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Feirantes em fúria atacam militares

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RoterTeufel

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Almada: Chuva de pedras e agressões ferem três GNR e dois manifestantes
Feirantes em fúria atacam militares


Três militares da GNR de Setúbal foram feridos no confronto com os cerca de 150 proprietários de equipamentos de diversão em feiras que se manifestaram, ontem de manhã, em frente às instalações do Instituto Português da Qualidade (IPQ), no Monte da Caparica, em Almada. Dois manifestantes, em protesto contra a nova lei que obriga por exemplo a taxas de inspecção antes das feiras, também ficaram feridos e tiveram de receber tratamento hospitalar no Garcia de Orta, em Almada.

Segundo fonte da GNR, dois militares sofreram fracturas, um no nariz e outro na cabeça, enquanto um terceiro guarda sofreu "ligeiras escoriações". Com a cabeça enfaixada por gaze branca, o militar Fernandes aguardava ao final da manhã de pé para fazer mais exames clínicos na Urgência do Hospital Garcia de Orta. E lamentou ao CM não ter sido possível evitar os danos. "Voaram pedras da calçada. Não consegui evitar as pedradas. O outro militar terá ficado pior do que eu, foi logo transferido para outro serviço." O militar lamentou ter "perdido no local o chapéu e as platinas [divisas]".

Rui Sobreira, residente no Monte da Caparica, refugiou-se em cima de um muro para escapar aos confrontos entre 150 manifestantes e 40 militares da GNR, reforçados com outros 40 da Unidade de Intervenção. "Os ânimos exaltaram-se quando alguém lançou uma pedra a um militar conhecido no bairro e tentaram subir o portão do instituto." Manchas de sangue eram visíveis na entrada no IPQ.

Os proprietários dos carrosséis rumaram depois à Assembleia da República, onde foram recebidos pelo PSD, que se dispôs a "enviar um requerimento ao Ministério da Economia" a expor as preocupações do sector. O secretário de Estado da Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, disse que a nova lei veio "colmatar a lacuna" da falta de entidade inspectora. Os protestos continuam hoje, junto ao Governo Civil de Lisboa.

ACIDENTES GRAVES FEREM 27 EM 2009

A 25 de Maio de 2009, um acidente com um carrossel nas festividades do Senhor de Matosinhos provocou oito feridos. As duas pessoas com ferimentos mais graves ocupavam uma cadeira que se soltou dos cabos que a prendiam ao carrossel quando estava a cerca de dois metros do solo. A 31 de Agosto, outra queda de uma cadeira num carrossel em Esmoriz, Ovar, provocou dois feridos graves e dois ligeiros. Em Dezembro, a queda de uma bancada na ‘Terra dos Sonhos’, em Santa Maria da Feira, feriu um total de 15 pessoas, entre elas duas grávidas e várias crianças. A Deco garante que estes acidentes graves são apenas os que são conhecidos e adianta que ocorrem muitos outros que se resumem a algumas nódoas negras, mas que não deixam de ser motivo para exigência de segurança.

LEI OBRIGA A PAGAR TAXA ANTES DA FEIRA

A lei aprovada em Setembro obriga os proprietários a ter formação de montagem dos equipamentos, algo que estes garantem ser dispensável porque aprendem com os fabricantes. O decreto 268/2009 obriga os feirantes a pagar uma taxa às Câmaras onde instalam os equipamentos antes da vistoria obrigatória. "Não é possível inspeccionar todos os equipamentos para que possam estar aptos nas próximas feiras e não é comportável pagar 1500 euros por inspecção. Antes pagávamos 60", explicou Luís Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Empresários de Diversões.

PORMENORES

2000 EM RISCO

De acordo com a APED, a nova lei coloca em risco dois mil postos de trabalho directos e permanentes e muitos outros temporários.

90% FORA DA LEI

A APED garante que a directiva europeia de 2004 que originou a nova lei vai deixar de fora 90% dos dispositivos de diversão.

CENTRO MAIS AFECTADO

Quase todas as 250 empresas do sector estão sediadas nas zonas de Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra.


Fonte Correio da Manhã
 
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