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Feira das Cebolas à mercê de furtos e vandalismo

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Mai 27, 2007
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Os produtores que ocupam a Praça do Comércio, em Coimbra, na 24ª edição da Feira das Cebolas, querem polícias na rua. Os furtos e os actos de vandalismo, durante a noite, fazem parte do historial do certame.

"Esta noite, já me levaram daqui cebolas. Não devem ter levado muitas, mas vi logo, porque o plástico estava levantado. É a segurança que a gente tem! Não se vê um polícia!". Ramiro Barradas, aposentado de 61 anos, faz parte da organização do evento - dividida entre o Departamento de Cultura da Câmara e o Grupo Folclórico Camponeses de Vila Nova -, mas não esconde as críticas.

"Há quatro anos, levaram-me 22 réstias de cebolas. A gente não pode levar isto para casa, por isso põe um pano e uma plástico por cima", explica o ceboleiro, que começou a feira com 250 réstias. "Se alguém quiser, chega aqui e escangalha isto tudo", contou, ontem, ao JN, recolhido debaixo de um guarda-sol, para escapar aos raios impiedosos do início da tarde.

As vizinhas - de feira e não só, pois os ceboleiros são da zona de Cernache, em Coimbra, muito propícia à produção deste bem alimentar - recordam essa edição, de há quatro anos, marcada pelo vandalismo. "Chegámos aqui e estavam cebolas pela rua abaixo. Foi só estragar", lamenta Maria de Lurdes Vastão, de 73 anos, que nunca falhou uma Feiras das Cebolas.

Maria Celeste, de 59 anos, concorda quando se fala na falta que faz a vigilância nocturna. "A segurança, aqui, fazia muito jeitinho. A gente leva muito má vida para pôr aqui as coisas, sabe?", explica Maria de Lurdes, ao mesmo tempo que aponta uma dor no corpo.

Os produtores estão ali desde as 8 horas (às vezes, mais cedo) até à meia-noite. Dizem que à semana é que o negócio aquece. As réstias adequam-se às carteiras: podem ir de um euro a 12, embora Ramiro Barradas detenha um recorde (ver caixa).

Até sábado, a feira coloca à disposição dos visitantes, ainda, a gastronomia e doçaria típicas do concelho. Com o cair da noite, chegam os grupos folclóricos.

O JN tentou contactar o vereador da Cultura, Mário Nunes, bem como os comandantes da PSP e da Polícia Municipal de Coimbra. Sem êxito.
 
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