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FBI detém políticos, rabinos e funcionários públicos por corrupção

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Mai 27, 2007
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As críticas à corrupção na política multiplicaram-se depois de, quinta-feira, o FBI ter detido 44 pessoas, entre as quais rabinos, presidentes de câmara e outros funcionários eleitos, numa grande operação anti-corrupção em New Jersey.

Os detidos, que na sua maioria se declararam inocentes e foram libertados sob fiança e com pulseira electrónica, são alvo de acusações que vão da lavagem de dezenas de milhões de dólares ao tráfico no mercado negro de rins e falsificações de produtos de marca.

As 44 detenções de quinta-feira são um número elevado mesmo para o Estado de New Jersey, onde desde 2001 mais de 130 responsáveis públicos se deram como culpados ou foram condenados por corrupção.

"O problema da corrupção em New Jersey é um dos piores, se não o pior, no país", considerou hoje Ed Kahrer, que chefia a divisão do FBI (polícia de investigação federal norte-americana) para os crimes de "colarinho branco" e de corrupção. "A corrupção é um cancro que está a destruir os valores fundamentais deste Estado", acrescentou.

Para o governador do Estado, John Corzine, "a dimensão da corrupção que se está a ver à medida que isto evolui é simplesmente escandalosa e não pode ser tolerada".

"Estas personalidades políticas venderam-se", resumiu o procurador Ralph Marra numa conferência de imprensa, em que criticou os rabinos detidos por terem "dissimulado as suas vastas actividades criminosas atrás da respeitabilidade" associada aos líderes religiosos.

As detenções tiveram ampla cobertura mediática não só nos Estados Unidos mas também em Israel, com os principais diários do país a destacarem fotografias de judeus ultra-ortodoxos a serem detidos por agentes do FBI.

Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia nacional israelita, disse hoje que as forças policiais de Israel não tiveram qualquer envolvimento na investigação e escusou-se a comentar as detenções.

Segundo procuradores federais dos Estados Unidos, a investigação começou há dez anos e centrou-se numa rede de lavagem de dinheiro que actuava entre Brooklyn (Nova Iorque), Deal (New Jersey) e Israel e é suspeita de ter permitido a lavagem de dezenas de milhões de dólares através de organizações de beneficência judaicas dirigidas por rabinos de Nova Iorque e de New Jersey.

Os procuradores recorreram a um informador da investigação que os ajudou a chegar aos políticos corruptos. O informador, um empresário do ramo imobiliário que foi acusado de fraude bancária há três anos, fez-se passar por empresário corrupto e pagou a funcionários públicos dezenas de milhares de dólares em subornos para a aprovação de projectos de construção em New Jersey.

Entre os 44 detidos figuram os presidentes das câmaras de Hoboken (Peter Cammarano), Ridgefield e Secaucus, o vice-presidente da câmara de Jersey e dois membros da assembleia estadual.

Um membro do gabinete do governador, Joseph Doria, demitiu-se depois de uma busca à sua residência e apesar de não ter sido detido. As autoridades recusaram confirmar se Doria vai ser acusado de algum crime.

Todos os eleitos detidos são do Partido Democrata, à excepção de um.

Além dos políticos foram também detidos cinco rabinos de Nova Iorque e de New Jersey, acusados de lavagem de dinheiro, parte do qual através da venda de produtos falsificados e de falências fraudulentas, segundo as autoridades.

Um dos rabinos, Levy Izhak Rosenbaum, é acusado de tráfico de órgãos por ter convencido "dadores" a venderem-lhe os rins por 10.000 dólares e revendido os órgãos por um preço seis vezes superior.

Outras detenções incluem inspectores de construção e de incêndio, funcionários do ordenamento do território urbano e funcionários de empresas de utilidade pública, todos acusados de facilitarem a corrupção.

Os políticos detidos não foram acusados de qualquer envolvimento na lavagem de dinheiro ou no tráfico de órgãos e de produtos falsificados.

JN
 
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