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Cadeia de atentados mata pelo menos 95 no Iraque

maioritelia

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Uma série de atentados coordenados com carros armadilhados e mísseis assolou ontem a capital do Iraque, Bagdade, matando pelo menos 95 pessoas e fazendo mais de 560 feridos, no pior ataque insurgente em meses.

Um camião-bomba foi detonado em frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, próximo da Zona Verde, abrindo uma enorme cratera no chão - numa área considerada uma das mais seguras da capital, onde estão localizados edifícios governamentais e embaixadas. Outro explodiu próximo do Ministério das Finanças e, quase em simultâneo, morteiros katyusha atingiram o interior da Zona Verde, área mais fortificada do país. As autoridades acusaram imediatamente os baasistas, membros do partido no poder na altura de Saddam Hussein e agora dissolvido, e os extremistas de terem realizado aqueles ataques.

A Presidência sueca da União Europeia condenou os atentados, qualificando-os como "actos brutais", à semelhança do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que se manifestou "entristecido" pela violência, durante uma intervenção em Nova Iorque por ocasião da comemoração do primeiro Dia Mundial da Ajuda Humanitária."Sinto-me entristecido pelo facto de que a violência continua, concretamente pela lamentável série de atentados cometidos hoje em Bagdade que custaram a vida a numerosas pessoas inocentes", afirmou Ban Ki-moon.

Ironicamente, o Dia Mundial da Ajuda Humanitária passa a ser comemorado no dia do atentado contra o escritório da ONU em Bagdade, que em 19 de Agosto de 2003 matou 22 trabalhadores das Nações Unidas, incluindo o então alto comissário para os Direitos do Homem, Sérgio Vieira de Mello. A violência dos insurgentes tinha diminuido recentemente no Iraque, mas os ataques continuam a ser quotidianos em várias cidades. Bagdade, por exemplo, tem sido palco de vários ataques desde que as forças de segurança iraquianas assumiram a responsabilidade da segurança na cidade. No entanto, até agora a maioria dos ataques mais recentes na capital concentrava-se nas zonas pobres de maioria xiita.

Esta é a maior cadeia de atentados na capital iraquiana desde a retirada das tropas norte-americanas das cidades iraquianas em Junho último, e ocorre na antevéspera do início do mês de jejum do Ramadão. Coincide também com a decisão do Governo de retirar os muros de protecção levantados entre alguns bairros da capital e a reabertura de várias pontes em função da redução dos ataques que se tinham registado nos últimos meses na capital.
jn.
 
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