tinha contactado a televisão e que esta lhes tinha respondido que não estava confirmada nenhuma ida.
«Notou-se que ele estava a pôr obstáculos», comentou.
Alexandra, a menina de seis anos, filha de uma imigrante russa, estava à guarda da família de Barcelos há quatro anos, mas uma decisão judicial de 2008 determinou que fosse devolvida à família biológica, apesar dos problemas de alcoolismo que os técnicos referenciaram na mãe.
O pai, ucraniano, vive actualmente em Espanha.
A criança teria, originalmente, nacionalidade ucraniana e só terá adquirido a nacionalidade russa quando a mãe iniciou a disputa judicial com o casal que acolheu Alexandra.
Na semana passada, a menina, que fala apenas português, foi viver com a mãe e a avó numa cidade russa, a 350 quilómetros de Moscovo.
Lusa / SOL
Advogado acusa embaixada russa de mentir e criar obstáculos
O advogado da família de acolhimento da criança russa entregue à mãe biológica pela Justiça portuguesa acusou a embaixada russa de estar a mentir e a criar obstáculos, exigindo documentos que nunca foram pedidos em casos semelhantes
•Embaixada da Rússia só emite vistos perante «convite formal» da televisão
•Castigos corporais a crianças são punidos em 24 países no mundo
•Programa televisivo na Rússia não vai para o ar na quarta-feira
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A assessora de imprensa da embaixada russa em Lisboa afirmou aos jornalistas que «estão disponíveis para emitir os vistos» e que só não o fizeram porque não receberam um convite formal, autorizado pelos serviços de imigração russos, por parte do canal de televisão que convidou a família de acolhimento de Alexandra a participar num programa na Rússia.
O advogado da família, João Araújo, alega, no entanto, que a embaixada está a criar «um bloqueio».
«A televisão enviou ontem [terça-feira] à tarde um convite para a embaixada, explicando os motivos da nossa ida, voos, passaportes, o tempo que iríamos lá estar, etc. A embaixada enviou hoje um fax a dizer que o convite não era suficiente e que tinha de ser validado por um organismo oficial tipo SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]», contou João Aráujo aos jornalistas que o questionaram sobre a justificação da embaixada para recusar os vistos.
«A televisão diz que é a primeira vez em anos que isso acontece e estão fartos de convidar estrangeiros para participar em programas, noutros casos similares. Acho que a embaixada está a mentir», sublinhou o advogado.
João Araújo disse que hoje, quando foi recebido pelo chefe dos serviços consulares, este referiu que tinha contactado a televisão e que esta lhes tinha respondido que não estava confirmada nenhuma ida.
«Notou-se que ele estava a pôr obstáculos», comentou.
Alexandra, a menina de seis anos, filha de uma imigrante russa, estava à guarda da família de Barcelos há quatro anos, mas uma decisão judicial de 2008 determinou que fosse devolvida à família biológica, apesar dos problemas de alcoolismo que os técnicos referenciaram na mãe.
O pai, ucraniano, vive actualmente em Espanha.
A criança teria, originalmente, nacionalidade ucraniana e só terá adquirido a nacionalidade russa quando a mãe iniciou a disputa judicial com o casal que acolheu Alexandra.
Na semana passada, a menina, que fala apenas português, foi viver com a mãe e a avó numa cidade russa, a 350 quilómetros de Moscovo.
Lusa / SOL