Os senadores democratas e republicanos criticaram ontem o programa espacial do Presidente norte-americano Barack Obama, considerando-o decepcionante e sem objectivos.
As críticas foram lançadas durante uma audição com o director da Agência espacial norte-americana (NASA), Charles Bolden, numa sub-comissão senatorial.
A Casa Branca anunciou, em Janeiro, a anulação do programa Constellation, lançado pelo antigo Presidente George W. Bush em 2004. Este previa um regresso dos americanos à Lua até 2020 e, mais a longo prazo, a conquista de Marte.
“Junto-me aos meus colegas para expressar a minha decepção em relação a este orçamento”, disse o senador republicano da Florida, George LeMieux, fazendo eco de vários dos seus colegas, entre eles o democrata da Florida, Bill Nelson, o influente presidente da sub-comissão do Senado para a Ciência e Espaço.
“Não se trata de uma questão de dinheiro mas de prioridades”, acrescentou LeMieux, salientando a modéstia do montante destinado à NASA no âmbito do orçamento americano (19 mil milhões, ou seja, 0,5 por cento do total).
“Se queremos continuar a ser os líderes mundiais na exploração espacial devemos ter um objectivo”, insistiu LeMieux.
“Penso que o consenso nas reacções a este orçamento é que marca uma alteração radical” na exploração espacial, considerou o senador republicano do Louisiana, David Vitter. “Alocar recursos a um programa espacial sem visão é uma perda de tempo”.
No entender do senador Nelson, “é altura do Presidente Obama exercer a sua liderança”.
“Mesmo se me dessem recursos ilimitados, não poderia enviar um homem para Marte em dez anos, porque ainda há muitas coisas que ignoramos”, lançou Charles Bolden. Um destes problemas é o facto de a ciência desconhecer ainda os efeitos no corpo humano de uma exposição prolongada às radiações no espaço.
“O Presidente Obama pode anunciar um voo para Marte como objectivo da nossa missão. Mas a NASA não lhe pode dizer que isso é possível porque ainda há demasiadas coisas que ainda não possuímos”, notou.
No entanto, salientou Bolden, já existem tecnologias que, em teoria, permitirão atingir Marte em algumas semanas em vez de meses. “Espero que com as tecnologias que serão desenvolvidas consigamos chegar a Marte mais rapidamente do que o teríamos conseguido” no âmbito do programa Constellation, acrescentou o director da NASA.
publico
As críticas foram lançadas durante uma audição com o director da Agência espacial norte-americana (NASA), Charles Bolden, numa sub-comissão senatorial.
A Casa Branca anunciou, em Janeiro, a anulação do programa Constellation, lançado pelo antigo Presidente George W. Bush em 2004. Este previa um regresso dos americanos à Lua até 2020 e, mais a longo prazo, a conquista de Marte.
“Junto-me aos meus colegas para expressar a minha decepção em relação a este orçamento”, disse o senador republicano da Florida, George LeMieux, fazendo eco de vários dos seus colegas, entre eles o democrata da Florida, Bill Nelson, o influente presidente da sub-comissão do Senado para a Ciência e Espaço.
“Não se trata de uma questão de dinheiro mas de prioridades”, acrescentou LeMieux, salientando a modéstia do montante destinado à NASA no âmbito do orçamento americano (19 mil milhões, ou seja, 0,5 por cento do total).
“Se queremos continuar a ser os líderes mundiais na exploração espacial devemos ter um objectivo”, insistiu LeMieux.
“Penso que o consenso nas reacções a este orçamento é que marca uma alteração radical” na exploração espacial, considerou o senador republicano do Louisiana, David Vitter. “Alocar recursos a um programa espacial sem visão é uma perda de tempo”.
No entender do senador Nelson, “é altura do Presidente Obama exercer a sua liderança”.
“Mesmo se me dessem recursos ilimitados, não poderia enviar um homem para Marte em dez anos, porque ainda há muitas coisas que ignoramos”, lançou Charles Bolden. Um destes problemas é o facto de a ciência desconhecer ainda os efeitos no corpo humano de uma exposição prolongada às radiações no espaço.
“O Presidente Obama pode anunciar um voo para Marte como objectivo da nossa missão. Mas a NASA não lhe pode dizer que isso é possível porque ainda há demasiadas coisas que ainda não possuímos”, notou.
No entanto, salientou Bolden, já existem tecnologias que, em teoria, permitirão atingir Marte em algumas semanas em vez de meses. “Espero que com as tecnologias que serão desenvolvidas consigamos chegar a Marte mais rapidamente do que o teríamos conseguido” no âmbito do programa Constellation, acrescentou o director da NASA.
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