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Banqueiro tropeça à porta de casa

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Mai 27, 2007
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Oliveira e Costa saiu ontem do estabelecimento prisional da PJ para a sua casa na avenida Álvares Cabral, em Lisboa. Não está em liberdade, mas três dias passados da decisão do juiz de reduzir a medida de coacção, o ex-presidente do BPN está agora em prisão domiciliária. Após nove meses atrás das grades, eram 21h19 quando saiu da carrinha celular para caminhar em direcção à porta do prédio onde vive.


Visivelmente debilitado, e usando um livro para tapar a cara (ver caixa), o principal arguido do caso BPN tropeçou quando caminhava para a porta, tendo sido amparado pelo advogado Leonel Gaspar.

A necessidade de usar uma pulseira electrónica foi um dos principais motivos do atraso da saída de Oliveira e Costa. A indicação avançada era que seria libertado durante a tarde, mas a montagem do sistema electrónico deu problemas. O advogado teve de se deslocar ao apartamento do arguido, tal como elementos da PJ, para assegurar a operacionalidade do equipamento. Ao que o CM apurou, a saída esteve em risco de ser adiada para hoje.

O juiz Carlos Alexandre aceitou terça-feira as alegações da Defesa de que já não existiria neste momento risco de fuga nem de destruição de provas essenciais à investigação. As questões de saúde do ex-banqueiro também podem ter pesado na decisão do juiz em decretar a prisão domiciliária.

LIVRO 'UM NOVO MUNDO'

Durante os cerca de nove meses em prisão preventiva, Oliveira e Costa dedicou-se à leitura. Ontem, à saída da prisão, o ex-banqueiro trazia na mão o livro ‘Um Novo Mundo – Despertar para a essência da vida’, de Eckhart Tolle, que aborda a evolução espiritual da humanidade e aponta o caminho para uma transformação interior. A obra mereceu elogios por parte da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, que lhe dedicou vários programas.

DIAP FAZ MAIS TRÊS ARGUIDOS

Os magistrados do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) constituíram arguidos esta semana os três ex-administradores do BPP - João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital -, por suspeitas de branqueamento de capitais, gestão danosa e fraude fiscal. Com esta diligência as autoridades acreditam ter terminado a investigação, e a acusação poderá ser deduzida já na reabertura do ano judicial, em Setembro.

João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital deverão ser alvos de acusação pública e o Ministério Público irá pedir que o dinheiro já apreendido reverta a favor do banco. Já foram retidos cerca de 12 milhões de euros que estavam depositados em contas tituladas pelos suspeitos e situadas em paraísos fiscais, designadamente nas ilhas Caimão. Há outras verbas também apreendidas, cujo valor total não é conhecido.

CINCO SUSPEITOS NO CASO BPP

A constituição de mais três arguidos faz subir para cinco o número de suspeitos no caso BPP. Recentemente tinha sido constituído arguido um advogado da sociedade PLMJ, da qual José Miguel Júdice faz parte. O quinto arguido é Mário Sampaio, um pequeno accionista da Privado Holding, que controla o Banco Privado Português.

APONTAMENTOS

CMVM NAS BUSCAS

Peritos da Comissão de Valores Mobiliários estão a colaborar com o Ministério Público na investigação.

MEDIDA DE COACÇÃO LEVE

Os três novos arguidos estão com a medida de coacção mais leve: Termo de Identidade e Residência.

NOTAS

BPI: ESTUDA COMPRA DO BPN

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, admitiu que o banco vai estudar a compra do BPN, uma vez que está interessado em "ter mais dimensão e mais quota de mercado"

BPP: "OVELHA NEGRA"

Fernando Ulrich teceu duras críticas à solução prevista para o BPP, acusando as autoridades de quererem que todos os bancos e contribuintes suportem os "erros de uma ovelha negra"

ULRICH: MELHORAR COORDENAÇÃO

Fernando Ulrich apelou ao Ministério das Finanças, à CMVM e ao Banco de Portugal para "que melhorem a coordenação, que não está a funcionar da melhor maneira"

CM
 
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