Rotertinho
GF Ouro
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Luxemburgo: Mensagem com origem na polícia causa polémica
Portugueses sem medo de racismo
A comunidade portuguesa no Luxemburgo está consternada com o ‘e-mail’ dirigido contra os emigrantes lusos, e que terá tido origem na polícia local, mas não receia manifestações de racismo. "Não tenho medo. Isto é passageiro", afirmou, convicta, ao CM, Isabel Pardal, doméstica, que está há 34 anos a viver naquele país. Refira-se que o seu ministério do Interior não considerou xenófobo o conteúdo da mensagem mas mandou investigar.
No ‘e-mail’, os autores desafiam os luxemburgueses a ir para países como o Paquistão, Afeganistão, Iraque, Nigéria, Turquia e Portugal, e exigirem privilégios que os imigrantes usufruem no seu país. "Exija assistência médica gratuita para toda a família, insista para que os funcionários dos centros de saúde falem luxemburguês e pendure a bandeira do seu país à janela. No Luxemburgo, tudo isto é possível porque somos governados por idiotas politicamente correctos", lê-se no ‘mail’.
O CM contactou emigrantes residentes no Luxemburgo e nenhum se mostrou, no entanto, preocupado com eventuais manifestações de xenofobia. "Eu nunca senti racismo mas as minhas filhas já o sentiram na escola. Mas em Portugal também muitos estrangeiros sentem", afirmou Isabel Pardal. Sentimento idêntico manifestou Fernando Oliveira, trabalhador da construção civil, a viver há 40 anos no Luxemburgo. "A maioria das pessoas não é xenófoba. Há bons e maus, como em todo o lado", afirma.
José Trindade, presidente do Centro de Apoio Social Associativo, refere que os portugueses estão desagradados com o ‘e-mail’, porque não corresponde à verdade. Insiste que os lusos respeitam as leis. A sua ‘vice’, Leonor Ferreira, admite que o Estado luxemburguês dá apoios aos imigrantes – mas ressalta que, se eles existem, é natural que estes os requeiram quando necessitam. Compreende, no entanto, que, numa altura de crise, alguns luxemburgueses se sintam revoltados. O conselheiro da comunidade lusa no Luxemburgo, Eduardo Dias, salienta que o ‘e-mail’ não reflecte o sentimento existente na sociedade luxemburguesa.
SAIBA MAIS
SANGUE PORTUGUÊS
O actual grão-duque Henri do Luxemburgo é trineto de D. Miguel. A filha, Maria Ana, casou com Guilherme IV. Foi regente em1908-12.
79 800
emigrantes portugueses são 15,8% da população do Luxemburgo (502 066 em 1-1-2010).
ASILO EM PORTUGAL
Na II Guerra Mundial (1939-45), Portugal deu asilo às grã-duquesas Maria Adelaide e Carlota.
"TRADUZ A OPINIÃO DE UMA MINORIA DA POPULAÇÃO"
"Não é imaginável, da parte de servidores do Estado, de polícias, um ‘mail’ daquele teor", referiu ao CM o eurodeputado Paulo Pisco, do PS, considerando inaceitável a posição do ministério do Interior luxemburguês, que sustentou não haver xenofobia na mensagem. Segundo Pisco, uma vez dado o alerta, "o caso não deve ser empolado", já que "traduz uma opinião minoritária na polícia e na população". Não há, frisou, utilidade numa intervenção do Governo português, pois há que "confiar na actuação das autoridades luxemburguesas".
Correio da Manha
Portugueses sem medo de racismo
A comunidade portuguesa no Luxemburgo está consternada com o ‘e-mail’ dirigido contra os emigrantes lusos, e que terá tido origem na polícia local, mas não receia manifestações de racismo. "Não tenho medo. Isto é passageiro", afirmou, convicta, ao CM, Isabel Pardal, doméstica, que está há 34 anos a viver naquele país. Refira-se que o seu ministério do Interior não considerou xenófobo o conteúdo da mensagem mas mandou investigar.
No ‘e-mail’, os autores desafiam os luxemburgueses a ir para países como o Paquistão, Afeganistão, Iraque, Nigéria, Turquia e Portugal, e exigirem privilégios que os imigrantes usufruem no seu país. "Exija assistência médica gratuita para toda a família, insista para que os funcionários dos centros de saúde falem luxemburguês e pendure a bandeira do seu país à janela. No Luxemburgo, tudo isto é possível porque somos governados por idiotas politicamente correctos", lê-se no ‘mail’.
O CM contactou emigrantes residentes no Luxemburgo e nenhum se mostrou, no entanto, preocupado com eventuais manifestações de xenofobia. "Eu nunca senti racismo mas as minhas filhas já o sentiram na escola. Mas em Portugal também muitos estrangeiros sentem", afirmou Isabel Pardal. Sentimento idêntico manifestou Fernando Oliveira, trabalhador da construção civil, a viver há 40 anos no Luxemburgo. "A maioria das pessoas não é xenófoba. Há bons e maus, como em todo o lado", afirma.
José Trindade, presidente do Centro de Apoio Social Associativo, refere que os portugueses estão desagradados com o ‘e-mail’, porque não corresponde à verdade. Insiste que os lusos respeitam as leis. A sua ‘vice’, Leonor Ferreira, admite que o Estado luxemburguês dá apoios aos imigrantes – mas ressalta que, se eles existem, é natural que estes os requeiram quando necessitam. Compreende, no entanto, que, numa altura de crise, alguns luxemburgueses se sintam revoltados. O conselheiro da comunidade lusa no Luxemburgo, Eduardo Dias, salienta que o ‘e-mail’ não reflecte o sentimento existente na sociedade luxemburguesa.
SAIBA MAIS
SANGUE PORTUGUÊS
O actual grão-duque Henri do Luxemburgo é trineto de D. Miguel. A filha, Maria Ana, casou com Guilherme IV. Foi regente em1908-12.
79 800
emigrantes portugueses são 15,8% da população do Luxemburgo (502 066 em 1-1-2010).
ASILO EM PORTUGAL
Na II Guerra Mundial (1939-45), Portugal deu asilo às grã-duquesas Maria Adelaide e Carlota.
"TRADUZ A OPINIÃO DE UMA MINORIA DA POPULAÇÃO"
"Não é imaginável, da parte de servidores do Estado, de polícias, um ‘mail’ daquele teor", referiu ao CM o eurodeputado Paulo Pisco, do PS, considerando inaceitável a posição do ministério do Interior luxemburguês, que sustentou não haver xenofobia na mensagem. Segundo Pisco, uma vez dado o alerta, "o caso não deve ser empolado", já que "traduz uma opinião minoritária na polícia e na população". Não há, frisou, utilidade numa intervenção do Governo português, pois há que "confiar na actuação das autoridades luxemburguesas".
Correio da Manha