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Zeca Afonso e Lenine citados contra preconceitos

Rotertinho

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Zeca Afonso e Lenine citados contra preconceitos


A revolução foi há 36 anos, mas os princípios de Abril ainda não foram concretizados. A constatação, que serviu para apontar baterias ao Governo, defender ou rejeitar a revisão constitucional atravessou os discursos partidários na sessão solene.

José Pedro Aguiar-Branco, ex-líder parlamentar do PSD, rompeu com o convencionalismo da cerimónia, agitando Esquerda e Direita. À saída, invocou querer "provocar consciências"; no hemiciclo, disparou contra preconceitos da classe política para defender a revisão constitucional, prioritária para Passos Coelho.

Ao contrário de Cavaco Silva, dos deputados do CDS e da maioria do PSD, Aguiar-Branco apresentou-se de cravo vermelho na lapela. Insurgiu-se contra a apropriação abusiva de símbolos e preconceitos que ainda dominam as práticas parlamentares (como a Esquerda ter banido a palavra pátria e a Direita não usar cravos) para perguntar: "Não pode alguém que se senta nesta parte do hemiciclo [Direita] gostar de Zeca Afonso?".

Aguiar-Branco citou Sérgio Godinho para reclamar "mais liberdade" de decisão para o povo e afirmar que "a liberdade está requintadamente condicionada" e que o "Estado é reaccionário", porque "escolhe, decide e produz pelo povo". E até citou Lenine, para defender que a revisão constitucional é "uma oportunidade". "Liberdade apenas para os membros do Governo e para os membros do partido não é liberdade de todo". Sócrates exprimiu indignação; Passos aplaudiu. PCP e PEV rejeitaram claramente a revisão constitucional, alegando que os problemas do país resultam do "incumprimento" da Constituição. O PS defendeu que o Estado "tem de ser um instrumento ao serviço dos portugueses". O BE apelou à criação de uma "Esquerda grande" para governar o país. O CDS alegou que a revolução prometeu três "D - democratizar, descolonizar e desenvolver", mas 36 anos depois os "D" que dominam o país são outros: "Dívida, défice e desemprego".


Jornal de Noticias
 
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