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A vida sem dinheiro

jairobel

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Set 24, 2006
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Enquanto quase todo mundo passa a vida descobrindo como ganhar mais dinheiro, um irlandês quer cada vez mais distância das moedas, notas, cheques, cartões de crédito e afins. Desde 2008, Mark Boyle, 30 anos, que ganhava cerca de R$ 10 mil por mês administrando pequenas empresas de alimentos orgânicos, vive sem dinheiro por opção própria. Em entrevista a O DIA, ele afirma que não sente falta de nada e explica como funciona a comunidade que criou para que pessoas troquem serviços por outros serviços.
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Mark Boyle faz ou acha toda a comida e não compra nada, improvisando até o sabão e a pasta de dente | Foto: Divulgação


Formado em Economia, Mark diz que começou a ver o mundo de forma diferente depois de ver o filme ‘Ghandi’. Conversando com um amigo sobre os problemas do mundo, chegou à conclusão de que “uma das causas dos sintomas que afetam o Planeta é que as pessoas não veem as consequências diretas que suas compras têm nas pessoas, meio ambiente e animais”.
Depois de filosofar, Mark decidiu agir: mudou-se para um trailer, passou a cozinhar num fogão a lenha, plantar a própria comida, tomar banho num rio e fabricar até o sabão e pasta de dente da casca de uma espécie de molusco.

“Celular e laptop, agora só com energia solar”, diz ele, que usa uma bicicleta para se locomover. O economista usa ainda jornais velhos tanto para ler as notícias quanto usá-los como papel higiênico. Ele admite que nem tudo é fácil na vida sem cédulas. “É claro que ter que cavar para improvisar um banheiro é muito mais difícil que puxar a descarga”, exemplifica o rapaz, que perdeu namorada com o novo estilo de vida.

“O que aprendi é que amizade, e não dinheiro, traz a segurança verdadeira. Que a maior parte da pobreza do mundo ocidental é espiritual. Que independência é interdependência. E que se você não tem uma TV de plasma, as pessoas pensam que é extremista”.

Comunidade reúne 15 mil

Para difundir sua filosofia de vida, Boyle fundou a Freeconomy (www.justfortheloveofit.org), uma comunidade na Internet que encoraja e organiza a troca de serviço por serviço, em vez do dinheiro. “Quinze mil pessoas já participam, entre elas muitos brasileiros”, diz.

Segundo o irlandês, quem entra na Freeconomy pode escolher entre mais de 2 mil tipos de serviço, além de oferecer
trabalho. “A comunidade está crescendo até mais rápido do que posso controlar. Sei que é muito difícil fazer as pessoas entenderem como eu vivo. Mas não tento fazer que abandonem totalmente o dinheiro, e sim, parem de utilizá-lo em todas as transações”, garante o economista, que está escrevendo um livro sobre viver sem dinheiro.
Questionado sobre o que é mais difícil conseguir sem cédulas, moedas e cartão, ele afirma: “Nada: está tudo por aí, de graça”.

O Dia
 
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