O estádio municipal vai perder o nome do antigo presidente da Câmara na sua designação oficial. É a primeira mudança na toponímia local, inundada com mais de 30 avenidas com o nome do ex-autarca. Pinto da Costa e o FC Porto, também com ruas no concelho, escapam a esta 'revolução'
As avenidas Avelino Ferreira Torres, Jorge Nuno Pinto da Costa ou Futebol Clube do Porto vão manter-se na toponímia do Marco de Canaveses. Pelo menos, nos tempos mais próximos. A única mudança acontecerá no estádio de futebol, que deverá passar de Avelino Ferreira Torres para Municipal do Marco de Canaveses.
A garantia é dada pelo presidente da Câmara Municipal marcuense, Manuel Moreira, o homem que, nas eleições de 11 de Outubro, colocou um ponto final no reinado de Avelino.
A discussão começou ainda no mandato anterior, quando Avelino Ferreira Torres já era vereador em Amarante, município ao qual concorreu depois de vários anos como líder da autarquia marcuense.
Em Setembro de 2007, a Assembleia Municipal aprovou, inclusive, uma recomendação ao executivo para que fosse alterada a denominação de várias ruas e equipamentos. No topo da lista estava o estádio e as avenidas Avelino Ferreira Torres, assim como as artérias marcuenses intituladas Jorge Nuno Pinto da Costa e Futebol Clube do Porto, baptizadas pelo antigo edil.
Apesar desta recomendação, o executivo preferiu criar um Regulamento Municipal de Toponímia, documento que seria a base para a atribuição de novos nomes às ruas. "Foi publicado no passado dia 29 de Setembro. Fomos o segundo concelho do País a ter tal regulamento", revelou, esta semana, Manuel Moreira.
Juntamente com o regulamento avançou a criação de uma Comissão Municipal de Toponímia, entidade composta por sete personalidades do Marco de Canaveses, que terá a função de atribuir um parecer sobre as propostas de nomes para as ruas, ruelas e avenidas. "Esta Comissão deverá tomar posse na próxima semana. Mas o seu parecer não será vinculativo", avisa o autarca.
Foi neste cenário que o próprio presidente da autarquia propôs, na última reunião de Câmara, que o Estádio Avelino Ferreira Torres se passasse a chamar Estádio Municipal do Marco de Canaveses. Presente nessa reunião, Avelino concordou com a mudança, mas sugeriu que o equipamento desportivo tivesse o nome de Estádio do Futebol Clube do Marco.
As duas propostas vão agora ser analisadas pela Junta de Freguesia de Fornos, onde fica o estádio, e pela Comissão Municipal de Toponímia, que remeterá um parecer ao executivo municipal, a quem cabe a decisão final.
De fora da discussão ficarão as restantes avenidas e ruas Avelino Ferreira Torres espalhadas um pouco por todo o concelho. Uma delas, uma grande recta pouco movimentada, fica em Tuías, a pouco mais de um quilómetro do centro da cidade e tem ligação à Avenida Jorge Nuno Pinto da Costa.
Dois quilómetros à frente, já em Freixo, encontra-se uma nova avenida com o nome do ex-presidente. Trata-se de uma rua em paralelo que dá acesso a uma zona habitacional e à estação da CP. "Devem existir mais de 30 ruas com o nome de Avelino Ferreira Torres. É, obviamente, um exagero, até porque sou contra o culto da personalidade. Mas para já não penso fazer mais nenhuma alteração, o que não quer dizer que não o possa fazer no futuro", sustenta Manuel Moreira.
DN
As avenidas Avelino Ferreira Torres, Jorge Nuno Pinto da Costa ou Futebol Clube do Porto vão manter-se na toponímia do Marco de Canaveses. Pelo menos, nos tempos mais próximos. A única mudança acontecerá no estádio de futebol, que deverá passar de Avelino Ferreira Torres para Municipal do Marco de Canaveses.
A garantia é dada pelo presidente da Câmara Municipal marcuense, Manuel Moreira, o homem que, nas eleições de 11 de Outubro, colocou um ponto final no reinado de Avelino.
A discussão começou ainda no mandato anterior, quando Avelino Ferreira Torres já era vereador em Amarante, município ao qual concorreu depois de vários anos como líder da autarquia marcuense.
Em Setembro de 2007, a Assembleia Municipal aprovou, inclusive, uma recomendação ao executivo para que fosse alterada a denominação de várias ruas e equipamentos. No topo da lista estava o estádio e as avenidas Avelino Ferreira Torres, assim como as artérias marcuenses intituladas Jorge Nuno Pinto da Costa e Futebol Clube do Porto, baptizadas pelo antigo edil.
Apesar desta recomendação, o executivo preferiu criar um Regulamento Municipal de Toponímia, documento que seria a base para a atribuição de novos nomes às ruas. "Foi publicado no passado dia 29 de Setembro. Fomos o segundo concelho do País a ter tal regulamento", revelou, esta semana, Manuel Moreira.
Juntamente com o regulamento avançou a criação de uma Comissão Municipal de Toponímia, entidade composta por sete personalidades do Marco de Canaveses, que terá a função de atribuir um parecer sobre as propostas de nomes para as ruas, ruelas e avenidas. "Esta Comissão deverá tomar posse na próxima semana. Mas o seu parecer não será vinculativo", avisa o autarca.
Foi neste cenário que o próprio presidente da autarquia propôs, na última reunião de Câmara, que o Estádio Avelino Ferreira Torres se passasse a chamar Estádio Municipal do Marco de Canaveses. Presente nessa reunião, Avelino concordou com a mudança, mas sugeriu que o equipamento desportivo tivesse o nome de Estádio do Futebol Clube do Marco.
As duas propostas vão agora ser analisadas pela Junta de Freguesia de Fornos, onde fica o estádio, e pela Comissão Municipal de Toponímia, que remeterá um parecer ao executivo municipal, a quem cabe a decisão final.
De fora da discussão ficarão as restantes avenidas e ruas Avelino Ferreira Torres espalhadas um pouco por todo o concelho. Uma delas, uma grande recta pouco movimentada, fica em Tuías, a pouco mais de um quilómetro do centro da cidade e tem ligação à Avenida Jorge Nuno Pinto da Costa.
Dois quilómetros à frente, já em Freixo, encontra-se uma nova avenida com o nome do ex-presidente. Trata-se de uma rua em paralelo que dá acesso a uma zona habitacional e à estação da CP. "Devem existir mais de 30 ruas com o nome de Avelino Ferreira Torres. É, obviamente, um exagero, até porque sou contra o culto da personalidade. Mas para já não penso fazer mais nenhuma alteração, o que não quer dizer que não o possa fazer no futuro", sustenta Manuel Moreira.
DN