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Golfinhos poderão ajudar humanos a tratar a diabetes

ecks1978

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Os cientistas descobriram que os golfinhos parecem ter um dispositivo que lhes permite activar e desactivar nos seus organismos a diabetes tipo 2. Alguns estudos descobriram que alguns destes mamíferos mudam para um estado diabético durante a noite, quando não se estão a alimentar, mas revertem esta situação para uma fisiologia normal na manhã seguinte, quando começam a comer.

Esta descoberta sugere que os golfinhos conseguem operar um click genético que lhes permite “fazer de conta” que têm diabetes enquanto jejuam, não chegando, porém, a sofrer da doença.

Se os cientistas conseguirem identificar, nos humanos, uma eventual semelhança genética com esta característica dos mamíferos, poderão nessa altura desenvolver medicamentos que “desliguem” a diabetes eficazmente, escreve o “The Guardian”.

Os tecidos das pessoas com diabetes tipo 2 tornam-se, com o tempo, resistentes à insulina, perdendo, por isso, a capacidade de controlar os níveis de açúcar no sangue. Esta doença pode causar danos irreparáveis no coração, fígado, visão e nervos, contribuindo para cinco por cento das mortes em todo o mundo a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Ao que parece, os golfinhos imitam sofrer de diabetes para manter os altos níveis de açúcar quando a comida escasseia. Tal como os humanos, os golfinhos precisam de algum açúcar no sangue para que os seus cérebros funcionem normalmente.

“A nossa esperança é que esta descoberta possa dar origem a novas maneiras de prevenir, tratar e até curar a diabetes nos humanos”, indicou Stephanie Venn-Watson, responsável pelo estudo, levado a cabo na National Marine Mammal Foundation, em San Diego.

A equipa de Venn-Watson analisou cerca de mil amostras de sangue de 52 golfinhos enquanto estes jejuavam, durante a noite, e depois quando se alimentavam, durante a manhã. Durante a noite, o metabolismo dos golfinhos mudou drasticamente, mostrando características semelhantes às pessoas que sofrem de diabetes tipo 2.

“O que é interessante neste estudo é que, quando analisamos os golfinhos quando já estão a comer, de manhã, eles revertem para um estado não-diabético, o que indica que estes animais poderão ter uma espécie de ‘interruptor’ genético que faz com que liguem e desliguem a sua diabetes”, indicou Venn-Watson durante um encontro da American Association for the Advancement of Science, em San Diego.

Os humanos e os mamíferos têm os maiores cérebros de entre os mamíferos e ambos têm glóbulos vermelhos excepcionalmente permeáveis à glicose e que permitem transportar grandes quantidades de açúcar para o cérebro.

Os cientistas acreditam que a diabetes surgiu nos golfinhos como uma adaptação evolutiva a uma dieta rica em proteínas e pobre em hidratos de carbono.

Nenhum outro animal, para além dos humanos, mostra o mesmo complexo quadro sintomático de diabetes como o fazem os golfinhos.

“Talvez este seja o vestígio de alguma coisa que esteja adormecida e que possa ser despertada e usada como terapia de cura”, indicou Venn-Watson.

“Não há nenhum desejo de transformar um golfinho num animal de laboratório, mas aquilo que poderemos fazer é comparar os seus genes com os genes humanos e procurar provas da existência desse interruptor genético”, acrescentou.publico
 
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