Há uma vaga de assaltos e burlas em Lourosa, Feira, que tem por alvo idosos, atacados em casa, de dia. O último caso aconteceu anteontem. A vítima tem 95 anos. A população está impaciente, apesar das garantias das autoridades.
"Lourosa está entregue aos marginais", afirma um comerciante com negócio junto à Estrada Nacional (EN1). "Mas não ponha o meu nome no jornal que essa gente é vingativa", pede, preocupado.
Na passada quarta-feira, o caso de uma mulher, de 95 anos, que só foi tornado público ontem, chocou particularmente a população. A idosa foi surpreendida, ao final da manhã, com a presença de dois indivíduos que entraram de rompante na cozinha. Terá sido empurrada e caiu inanimada no chão. Valeram-lhe as suspeitas de duas mulheres que viram os intrusos entrar na casa e de imediato alertaram um dos filhos.
"Vim logo a correr e ainda os apanhei dentro de casa", conta ao JN Joaquim Almeida. Os dois assaltantes tiraram as chaves do exterior e trancaram-se por dentro. "Naquele momento de aflição dei um murro no vidro da porta para poder acudir a minha mãe", recorda.
Mas quando o filho da vítima se afastou da porta para pegar num pau, os ladrões colocaram-se em fuga. "Ainda acertei com o pau na cabeça de um, mas foi pena que o pau se tivesse partido". Mesmo assim, Joaquim Almeida perseguiu um dos homens, com o qual se envolveu numa luta. O assaltante, muito mais jovem, conseguiu fugir.
Quando voltou a casa, encontrou a mãe inanimada no chão, não sabendo ao certo o que lhe aconteceu. Diz que "ela não se lembra de nada e foi ao hospital, porque se queixava de dores na anca".
Mais tarde, foi chamado à GNR para identificar um dos possíveis autores do assalto, mas não teve certezas. "Foi tudo tão rápido. Estava sob uma tensão muito grande. Nem consegui ver bem. Por isso, não quis arriscar e culpar um possível inocente", justificou. O homem acabaria por ser libertado pelas autoridades, tal como acontecera pouco antes com um segundo suspeito.
Um dos indivíduos em causa acabaria por ser visto mais tarde a circular na rua e só a chegada da GNR evitou que a população, já muito exaltada, partisse para a agressão ao suspeito. "Matem-no que esses tipos só andam a fazer mal", gritavam.
Nesse mesmo dia, nem a caixa das esmolas de uma capela das proximidades escapou aos ladrões e, um dia depois, foi a vez de outra mulher, de 85 anos receber a visita de dois falsos técnicos da Segurança Social que entraram na cozinha de sua casa e a obrigaram a entregar mais de 800 euros.
Na passada semana, outra idosa, de 84 anos foi abordada por dois indivíduos que lhe encostaram uma faca ao pescoço e a forçaram a entregar 400 euros.
Mas os relatos de burlas e assaltos têm sido quase diários, alguns nem chegam a ser participados às autoridades. A população mostra-se pouco crente no fim destes acontecimentos. "As nossas leis tiraram autoridade à GNR e à Polícia".
JN
"Lourosa está entregue aos marginais", afirma um comerciante com negócio junto à Estrada Nacional (EN1). "Mas não ponha o meu nome no jornal que essa gente é vingativa", pede, preocupado.
Na passada quarta-feira, o caso de uma mulher, de 95 anos, que só foi tornado público ontem, chocou particularmente a população. A idosa foi surpreendida, ao final da manhã, com a presença de dois indivíduos que entraram de rompante na cozinha. Terá sido empurrada e caiu inanimada no chão. Valeram-lhe as suspeitas de duas mulheres que viram os intrusos entrar na casa e de imediato alertaram um dos filhos.
"Vim logo a correr e ainda os apanhei dentro de casa", conta ao JN Joaquim Almeida. Os dois assaltantes tiraram as chaves do exterior e trancaram-se por dentro. "Naquele momento de aflição dei um murro no vidro da porta para poder acudir a minha mãe", recorda.
Mas quando o filho da vítima se afastou da porta para pegar num pau, os ladrões colocaram-se em fuga. "Ainda acertei com o pau na cabeça de um, mas foi pena que o pau se tivesse partido". Mesmo assim, Joaquim Almeida perseguiu um dos homens, com o qual se envolveu numa luta. O assaltante, muito mais jovem, conseguiu fugir.
Quando voltou a casa, encontrou a mãe inanimada no chão, não sabendo ao certo o que lhe aconteceu. Diz que "ela não se lembra de nada e foi ao hospital, porque se queixava de dores na anca".
Mais tarde, foi chamado à GNR para identificar um dos possíveis autores do assalto, mas não teve certezas. "Foi tudo tão rápido. Estava sob uma tensão muito grande. Nem consegui ver bem. Por isso, não quis arriscar e culpar um possível inocente", justificou. O homem acabaria por ser libertado pelas autoridades, tal como acontecera pouco antes com um segundo suspeito.
Um dos indivíduos em causa acabaria por ser visto mais tarde a circular na rua e só a chegada da GNR evitou que a população, já muito exaltada, partisse para a agressão ao suspeito. "Matem-no que esses tipos só andam a fazer mal", gritavam.
Nesse mesmo dia, nem a caixa das esmolas de uma capela das proximidades escapou aos ladrões e, um dia depois, foi a vez de outra mulher, de 85 anos receber a visita de dois falsos técnicos da Segurança Social que entraram na cozinha de sua casa e a obrigaram a entregar mais de 800 euros.
Na passada semana, outra idosa, de 84 anos foi abordada por dois indivíduos que lhe encostaram uma faca ao pescoço e a forçaram a entregar 400 euros.
Mas os relatos de burlas e assaltos têm sido quase diários, alguns nem chegam a ser participados às autoridades. A população mostra-se pouco crente no fim destes acontecimentos. "As nossas leis tiraram autoridade à GNR e à Polícia".
JN