Matapitosboss
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O embaixador da Coreia do Norte na ONU disse nesta terça-feira que qualquer ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o naufrágio do navio da Marinha sul-coreana terá um "desenvolvimento" militar.
Seul acusou a Coreia do Norte de torpedear a corveta Cheonan no dia 26 de março, matando 46 marinheiros. Na segunda-feira (14) os dois apresentaram suas versões ao Conselho de Segurança.
"Se o Conselho de Segurança divulgar qualquer documento contra nós, condenando ou questionando, eu mesmo como diplomata não poderei fazer mais nada, pois as medidas subsequentes serão realizadas por nossas forças militares", disse o embaixador norte-coreano Sin Son-ho, durante entrevista coletiva.
O embaixador foi questionado se ele queria dizer que a Coreia do Norte reagirá com uma ação militar contra uma resolução ou uma declaração do Conselho.
"Eu disse que se alguma ação for tomada pelo Conselho de Segurança contra nós, eu perderei meu emprego", disse ele. "Os militares terão o seu próprio emprego, no desenvolvimento. Eu te dei a resposta, agora você pode julgar seu significado", explicou Sin.
Ele também reiterou a posição de Pyongyang de que a alegações do Sul sobre o afundamento é uma "completa invenção" e exigiu que o Norte tenha permissão de enviar sua equipe própria investigação. "Esta é realmente uma história engraçada. É um tipo de ficção", completou o embaixador.
Confronto
A Coreia do Sul foi a primeira a expor o caso na segunda-feira. Autoridades civis e militares fizeram uma apresentação técnica e detalhada na reunião a portas fechadas, que foi seguida por uma sessão de perguntas e respostas, informaram diplomatas que participaram do encontro, que durou duas horas.
"Esperamos que (...) o Conselho de Segurança tome as medidas oportunas e apropriadas em resposta à provocação da Coreia do Norte", disse à imprensa Yoon Duk-yong, membro da delegação do governo de Seul que apresentou na ONU o relatório sobre o naufrágio.
Seul também acusou a Coreia do Norte de violar o espírito de uma histórica declaração conjunta adotada há dez anos pelos dois governos, prometendo a paz. Mas, após um período de reaproximação, as relações voltaram a ficar ruins sob o governo do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que cortou a ajuda ao norte ao tomar posse, em 2008, como forma de pressionar Pyongyang a abandonar seu programa nuclear.
Uma comissão internacional concluiu que a corveta Cheonan foi atingida por um torpedo proveniente de um submarino norte-coreano. A investigação que apontou a responsabilidade de Pyongyang no acidente foi realizada por cinco países ocidentais (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia).
A Rússia indicou que uma equipe de especialistas enviados à região para fazer uma nova análise teria concluído que os indícios da culpa da Coreia do Norte não são tão claros quanto os países ocidentais apontaram inicialmente.
A China também já havia manifestado dúvidas quanto aos resultados da investigação internacional, apesar de "respeitar" o relatório e as respostas de cada país ao incidente.
Fonte: Folha.com
Seul acusou a Coreia do Norte de torpedear a corveta Cheonan no dia 26 de março, matando 46 marinheiros. Na segunda-feira (14) os dois apresentaram suas versões ao Conselho de Segurança.
"Se o Conselho de Segurança divulgar qualquer documento contra nós, condenando ou questionando, eu mesmo como diplomata não poderei fazer mais nada, pois as medidas subsequentes serão realizadas por nossas forças militares", disse o embaixador norte-coreano Sin Son-ho, durante entrevista coletiva.
O embaixador foi questionado se ele queria dizer que a Coreia do Norte reagirá com uma ação militar contra uma resolução ou uma declaração do Conselho.
"Eu disse que se alguma ação for tomada pelo Conselho de Segurança contra nós, eu perderei meu emprego", disse ele. "Os militares terão o seu próprio emprego, no desenvolvimento. Eu te dei a resposta, agora você pode julgar seu significado", explicou Sin.
Ele também reiterou a posição de Pyongyang de que a alegações do Sul sobre o afundamento é uma "completa invenção" e exigiu que o Norte tenha permissão de enviar sua equipe própria investigação. "Esta é realmente uma história engraçada. É um tipo de ficção", completou o embaixador.
Confronto
A Coreia do Sul foi a primeira a expor o caso na segunda-feira. Autoridades civis e militares fizeram uma apresentação técnica e detalhada na reunião a portas fechadas, que foi seguida por uma sessão de perguntas e respostas, informaram diplomatas que participaram do encontro, que durou duas horas.
"Esperamos que (...) o Conselho de Segurança tome as medidas oportunas e apropriadas em resposta à provocação da Coreia do Norte", disse à imprensa Yoon Duk-yong, membro da delegação do governo de Seul que apresentou na ONU o relatório sobre o naufrágio.
Seul também acusou a Coreia do Norte de violar o espírito de uma histórica declaração conjunta adotada há dez anos pelos dois governos, prometendo a paz. Mas, após um período de reaproximação, as relações voltaram a ficar ruins sob o governo do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que cortou a ajuda ao norte ao tomar posse, em 2008, como forma de pressionar Pyongyang a abandonar seu programa nuclear.
Uma comissão internacional concluiu que a corveta Cheonan foi atingida por um torpedo proveniente de um submarino norte-coreano. A investigação que apontou a responsabilidade de Pyongyang no acidente foi realizada por cinco países ocidentais (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia).
A Rússia indicou que uma equipe de especialistas enviados à região para fazer uma nova análise teria concluído que os indícios da culpa da Coreia do Norte não são tão claros quanto os países ocidentais apontaram inicialmente.
A China também já havia manifestado dúvidas quanto aos resultados da investigação internacional, apesar de "respeitar" o relatório e as respostas de cada país ao incidente.
Fonte: Folha.com