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Homicida desiste e entrega-se à PJ (COM VÍDEO)

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RoterTeufel

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Mondim de Basto: Família e amigos revoltados com violência do crime
Homicida desiste e entrega-se à PJ (COM VÍDEO)


Enquanto a freguesia de Ermelo se despedia de Maximino Clemente, enterrado ontem depois de brutalmente assassinado a tiro no domingo, o homicida, António Cunha, entregava-se na Judiciária de Braga acompanhado do advogado. Será hoje presente a tribunal, onde lhe vão ser aplicadas medidas de coacção. Responde por homicídio, mas deverá assentar a sua versão na tese de legítima defesa.

A entrega voluntária acontece também para tentar afastar o perigo de fuga, um dos pressupostos que determina a prisão preventiva. António Cunha diz que não estava fugido e desde a primeira hora os seus familiares negociavam a entrega voluntária. Mesmo assim, ficou detido até ser ouvido pelo juiz.

A notícia de que o candidato do PS se entregara não era, no entanto, conhecida na pequena vila. Durante o funeral de Maximino vários eram os populares que faziam juras de vingança. “Vou procurá-lo por todo o lado. Tem que ir para a cadeia, para o lugar dos assassinos”, dizia um amigo.

Glória Nunes, opositora do homicida na luta política pela junta de freguesia e viúva de Maximino, era o rosto da revolta. “Não acredito, eu não consigo acreditar que morreste. Isto não é verdade, tu eras a minha força”, dizia Glória no meio de um choro sufocante.

Em lágrimas e agarrados ao caixão, os filhos do casal não queriam deixar que o corpo do pai fosse enterrado. “Não podes partir, pai, já tenho tantas saudades tuas. Vais-me fazer tanta falta”, gritava uma filha, enquanto via o caixão do pai ser colocado debaixo de terra.

Durante a missa também o pároco fez questão de prestar uma homenagem ao ex-militar da GNR. “O Maximino vai viver sempre na memória das pessoas de Ermelo. Era um homem excepcional”, disse o pároco. Na memória de todos ficam para sempre as recordações de Maximino. “Foi um herói, morreu pelo povo”, dizia Maria Tavares na despedida à vítima de homicídio.

PORMENORES

TRIBUNAL DE MONDIM

O suspeito vai ser interrogado no Tribunal de Mondim, onde deverá ser levado pela PJ durante a manhã de hoje.

CARTAZES QUEIMADOS

Na vila já não há sinais dos cartazes de campanha de António Cunha. Após a morte de Maximino todos foram imediatamente queimados.

ELEIÇÕES NO DOMINGO

No domingo, Ermelo vai a votos. Os resultados são determinantes para decidir a Câmara de Mondim de Basto.

"NÃO SEI SE ELA VAI TER FORÇA PARA CONTINUAR"

A morte de Maximino abalou por completo a mulher, Glória Nunes, candidata do PSD à Junta de Freguesia de Ermelo. A autarca ficou de tal modo abalada que a manutenção da sua candidatura é agora umas das muitas dúvidas que pairam no ar. Maximino era a sua força e apoiava-a em todas as questões políticas. "Não sei se ela vai ter força para continuar. Isto deixou-a bastante transtornada", contou ontem ao CM Domingos Silva, membro da lista de candidatura de Glória.

Domingos garante, no entanto, que vai fazer de tudo para que Glória continue na luta eleitoral, visto ser esta a vontade dos populares da vila de Ermelo. "Vou dar-lhe todo meu apoio. A maior homenagem que podemos fazer ao Maximino é continuar esta luta. Para além disso, o povo quer que ela continue", acrescenta.

SALVA DE TIROS EM HOMENAGEM ASSUSTA POVO

Vários militares da GNR de Mondim de Basto fizeram ontem questão de estar presentes no funeral de Maximino Clemente, que durante vários anos prestou serviço no posto local. Na hora em que o corpo do ex-militar foi a enterrar os elementos da GNR dispararam uma salva de tiros como forma de homenagem.

Apesar de emocionadas com tal atitude, as centenas de pessoas presentes no cemitério sobressaltaram-se quando ouviram os disparos. Maximino foi enterrado com a farda de militar que envergou durante mais de 30 anos. Por cima do caixão foi colocada a bandeira de Portugal.


Vídeo Sapo




Fonte Correio da Manhã
 
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