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Repsol coloca 254 trabalhadores em lay-off

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Mai 27, 2007
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Mais de metade dos trabalhadores do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, entraram hoje, a partir das 00:00 horas, em 'lay-off' por um período de seis meses, numa suspensão de trabalho que afecta rotativamente 254 de 458 empregados.

"O lay-off começa oficialmente às 00:00 de sexta-feira, com a rotação que foi pré-definida e acordada entre a administração e a Comissão de Trabalhadores", disse à agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Repsol, Francisco Torres.

O acordo alcançado nas negociações entre a Comissão de Trabalhadores e a Repsol foi aprovado por maioria, com 214 votos, numa votação que decorreu a 29 de Junho e em que participaram 242 trabalhadores.

Segundo o acordo alcançado, os trabalhadores ficam em suspensão temporária de contrato de trabalho ('lay-off'), com o "pagamento de 80 por cento da retribuição base e dos subsídios", bem como da "comparticipação habitacional".

"Os benefícios sociais serão pagos a 100 por cento, nomeadamente o de infantário e o de estudos, e o seguro de saúde mantém-se", acrescentou Francisco Torres, referindo que o acordo terá reavaliações mensais, apesar de a "lei dizer que deve ser revisto trimestralmente".

"O número médio de trabalhadores em lay-off vai ser de 254 e todos os postos de trabalho desta empresa estão sujeitos ao lay-off", avançou.

No entanto e justificado com "razões de segurança", nem todos os trabalhadores vão entrar "de forma igual em lay-off".

"A equipa de segurança e de incêndios não vai fazer lay-off e na parte do ambiente também vão ficar com o período de lay-off restringido para um mês cada um", adiantou o representante dos trabalhadores.

"Há turnos que rodam de 15 em 15 dias, há outros sectores que farão a rotação de 21 em 21 dias. Na armazenagem, a rotação será sempre de 50 por cento, uma vez que são só dois trabalhadores por turno", exemplificou.

Para Francisco Torres, "há situações injustas que foram frisadas várias vezes".

"Houve situações em que a administração foi atendendo ao que nós pedimos, mas eu penso que há muitos trabalhadores que estão numa situação mais penalizadora que outros. Por exemplo, os trabalhadores de ensacagem que ficam todos seis meses em lay-off", sublinhou.

O coordenador da Comissão de Trabalhadores afirmou no entanto que, em reunião com a empresa, considerou que a "lay-off não ia resolver a situação da Repsol".

"Há outras unidades da Repsol com situações financeiras muito mais degradantes que a nossa, porque nós em Maio tínhamos 23 milhões de prejuízo, enquanto que outras duas unidades somadas ultrapassavam os 100 milhões de euros", argumentou.

Francisco Torres afirmou ainda que o que a Repsol "poupa com os trabalhadores" não justifica "todo este sacrifício".

Apesar de considerar desnecessário o recurso ao lay-off, por parte da empresa, Francisco Torres explicou que a Comissão de Trabalhadores acabou por negociar com a Repsol para "minimizar o impacto" nos trabalhadores.

Desde que os operários receberam em casa as cartas da Repsol a informar a entrada em lay-off de metade dos trabalhadores, que, segundo o representante dos trabalhadores, "a situação está muito instável".

A Lusa tentou obter declarações da administração da Repsol, mas até ao momento não foi possível.
DN
 
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