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Patrão justiceiro preso em casa

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RoterTeufel

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Porto de Mós: Aguarda julgamento com pulseira electrónica
Patrão justiceiro preso em casa


O empresário e administrador da SAD da União de Leiria que matou um assaltante na madrugada de sexta-feira, em Porto de Mós, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária com pulseira electrónica.

António Bastos, 56 anos, foi interrogado por um juiz até de madrugada e saiu do Tribunal de Porto de Mós já depois das 02h30, em direcção ao Estabelecimento Prisional Regional de Leiria.

Quando o Instituto de Reinserção Social (IRS) disponibilizar o sistema de vigilância electrónica, o arguido regressa a casa, de onde só pode sair com autorização judicial.

Enquanto permaneceu no tribunal, o empresário recebeu o apoio de familiares e amigos, muitos dos quais convencidos de que o disparo contra José Luís Bastos, 41 anos, foi acidental. As dezenas de pessoas que se concentraram à noite em frente ao Palácio da Justiça de Porto de Mós também saíram em defesa do arguido. 'Uma pessoa chega a uma altura que se passa de estar constantemente a ser assaltada', comentava um popular, referindo-se aos furtos sucessivos registados nos últimos meses na empresa gerida por António Bastos.

No funeral de José Luís Bastos, realizado ontem à tarde na Capela do Tojal, as opiniões eram diferentes. 'Ele podia dar-lhe uma tareia, mas matar não está certo', desabafou um dos presentes nas exéquias fúnebres. 'Vivemos num mundo que nem sempre é justo e que por vezes se torna violento e ingrato', afirmou, por sua vez, o pároco do Tojal.

A Polícia Judiciária continua a investigar o assalto para apurar as circunstâncias em que António Bastos disparou a matar, mas também com o objectivo de identificar os restantes assaltantes que conseguiram fugir.

LADRÃO EM FUGA DEIXA RASTO DE SANGUE NO CHÃO

Um dos assaltantes que acompanhava José Luís Bastos no furto de gasóleo, no parque de viaturas da Madiver , terá sido atingido também pelo empresário, mas conseguiu fugir deixando um rasto de sangue em direcção ao pinhal. Os ladrões foram detectados por um vigilante, pouco depois das 02h00. O funcionário alertou o filho de António Bastos e telefonou em seguida para a GNR. No entanto, o empresário conseguiu chegar primeiro do que as autoridades e terá disparado em direcção dos assaltantes em fuga. Segundo um funcionário da Madiver, o grupo era constituído por quatro a oito homens, que estavam munidos com seis jerricãs e três mangueiras para furtar o gasóleo. Além deste material, a GNR apreendeu um veículo ligeiro de mercadorias abandonado pelos assaltantes.

CADEIA ATÉ TER UMA PULSEIRA ELECTRÓNICA

A eventual falta de meios da GNR terá impedido António Bastos de regressar a casa ainda na madrugada de ontem. Como já aconteceu com alguns arguidos, colocados em prisão domiciliária, o cumprimento da medida de coacção pode ser garantido com a colocação de um elemento da PSP ou GNR em frente à casa do detido. Dado que as forças de segurança se têm insurgido contra esta medida, por causar transtornos à operacionalidade, as autoridades estão a mandar os suspeitos para a cadeia, até ficar disponível o sistema de vigilância electrónica. Foi o que aconteceu ao empresário de Porto de Mós.

PORMENORES

500 EMPREGADOS

António Bastos fundou os armazéns Madiver, de venda de materiais de construção, há mais de vinte anos. Emprega cerca de 500 pessoas.

FUTEBOL

O empresário faz parte da SAD da União de Leiria, sendo também um dos patrocinadores do clube, sobretudo da equipa de futebol.


Fonte correio da manhã
 
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