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O homicida de um aluno da Casa Pia foi hoje condenado a 16 anos e oito meses de prisão. Após o anúncio da sentença, confrontos provocaram pelo menos dois feridos à porta do tribunal, no Campus da Justiça em Lisboa. Um outro jovem foi detido.
Pelo menos dois jovens ficaram feridos e um outro foi detido na sequência de confrontos, que se seguiram à condenação do homicida do aluno da Casa Pia assassinado em Dezembro de 2008.
O detido, Carlos Miguel Varela, é irmão do jovem assassinado no colégio de Pina Manique da Casa Pia. Segundo fonte policial, ficou detido na segunda divisão da PSP.
A violência que se seguiu à condenação de Ruben Moreno, entre amigos da vítima e do homicida confesso, foi entretanto contida e os cerca de 40 jovens envolvidos nos confrontos já começaram a dispersar.
Cerca de 20 elementos da da Equipa de Intervenção Rápida da PSP intervieram nos confrontos. No local encontram-se ainda duas ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo e elementos da polícia.
O tribunal criminal de Lisboa condenou hoje Ruben Moreno a 16 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado de Eucrides Varela, ex-aluno da Casa Pia, detenção de arma proibida (faca) e participação em rixa.
O autor confesso do crime, de 19 anos, que já se encontra em prisão preventiva, chegou a julgamento acusado de homicídio simples, mas o tribunal determinou que ele deveria ser condenado por homicídio qualificado.
O crime aconteceu a 12 de Dezembro de 2008 no colégio de Pina Manique da Casa Pia e depois de vários confrontos entre jovens que invadiram o estabelecimento de ensino.
Os restantes 15 arguidos, acusados de participação em rixa, foram todos condenados a penas de prisão suspensas, mas foram obrigados pelo tribunal a completar a educação escolar e a participar em actividades lúdicas extra-curriculares.
Os arguidos foram ainda condenados a pagar 20 mil euros à Casa Pia, que pedia uma indemnização de 80 mil.
No final da audiência, o advogado da família da vítima Luís Oom considerou que a condenação de Ruben Moreno "não é exagerada" e salientou o facto de ter ficado apurada a responsabilidade da Casa Pia.
Quanto à suspensão da pena aos restantes arguidos, o advogado discordou da decisão do tribunal, alegando que os jovens "ficaram com a sensação de impunidade".
Segundo Luís Oom, "foi dado como provada a violação do dever de zelar pela segurança de Eucrides Varela, aluno da instituição".
O advogado adiantou que está a ser preparado um pedido de indemnização civil da família à Casa Pia, acusando a directora da instituição de, anteriormente, "ter oferecido 25 mil euros à família de Eucrides Varela pela porta do cavalo".
Com Lusa