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Livro de Saramago é operação de publicidade

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Fev 29, 2008
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Padre Manuel Morujão critica Nobel luso

Livro de Saramago é operação de publicidade

O novo livro de José Saramago é uma 'operação de publicidade', disse ontem o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa.





O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, classificou ontem o novo livro de José Saramago como uma 'operação de publicidade', e considerou que não fica bem a um Prémio Nobel entrar em tom de 'ofensa',
José Saramago apresentou domingo, em Penafiel, o seu novo livro, «Caim», onde conta em tom irónico e jocoso a história do filho primogénito de Adão e Eva.
Quase duas décadas após o escândalo provocado pela sua obra «O Evangelho segundo Jesus Cristo» (1991), Saramago afirmou que 'a Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana',
'Na Igreja Católica não vai causar problemas porque os católicos não lêem a Bíblia, só a hierarquia, e eles não estão para se incomodar com isso. Admito que o livro possa incomodar os judeus, mas isso pouco me importa', disse o Nobel português.
Confrontado com estas declarações, o porta-voz da CEP realçou que se trata de uma opinião pessoal: 'Ter uma opinião diferente e dizer que é um livro de maus costumes e onde se dizem coisas que não têm sentido nenhum causa impacto',
Para o padre Manuel Morujão, 'um escritor da craveira de José Saramago deveria ir por um caminho mais sério',
'Poderá fazer as suas críticas, mas entrar num género de ofensa não fica bem a ninguém, sobretudo quem tem um estatuto de prémio Nobel', referiu.
O porta-voz do CEP adiantou que 'a Bíblia não tem só livros históricos como tem livros poéticos, livros sapienciais', sendo 'evidente que não se vai interpretar poesia com critérios de história e vice-versa',
'Por isso, ele [José Saramago] encontra absurdos nesta história que sabemos que é uma história simbólica, de Caim e Adão. Estas histórias acontecem hoje e é preciso também ler para além do texto, sabendo com que género literário estamos a tratar', insistiu.

Padre Manuel Morujão. 'Um escritor da craveira de Saramago devia ir por caminho mais sério '

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