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Associação Quercus denuncia depósito ilegal de resíduos industriais perigosos

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Associação Quercus denuncia depósito ilegal de resíduos industriais perigosos em área de Reserva Ecológica

Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza

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A Quercus teve conhecimento de estavam a depositar ilegalmente resíduos industriais perigosos em espaço Natural e Reserva Ecológica Nacional, junto do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, por uma empresa de transportes em Covão do Coelho no concelho de Alcanena.

Na reportagem intitulada “Máfia Lusitana”, que passou na televisão independente na passada sexta-feira, foi referido que existiam resíduos industriais provenientes da fábrica de pasta da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., os quais são transportados pela empresa PODERINOVA, S.A. para uma área junto da empresa em Covão do Coelho, ao lado do Km 103,5 da Auto-Estrada A1, entre Minde e Fátima.

Segundo as análises efectuadas, existem diversos resíduos com compostos perigosos para a contaminação dos solos e da água, com potenciais efeitos nefastos para a saúde pública.

Após deslocação ao terreno, a Quercus constatou que os resíduos foram enterrados e colocado saibro para os camuflar, sendo que a zona está próximo de uma falha geológica em área de máxima infiltração no Maciço Calcário Estremenho próximo da Serra de Aire, o que aumenta o risco de contaminação do aquífero e das nascentes e captações da região.

O abandono de resíduos industriais é ilegal, sendo punido por lei, mas para que tal aconteça, é necessário que o Ministério do Ambiente e nomeadamente a IGAOT actue em conformidade com a gravidade da situação, obrigando à remoção dos resíduos e à descontaminação dos solos.

Dada a gravidade da situação, a Quercus oficiou ontem a Celbi, empresa produtora de pasta de papel, detentora de diversas certificações ambientais, para que efectuasse o esclarecimento cabal sobre a falta de controlo do transporte e destino dos seus resíduos industriais, dado ser responsável pelos mesmos.

A Quercus considera escandalosa a incapacidade de actuação das entidades fiscalizadoras, nomeadamente da GNR e dos serviços do Ministério do Ambiente dado terem permitido o transporte e a deposição ilegais de resíduos industriais, durante demasiado tempo, esperando que agora actuem em conformidade com a gravidade da situação.

A Quercus alertou a Inspecção-Geral do Ambiente e Ordenamento do Território no final da semana passada, sobre esta deposição/abandono de resíduos industriais no Covão do Coelho, no concelho de Alcanena, no entanto, apesar de termos contactado ontem com esta entidade, apenas referem “que o assunto foi despachado para quem de direito”, não esclarecendo minimamente qual a sua actuação e vetando a disponibilização de informação.

Para além da Celbi, a Quercus exige que sejam identificados todos os produtores de resíduos para que sejam envolvidos na remoção dos resíduos abandonados e na respectiva descontaminação dos solos.

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