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Super Dragões julgados por travar à força detenção

Lordelo

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Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e outros dois membros da claque começaram, ontem, quarta-feira, a ser julgados por alegadamente terem impedido à força agentes da PSP de deter um vendedor de bilhetes.

O caso ocorreu em 12 de Outubro de 2005, junto ao Estádio do Dragão, no Porto, quando elementos da PSP abordaram dois indivíduos (Adriano S., agora com 80 anos, e Bruno M., de 28, também arguidos no processo) por suspeitas de que se dedicavam à venda ilícita de bilhetes para o jogo F. C. Porto-Benfica, a realizar--se quatro dias depois. Os ingressos tinham marcado o preço de 20 euros, mas seriam vendidos por 50 euros.

Enquanto o mais velho estava na posse de seis bilhetes e de 260 euros em dinheiro, o jovem tinha 16 bilhetes e 670 euros. Os polícias informaram-nos, então, de que teriam de ser transportados à esquadra para identificação.

Foi na altura em que Adriano já estava dentro de um carro da PSP que surgiram Fernando Madureira, Hélder M. e António O., acompanhados, segundo a acusação, por mais de 20 indivíduos da claque portista. O objectivo: "soltarem" o arguido e "impedir a actuação dos agentes". O grupo, cujos restantes elementos não foi possível identificar, terá rodeado, empurrado e agarrado os polícias, além de desferir murros e palmadas na viatura policial. Adriano S. acabaria por conseguir sair do carro e evitar ser levado para a esquadra. Os três acusados, sustenta o Ministério Público, ainda terão dito aos polícias: "Isto não fica assim, vou f...-vos e, vou fazer-vos a folha". Estão a ser julgados por resistência e coacção.

Ontem, prestaram depoimento Adriano e Bruno - julgados pelo crime de especulação - que negaram dedicar-se ao comércio ilegal de bilhetes. O primeiro alegou ser vendedor de "revistas e bonecos", entre outros adereços do F. C. Porto, e que, na altura, só tinha "dois bilhetes", que o arguido Bruno lhe teria entregue para ele "despachar". Quanto aos distúrbios, disse que apenas se apercebeu de um "burburinho", sem nada ter visto. Já Bruno justificou a posse dos 16 bilhetes por ser chefe de núcleo dos Super Dragões e referiu que "ofereceu" a Adriano dois ingressos "que tinha a mais", para um jogo da selecção a decorrer nesse dia, no Dragão.

Madureira, defendido pelo advogado Nélson Sousa, já deu conta de que vai prestar declarações, o que deverá acontecer amanhã.

«JN»
 
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