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Esa lança hoje satélites com tecnologia portuguesa

crakyman

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Dois satélites europeus vão hoje (2) para o espaço com tecnologia portuguesa, sendo num caso software para interpretação de observações terrestres e no outro um instrumento de navegação sucessor do astrolábio da era dos Descobrimentos.

São dois projectos aprovados em 2002 em concursos internacionais promovidos pela Agência Espacial Europeia (ESA), que os financiou num montante total de quase quatro milhões de euros.

José Pedro Poiares Baptista, que trabalha na ESA como chefe do gabinete de apoio aos novos Estados membros, disse à agência Lusa que esse apoio resultou da "obrigação da agência de fazer retornar a Portugal, na forma de contratos de tipo industrial, o dinheiro com que o país contribui para o seu funcionamento".

"Quando Portugal entrou para a ESA (em Novembro de 2000), fez-se um esquema de medidas de transição em que uma parte do dinheiro português era metido de parte para desenvolver um conjunto de experiências e perícias que ainda não existiam no país", explicou este investigador que trabalha na ESA desde 1986.

Foi no âmbito desse período de transição, concluído em 2007, que se desenvolveram os projectos agora concretizados no lançamento dos satélites SMOS e Proba-2, em que estão envolvidas as empresas portuguesas Deimos Engenharia e Lusospace.

Os dois satélites serão lançados para o espaço às 01:50 (hora de Lisboa) de segunda-feira, 02 de Novembro, do cosmódromo de Plesetsk, perto de Moscovo, a bordo de um propulsor russo Rockot.

O satélite Proba-2, que visa testar novas tecnologias, leva a bordo um magnetómetro que, segundo Ivo Vieira, fundador e principal responsável pela Lusospace, que o produziu, é um instrumento para navegação de satélites "à semelhança do astrolábio inventado pelos portugueses".

Do tamanho de um cartão de crédito e com cerca de quatro centímetros de altura, o magnetómetro tem um chip incorporado que produz um sinal eléctrico cuja leitura permite saber com grande precisão a intensidade do campo magnético em cada um dos seus três eixos.

Financiado pela ESA em perto de um milhão de euros, o que este instrumento tem de original é não ter sido desenvolvido para uma só missão, segundo Ivo Vieira.
"É a primeira vez que Portugal
vai ter no espaço um produto comercial recorrente concebido para ser usado pelos satélites para sobreviverem em relação à sua orientação", afirmou.

Quanto ao SMOS (acrónimo em inglês para hidratação dos solos e salinidade dos oceanos), levará a bordo um processador de dados para um radiómetro interferométrico de micro-ondas produzido em Espanha e destinado a definir modelos físicos do comportamento do clima a nível planetário.


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