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Privado Holding continua a trabalhar numa solução para BPP

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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A accionista do Banco Privado Português continua a trabalhar num plano de viabilização da instituição que conte com “novos accionistas privados credíveis (nacionais e estrangeiros)” e que “não envolva dinheiros públicos de montante superior a um cenário de liquidação”, o qual, estima, custará 500 milhões de euros aos cofres do Estado.

Em comunicado, a Privado Holding (PH) adianta que, para além dos seus cálculos sobre o custo da liquidação para o Estado, uma eventual insolvência do BPP representaria ainda uma despesa adicional de 190 milhões de euros “a serem pagos pelo sistema financeiro (...) ao nível das novas regras de financiamento do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) e Fundo de Garantia de Depósitos (FGD)”.

Uma solução – prevista na solução anunciada pelo Governo – sobre a qual, diz a PH, podem “existir dúvidas quanto à sua constitucionalidade”. Acerca desta questão, a sociedade “solicitou aliás um parecer jurídico”.

Tendo em conta as “preocupações manifestadas pelo Ministro das Finanças”, a PH acrescenta que está a trabalhar numa solução para o BPP que, para além de não envolver dinheiros públicos para além do custo estimado da insolvência, “não esteja dependente da Caixa Geral de Depósitos ou de qualquer outra entidade financeira pública, envolva um processo de capitalização do BPP que conte com os actuais accionistas – à excepção, óbvia, do accionista fundador – e novos accionistas privados (nacionais e estrangeiros) com quem se encontra de momento em negociações”

Por outro lado, sublinha que este processo de capitalização conta ainda com “a intenção já expressa por vários clientes de transformar parte dos seus activos ilíquidos em capital do novo banco”. E, por fim, este plano está a ser trabalhado no pressuposto de que “garanta o pagamento integral dos investimentos efectuados pelos clientes do retorno absoluto”.

Recorde-se que o Banco de Portugal arquivou o mais recente plano apoiado pela PH, da autoria da Sociedade Comercial Orey Antunes, na sequência das afirmações públicas de recusa de Fernando Teixeira dos Santos, devido ao envolvimento previsto do Estado.

A PH aproveita, no mesmo documento – emitido após uma reunião extraordinária realizada hoje - para repetir que “não entende o motivo pelo qual a proposta de viabilização apresentada pela Oreu Financial junto do Banco de Portugal foi arquivada”.

O ministro das Finanças tem vindo a desenvolver contactos com o sector financeiro no sentido de viabilizar a sua proposta, que passa pela criação de um fundo especial de investimento que receba os activos dos produtos de retorno absoluto e cuja gestão seja assegurada pelos principais bancos portugueses.

Para colmatar o diferencial de desvalorização destes activos, face às garantias contratadas pelos cerca de 2000 clientes, o plano do Governo prevê o recurso ao SII, cujo financiamento será obtido junto do FGD, conforme previsto num decreto-Lei publicado recentemente. Nesta solução, o desfecho mais provável para o BPP é a insolvência, que abarcará os 450 milhões de euros emprestados por seis bancos com aval do Estado.

Os produtos de retorno absoluto atingem um valor superior a 1.200 milhões de euros e apresentam, actualmente, perdas entre 500 e 600 milhões.


Fonte: Jornal de Negócios
 
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