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Iranianos aprenderam a burlar sanções

maioritelia

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As três rondas de sanções impostas ao Irão já tiveram efeitos adversos para o Ocidente, como estimular o mercado negro e beneficiar os líderes iranianos devido à irritação da opinião pública, além de não terem conseguido convencer o país a desistir do programa nuclear.
Segundo o think tank norte-americano Council on Foreign Relations, o espectro limitado das actuais sanções e a recusa de aliados de restringir negócios com Teerão impedem que sejam sentidos efeitos graves na economia do país.

Mesmo Moscovo e Pequim (principal parceiro económico do Irão) mantêm negócios importantes com o país, inclusivamente em áreas sensíveis como a energia e defesa.

Quanto a restrições de viagens impostas a militares e funcionários do programa nuclear, o impacto é pequeno porque, segundo analistas, essas pessoas já saíam pouco do país. Outro problema é que os iranianos acabam por aprender a burlar as regras, alimentando redes de mercado negro por todo o mundo.

Em 2009, por exemplo, foi revelado um esquema para a compra de peças de aviões. Uma empresa de aviação holandesa admitiu ter canalizado ilegalmente peças de aviões norte-americanas para o Irão de 2005 a 2007.
Há também processos contra contrabando de peças através da Colômbia, Malásia, Singapura, Irlanda e Hong Kong. Outro problema é que muitas vezes as restrições têm maior probabilidade de fazer aumentar os preços de produtos estrangeiros proibidos do que impedir que eles cheguem ao Irão.

As sanções financeiras também foram burladas.

Em Janeiro de 2009, o banco Lloyds TSB (Londres) pagou 350 milhões de dólares em multas após ocultar o envolvimento de entidades de países que incluem o Irão em transferências com bancos dos EUA, durante 12 anos. Em 2006, os reguladores multaram o banco holandês ABN Amro por negócios semelhantes.

Ainda assim, algumas consequências importantes derivam das sanções. Em Teerão, são comuns cortes de energia devido à falta de geradores eléctricos, que estão na lista de bens proibidos devido ao seu potencial uso militar, por exemplo.


dd.
 
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