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Sócrates condena "escalada gananciosa dos ordenados dos gestores"

Rotertinho

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Sócrates condena "escalada gananciosa dos ordenados dos gestores"


O primeiro ministro condenou a "escalada gananciosa dos ordenados dos gestores", em resposta a uma pergunta do PSD sobre a remuneração do presidente da EDP, António Mexia.

José Sócrates disse que seu o Governo é contra "uma escalada gananciosa dos ordenados dos gestores em todas as empresas e, em particular, em muitas empresas privadas, que realmente estão muito fora da realidade e que, na comparação com outros vencimentos, nos deixam a todos muito embaraçados com a nossa perspectiva de uma certa justiça na distribuição salarial e uma certa justiça na distribuição dos rendimentos económicos".

Na sua estreia como líder parlamentar do PSD, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, Miguel Macedo quis saber a opinião de José Sócrates sobre "os salários e bónus que foram recebidos em 2009 por alguns gestores de empresas públicas ou empresas participadas pelo Estado, em particular, o caso do presidente da EDP".

Miguel Macedo referiu que António Mexia "em 2009 recebeu mais de três milhões de euros" e perguntou ao primeiro-ministro se "acha bem que o presidente da EDP ganhe 20 vezes mais do que o Presidente da República" e "o dobro do presidente da EDP francesa".

"Acha bem que se pratiquem estes valores chorudos em Portugal quando se trata, no caso da EDP, de uma empresa praticamente monopolista e sem concorrência no mercado? Acha bem que uma empresa em que o Estado participa, por razões estratégicas ou de serviço público, tenha os mesmos salários que uma empresa tipicamente privada? O senhor primeiro ministro sente-se bem quando o seu Governo pactua com este escândalo, na situação em que o país está?", questionou o social-democrata.

Na resposta, José Sócrates reclamou que o seu Governo foi aquele que "tomou a decisão mais dura no combate ao exagero no vencimento dos gestores de empresas participadas pelo Estado que se tomou desde a democracia", ao dar "uma orientação genérica de congelamento de salários" e estabelecer que "não haverá bónus ou remunerações suplementares em 2010 e 2011".

"Em todas as assembleias gerais, o Estado votará contra qualquer proposta que não cumpra estas duas orientações, e em particular na Assembleia Geral da EDP, onde o Estado tem uma posição de 20 por cento e onde a Caixa Geral de Depósitos tem 5 por cento, esses 25 por cento votarão contra todas as propostas que não incluam eliminação de bónus e em segundo lugar uma redução dos salários em cinco por cento, porque foi essa a proposta que a Parpública apresentou", prosseguiu.

José Sócrates acusou ainda os sociais-democratas de não terem "autoridade moral para colocarem questões ao Governo neste domínio" porque nada terem feito nesta matéria quando tiveram responsabilidades governativas.

O assunto também foi levantado por Francisco Louçã. “A Assembleia-geral da EDP vai rejeitar a proposta do Governo, ao que tudo indica, sobre bónus dos gestores. Ao que o país está a assistir é a este espectáculo: há um ex ministro do PS, que já foi do CDS, que impede que seja votada a proposta do Governo para que seja retirado o bónus a um ex ministro do PSD", afirmou o líder do BE, referindo-se a Rui Pena.

Igualmente, o líder do CDS-PP confrontou José Sócrates com a recusa da EDP em reduzir os bónus a gestores, afirmando que "estão a fazer pouco" do primeiro-ministro.

"Ou a proposta não está bem feita ou estão a fazer pouco de si, não como primeiro-ministro mas como representante do Estado português", afirmou Paulo Portas.

Na resposta, o primeiro-ministro afirmou que o Governo tomou a decisão de "em 2010 e em 2011" opor-se à atribuição de bónus, remunerações suplementares "a todo e qualquer gestor" nas empresas públicas. “É essa a posição que o Estado tomará na Assembleia-Geral da EDP", afirmou José Sócrates.


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