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Superdragão acusado de traficar mulheres

G@ngster

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São acusados de angariar mulheres no Brasil para virem para Portugal trabalhar em casas de prostituição ou bares de alterne.

Diziam-lhes que o bilhete de avião seria pago pelos proxenetas portugueses que depois tratavam de as legalizar. Suspeita-se de que o destino daquelas mulheres fosse serem mantidas em piores condições do que aquelas que usufruíam no Brasil; eles foram presos após várias recusas do SEF, em Portugal, para que elas entrassem no nosso país.

Luciano, Bruno Sousa e Bruno Moreira foram detidos pela Polícia Federal brasileira quando se encontravam no Recife e estão em prisão preventiva até julgamento.

Luciano é do Porto e conhecido adepto do clube mais representativo da cidade. A sua ligação à claque Super Dragões é de tal forma intensa que a sua palavra é recebida como a de um líder.

No estádio tem a mesma liberdade de movimentos que qualquer outro responsável da mesma claque, advindo muito da sua importância nos Super Dragões com ligações familiares a ex-atletas do clube.

Ainda segundo o CM apurou, os três portugueses foram inicialmente alvos de uma busca quando se encontravam em Palmas. Mesmo assim, e não obstante estarem impedidos de se ausentar daquela morada, fugiram para o Recife. Bruno Sousa, de 27 anos, e Bruno Moreira, de 29, foram apanhados em Boa Viagem; Luciano foi preso em Abreu e Lima.

As autoridades brasileiras deram ainda conta de que o trio tentava viajar para Portugal quando foi interceptado. Foram conduzidos à cadeia de Parentibe Cotel, em Abreu e Lima, no Recife, estado de Pernambuco, onde foram interrogados e sujeitos à medida de coacção de prisão preventiva.

Documentos encontrados na posse dos portugueses apontam ainda para o facto de Portugal poder não ser o único destino destas mulheres.

Algumas poderiam também ser colocadas no ‘mercado’ espanhol, havendo ainda algumas mulheres que terão chegado ao nosso país por via terrestre, depois de aterrarem no país vizinho.

MULHERES POBRES À PROCURA DE SONHOS

As regiões mais pobres do Brasil são o local preferido para os traficantes angariarem mão-de-obra. Um estudo feito em São Paulo dá conta da existência de 241 rotas de tráfico no país.

SEM DOCUMENTOS PARA REGRESSAR

No nosso país, muitas destas mulheres ficam sem os documentos. Algumas são escravizadas, tendo de entregar quase tudo o que ganham aos proxenetas. Mesmo que queiram não podem regressar.

MAFIAS RUSSAS FORAM PIONEIRAS

As máfias russas foram pioneiras no nosso país no tráfico de pessoas. Várias redes foram desmanteladas no final dos anos 90, verificando-se então um grande fluxo de brasileiras.

ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA CONDENADA EM PORTIMÃO

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras levou 23 arguidos a julgamento, em Portimão, por auxílio à imigração e crimes conexos, como associação criminosa, extorsão, coacção, corrupção e falsificação. O auxílio à imigração ilegal não foi provado, mas os restantes crimes sim. O tribunal condenou ontem o líder da ‘ala moldava’ a 23 anos de prisão, outros dois arguidos a 17 anos, mais dois a seis e um sexto a cinco anos. Uma empresa foi absolvida e os restantes arguidos condenados a penas suspensas, de 3 a 4 anos e dez meses.

PENA SUSPENSA DE 4 ANOS

Enquanto em Portimão o líder do grupo de moldavos era condenado a 23 anos de cadeia, Elisabete Chaves, conhecida como a 'advogada do Porsche', ouvia no Tribunal de São João Novo, no Porto, que a pena que lhe tinha sido determinada era de quatro anos de pena suspensa. A sentença surpreendeu a arguida, que acabou por abandonar a sala lavada em lágrimas e a suspirar de alívio.

A advogada, que era a principal suspeita de uma rede de legalização irregular de imigrantes através de falsos contratos de trabalho ou casamentos fictícios, esteve inicialmente acusada de 252 crimes que depois foram reduzidos para 44.

Ontem, o tribunal condenou-a apenas por três crimes: um de auxílio à imigração ilegal na forma continuada; um de falsificação de documentos na forma de uso; e o terceiro de tráfico de influência.

O tribunal não deu como provado que Elisabete 'fizesse parte de um grupo organizado, cujo intuito era arrecadar estrangeiros', nem que 'exercesse funções de liderança no grupo'. Dos cinco elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras acusados no processo, apenas José Bessa e Jaime Oliveira foram condenados, também a penas suspensas. Houve ainda quatro empresários a serem punidos.

DEFESA ADMITE INTERPOR RECURSO

Apesar de Elisabete estar visivelmente satisfeita com a sentença, o advogado de Defesa, Artur Marques, deixou bem claro que pretende recorrer da pena.

'Estou satisfeito, pois este processo começou por ser um monstro, mas penso que pudemos obter uma pena mais justa', defendeu.

Também a procuradora do Ministério Público, Maria Clara Oliveira, admitiu interpor recurso.

PORMENORES

BENS DEVOLVIDOS

Os bens apreendidos a Elisabete Chaves durante as buscas à sua casa em Barcelos vão ser devolvidos ao seu pai Eurico Chaves, também arguido no processo. Entre os bens está o Porsche, no qual a advogada transportava as cidadãs ilegais, bem como a quantia de 53 624 euros.

PRENDAS

O tribunal não deu como provado que Elisabete oferecia a José Bessa e a outros inspectores do SEF prendas em troca de favores. O juiz Mário Silva concluiu que as prendas eram oferecidas 'geralmente no Natal e apenas por uma questão de amizade'.

FAVORES SEXUAIS

Entre outros crimes, o arguido José Bessa foi condenado por abuso de poder de forma continuada. O tribunal deu como provado que o arguido usou o poder das suas funções como inspector do SEF para obter favores sexuais das cidadãs ilegais.

DIFICULDADES

A procuradora do MP lamentoua existência de algumas 'falhas' durante as audiências em que não foi possível ouvir todos os cidadãos estrangeiros por impossibilidade de os contactar.

NOTAS

VALENÇA: INSPECTOR TRAFICAVA

Em Março de 2006, um inspector do SEF confessou em tribunal fazer parte de uma organização de tráfico de mulheres do Brasil para bares de alterne em Valença

PORTUGAL: NA ROTA DO TRÁFICO

Não existem números concretos para o tráfico de mulheres no Brasil, mas vários estudos efectuados confirmam que Portugal é um dos principais países na rota do tráfico

ORIGEM: BRASIL E PAÍSES DE LESTE

Na Europa, o tráfico de mulheres realiza-se essencialmente a partir do Brasil e dos países de Leste. Também a Nigéria tem registado um aumento no número de mulheres exploradas

Tânia Laranjo/Ana Isabel Fonseca / P.M.
 

aguda

GF Ouro
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Ago 28, 2007
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que mal me pergunte o que tem isto a ver com desporto?
parece-me ser uma noticia de nivel geralista não sei o que está aqui a fazer ou por outra eu até sei mas os responsavéis é que sabem
 
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