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Wacky Rig - O Empate Doido

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GF Ouro
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Fev 21, 2007
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De facto quem inventou este empate não fazia ideia de que um dia poderia fazer com ele uma apresentação ultra-realística. O empate wacky consiste em pegar numa qualquer amostra de plástico mole espetá-la pelo meio. Simples, não é? As técnicas associadas vão desde as rápidas até ao deadsticking (sem movimento ou quase).

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A primeira ideia de uso deste empate passava por uma técnica irritante em que, com toques seguidos, se obrigava a amostra a fechar e a abrir. Confesso que quando a vi pela primeira vez pensei: «Que maravilha para peixes muito activos…»; fiquei estupefacto com a simplicidade e com o trabalhar maluco que proporcionava, porém, eu não poderia estar mais errado… Este empate, não serve apenas para peixes activos, em caça frenética, como poderia, com ligeiras adaptações, servir para as situações mais diversas.
Hoje em dia, usa-se mais que nunca e, longe de se tratar de uma moda, é, isso sim, uma ferramenta essencial para a pesca do achigã, mesmo para a competição.

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Uma das primeiras evoluções foi provocada pelo aparecimento de anzóis especiais para este efeito. Trata-se de anzóis mais pequenos do que os que estamos habituados e com forma menos longa que os que se usam para a pesca com este tipo de iscos. Depois, a descentragem do local onde se espeta o anzol, proporcionou apresentações mais erráticas ainda, bem como a adição de pesos de inserir, numa das pontas, obrigando a amostra a trabalhar centrada numa das extremidades, que sempre atinge o fundo mais rápido que a outra e obrigando também a uma descida vertical. O uso de cintas ou anéis de protecção, especialmente para iscos com muito sal, que se estragam com mais facilidade, foi outra das evoluções importantes, podendo mesmo alterar a forma de trabalhar do empate consoante o seu uso.

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Muitas destas evoluções chegaram do Japão e o génio criativo de Seiji Kato começou a desenvolver pequenos jigs para o empate wacky. Desenhou ainda uma minhoca mais fina que o que estamos habituados a ver para usar com estes cabeçotes – o Flick Shake – tendo, estas duas novidades revolucionado mais uma vez o wacky rig.

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Outro criativo da pesca do achigã, Teiji Hamada, que trabalhou com Kato, desenvolveu o seu estilo de pescar com dois Flick Shakes ao mesmo tempo num cabeçote. De facto, o desenho da Wavy Twin foi outra evolução muito grande. A forma como se move é inovadora e muito irritante para os peixes que possam estar a ver ou a sentir.

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Por fim, uma aproximação recente colocou esta técnica no patamar da imitação do real. Já toda a gente viu um lagostim em fuga? A sua deslocação é feita através do fechar e abrir do seu tórax, executando impulsões a cada movimento. Trata-se de um movimento compassado e com variações de velocidade uma vez que, de cada vez que se abre há uma espécie de pausa, por muito pequena que seja. Pois bem. Se pegarmos num lagostim de plástico mole e lhe colocarmos na base um peso, bastará prendermo-lo pelas costas, mais ou menos pelo meio, para que com a ponteira da nossa cana possamos obrigá-lo a movimentar-se com realismo. A colocação do anzol deve ser na vertical e com a ponta para cima, uma vez que, furá-lo de lado a lado, iria obrigá-lo a executar movimentos horizontais e, por consequente, menos realistas.

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Vejam as diversas montagens e experimentem, vão ver que esta aproximação é muito mas que uma forma maluca de pescar. Tenha sempre em atenção que esta é, normalmente, uma técnica de finesse, mas pode ser usada com todo o tipo de canas e de carretos.
in: planetapesca​
 
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