Na mão de Deus

De repente
Sem ser esperada
Nem nada que a possa prever
A tragédia
Num instante
Acontece

Cruel
Aniquiladora
Destruidora
Inexorável
Sem piedade
Sem lógica nenhuma
Parecendo mesmo não obedecer
A vontade alguma

Sem que haja ciência
Tecnologia
Prece ou poder
Que a possa deter

Tão pouco o grito lancinante
Poderá ser lenimento
Da dor cruciante
Que rasga o corpo por fora
E a alma por dentro

E um só pensamento
Ocorre
A quem vive
E não morre:
Entreguemo-nos na mão de Deus!


Vale de Salgueiro, terça-feira, 2 de Junho de 2009
Henrique Pedro