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Zona Norte é a que necessita de requalificação mais urgente

Rotertinho

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Zona Norte é a que necessita de requalificação mais urgente
Bairros mais críticos da cidade situam-se sobretudo nas zonas Norte e Oriente


Quase 80% das áreas críticas da cidade de Lisboa situa-se nas zonas oriental ou norte. No sector ocidental e na zona histórica estão apenas 11 dos 50 bairros que a câmara considera serem de intervenção prioritária a nível urbanístico e social.

As assimetrias são claras no mapa de áreas de intervenção prioritária proposto pelo grupo de trabalho do Programa Local de Habitação (PLH) da autarquia. Dos 50 bairros identificados, apenas cinco se localizam na zona ocidental e seis no quadrante sul. Por contraste, Lisboa oriental apresenta 16 bairros críticos e a zona norte lidera a lista, com 23 zonas.

A freguesia oriental de Marvila é aquela onde foram identificadas mais áreas de intervenção prioritária (oito), entre as quais os bairros municipais de Chelas. Seguem-se duas freguesias a norte, com quatro zonas cada: Ameixoeira (bairro de realojamento e três áreas de génese ilegal) e Carnide (bairros problemáticos como Horta Nova mas também o próprio centro histórico da freguesia).

Ao JN, a vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, Helena Roseta, explicou que esta lista mostra "as zonas que estão abaixo do resto da cidade e precisam de subir os seus níveis sociais, económicos, urbanísticos e ambientais".

"Acabado o problema das barracas em Lisboa, é necessária uma nova geração de habitação que passa por zonas onde há problemas, alguns dos quais pouco visíveis", disse a vereadora.

O mapa de áreas prioritárias vai ser agora apresentado às juntas de freguesia e depois transformado numa carta que deverá integrar o Plano Director Municipal (o principal instrumento de ordenamento do território), fixando as directrizes de intervenção para os próximos dez anos.

Segundo Helena Roseta, a autarquia pretende seguir nestes locais um "planeamento emergente" através do qual os projectos são feitos no terreno, envolvendo juntas de freguesia e associações da zona e definindo prioridades com os moradores. "Queremos um planeamento de baixo para cima, ao contrário do tradicional, em que se fazia a previsão da situação à distância e só depois se ia para o terreno". Uma das concretizações do "planeamento emergente" deverá ser um orçamento participativo para os bairros críticos, no qual sejam os próprios moradores a decidir quais as prioridades de investimento dos fundos municipais.

A intervenção nos bairros municipais e não municipais definidos como prioritários no PLH está contemplada no plano para 2010 da autarquia com seis milhões de euros. Entre as zonas cuja recuperação já está em marcha estão a Mouraria, Chelas e os bairros da Liberdade, da Boavista e Padre Cruz.


Jornal de Noticias
 
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