Rotertinho
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Reino Unido: Avançam negociações entre Conservadores e Liberais
Cerco a Brown dentro do partido
Numa altura em que as negociações entre conservadores e liberal-democratas para formar governo avançam de forma promissora, crescem nas fileiras do derrotado Partido Trabalhista as pressões para a demissão do primeiro-ministro, Gordon Brown.
Dois novos deputados trabalhistas vieram ontem a público responsabilizar Brown pela derrota e exigir o seu afastamento. "Falei com 15 deputados desde as eleições [de quinta-feira] e nem os mais próximos da minha posição nem os que o costumavam apoiar pensam que ele deva continuar", afirmou Graham Stringer. A mesma posição foi manifestada por Kate Hoey, antiga ministra trabalhista, um dia depois de o deputado John Mann ter sido o primeiro a vir a público pedir a cabeça de Brown.
É certo que nenhuma das grandes figuras do partido se pronunciou ainda, mas o facto de se multiplicarem as pressões na bancada do partido fragiliza mais ainda Brown.
Mas este não está disposto a ceder. Numa mensagem de agradecimento via e-mail aos seus apoiantes, assegurou: "Estou tão determinado como antes e não vou mudar." Depois, repetindo temas de campanha, disse continuar "a lutar por um futuro mais justo para todos".
Recorde-se que Brown aceitou romper a tradição britânica, segundo a qual cabe ao partido no poder, mesmo quando derrotado nas urnas, tentar formar governo. No entanto, o ainda primeiro-ministro disse estar aberto a negociar uma aliança governativa com o líder liberal-democrata, Nick Clegg, caso fracassem as reuniões entre este e o líder conservador, David Cameron.
Estes encontraram-se secretamente na noite de sábado, um dia depois de uma reunião entre negociadores dos partidos. As reuniões foram classificadas como "muito positivas", tendo Cameron oferecido aos liberais quatro ministérios numa eventual coligação. Negociadores dos dois partidos reuniram-se de novo ontem, para tentar sanar pomos de discórdia, como a aproximação à UE e a reforma eleitoral, desejadas por Clegg.
MAU GÉNIO 'MATA' POSSIBILIDADE DE ACORDO COM CLEGG
Gordon Brown queria impedir uma aliança entre os rivais conservadores e os liberal-democratas, mas o mau génio do primeiro-ministro trabalhista pode ter lançado definitivamente Nick Clegg, líder liberal-democrata, para os braços de David Cameron, provável novo chefe de governo. Brown terá explodido quando Clegg lhe perguntou, ao telefone, se não pensava ter chegado o momento de se afastar do poder após a derrota nas eleições. O primeiro-ministro não foi de modas e terá insultado Clegg. Partido Trabalhista desmente.
PORMENORES
MAIORIA QUER REFORMA
Uma sondagem revelou que a maioria dos britânicos quer novo sistema eleitoral.
GABINETE DE CRISE
Brown reuniu-se ontem com membros do governo, numa altura em que parece inevitável a sua demissão.
REUNIÃO SECRETA
David Cameron usou no sábado um ‘carro-fantasma’ para despistar os jornalistas e reunir-se em segredo com Nick Clegg.
Correio da Manha
Cerco a Brown dentro do partido
Numa altura em que as negociações entre conservadores e liberal-democratas para formar governo avançam de forma promissora, crescem nas fileiras do derrotado Partido Trabalhista as pressões para a demissão do primeiro-ministro, Gordon Brown.
Dois novos deputados trabalhistas vieram ontem a público responsabilizar Brown pela derrota e exigir o seu afastamento. "Falei com 15 deputados desde as eleições [de quinta-feira] e nem os mais próximos da minha posição nem os que o costumavam apoiar pensam que ele deva continuar", afirmou Graham Stringer. A mesma posição foi manifestada por Kate Hoey, antiga ministra trabalhista, um dia depois de o deputado John Mann ter sido o primeiro a vir a público pedir a cabeça de Brown.
É certo que nenhuma das grandes figuras do partido se pronunciou ainda, mas o facto de se multiplicarem as pressões na bancada do partido fragiliza mais ainda Brown.
Mas este não está disposto a ceder. Numa mensagem de agradecimento via e-mail aos seus apoiantes, assegurou: "Estou tão determinado como antes e não vou mudar." Depois, repetindo temas de campanha, disse continuar "a lutar por um futuro mais justo para todos".
Recorde-se que Brown aceitou romper a tradição britânica, segundo a qual cabe ao partido no poder, mesmo quando derrotado nas urnas, tentar formar governo. No entanto, o ainda primeiro-ministro disse estar aberto a negociar uma aliança governativa com o líder liberal-democrata, Nick Clegg, caso fracassem as reuniões entre este e o líder conservador, David Cameron.
Estes encontraram-se secretamente na noite de sábado, um dia depois de uma reunião entre negociadores dos partidos. As reuniões foram classificadas como "muito positivas", tendo Cameron oferecido aos liberais quatro ministérios numa eventual coligação. Negociadores dos dois partidos reuniram-se de novo ontem, para tentar sanar pomos de discórdia, como a aproximação à UE e a reforma eleitoral, desejadas por Clegg.
MAU GÉNIO 'MATA' POSSIBILIDADE DE ACORDO COM CLEGG
Gordon Brown queria impedir uma aliança entre os rivais conservadores e os liberal-democratas, mas o mau génio do primeiro-ministro trabalhista pode ter lançado definitivamente Nick Clegg, líder liberal-democrata, para os braços de David Cameron, provável novo chefe de governo. Brown terá explodido quando Clegg lhe perguntou, ao telefone, se não pensava ter chegado o momento de se afastar do poder após a derrota nas eleições. O primeiro-ministro não foi de modas e terá insultado Clegg. Partido Trabalhista desmente.
PORMENORES
MAIORIA QUER REFORMA
Uma sondagem revelou que a maioria dos britânicos quer novo sistema eleitoral.
GABINETE DE CRISE
Brown reuniu-se ontem com membros do governo, numa altura em que parece inevitável a sua demissão.
REUNIÃO SECRETA
David Cameron usou no sábado um ‘carro-fantasma’ para despistar os jornalistas e reunir-se em segredo com Nick Clegg.
Correio da Manha