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Criança ferida em derrocada

Rotertinho

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Praia do Vau: Arriba em zona de risco não tinha qualquer sinal
Criança ferida em derrocada

Joseph Bradford, de quatro anos, brincava junto à falésia e foi atingido por pedras quando aquela aluiu, pelas 11h45 de ontem, na praia do Vau, Portimão. Dois banhistas escaparam por pouco. Na arriba não havia qualquer sinal indicativo do risco de derrocada. A criança irlandesa, que sofreu ferimentos num braço, recebeu tratamento hospitalar.

António Silvestre, de 55 anos, viu as pedras passarem a meio metro de si. "Estava a ler o jornal quando ouvi o barulho. Vi o garoto ser atingido pelas pedras. Peguei--lhe ao colo. Estava em choque e não falava", recordou ao CM. Sílvia R., de 29 anos, tinha deixado o local havia 10 minutos, depois de a mãe a ter alertado para o perigo. "Nasci outra vez", disse.

A derrocada ocorreu em três fases, tendo caído cerca de quatro metros cúbicos de terra. Contudo, banhistas referiram ao CM terem visto "cair algumas pedras logo pelas 09h15".

O acidente ocorreu a quatro dias da abertura oficial da época balnear. Fonte da Administração da Região Hidrográfica do Algarve disse ao CM que a derrocada ocorreu "numa zona assinalada como de risco, mas que não constava do grupo de praias a intervencionar".

"No Inverno o mar destruiu a sinalização ali existente, mas a sua reposição estava prevista até 1 de Junho", garantiu, esclarecendo que "a ARH está a avaliar a situação e a eventual necessidade de se reforçar o saneamento [demolição parcial] da arriba, para melhorar a sua estabilidade". A zona foi sinalizada e interditada pela Polícia Marítima.

MINISTRA GARANTIU SEGURANÇA

Seis dias antes da derrocada, a ministra do Ambiente esteve no Algarve e garantiu que as praias da região são "seguras". Dulce Pássaro, que assistiu na quinta-feira passada ao desmoronamento controlado de uma falésia na praia de S. Rafael, Albufeira, anunciou que vai ser colocada nova sinalética nas zonas de perigo.

O Governo está, aliás, a ponderar aplicar coimas a quem desrespeitar esses sinais. Uma medida que surge depois de, no Verão passado, cinco pessoas terem morrido na praia Maria Luísa devido à queda de um pináculo.

Desde então, a Administração da Região Hidrográfica do Algarve procedeu a uma acção inspectiva das falésias, promoveu a demolição parcial de arribas em risco e instalou sinalética. A maior parte desta, contudo, já desapareceu.


Correio da Manha
 
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