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Alimentação do Cão

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MMAD

Visitante
Muitas pessoas dão comida caseira aos seus cães, pensando na economia e na relação afectiva que têm com os seus animais. Estudos comprovam que a comida caseira acaba sendo até 100% mais cara se levarmos em consideração o tempo gasto para a preparação, e ainda a dificuldade de se equilibrar correctamente as doses de ingredientes necessárias para uma saúde perfeita dos animais de estimação.

Consequentemente, muitos problemas de pele e de estômago dos animais acabam por aparecer devido a uso de temperos não aconselhados da alimentação humana ou de excesso de determinados ingredientes.

Lembre-se: carinho e afecto não são suficientes para uma saúde perfeita.

Hoje, o mercado de rações oferece ao consumidor uma variedade enorme de produtos, desde aqueles que se vendem nos Supermercados até ás rações dos veterinários e petshops, que variam de acordo com a qualidade das matérias-primas envolvidas em sua fabricação. Consequentemente, o preço também vai variar. A ração pode ser na forma de alimentos húmidos ou seca .

A grande vantagem das rações é a certeza de, ao escolher uma marca de boa qualidade, estar a fornecer ao seu animal de estimação todos os elementos essenciais à manutenção de uma boa qualidade de vida e do bem estar do animal, pois estes elementos estarão equilibrados e apresentados de uma forma na qual serão facilmente absorvidos pelo seu animal.

Cachorros
Devem ser alimentados de 3 a 5 vezes ao dia, em pequenas quantidades, com rações próprias , que são aquelas com alto teor de energia metabolizável e um maior nível proteico. Devem ser dadas até os 12 meses de vida.

Adultos
Podem
ser alimentados 1 a 3 vezes ao dia.

Fêmeas gestantes e em lactação
Devido ao desgaste e à necessidade de alimentar sua ninhada a ração oferecida deve ter um alto teor de energia, podendo ser substituída pela ração de filhote.

Deixar ração à vontade ou estabelecer horários para alimentação é uma decisão que deve ser tomada de acordo com a rotina da família. Como dar comida 3 vezes ao dia se todos trabalham fora?

Se optar por deixar ração à vontade, deve tomar alguns cuidados:

Só deixe ração seca, pois a húmida poderá fermentar, causando problemas ao seu cão.

Não deixe a taça com ração muito próximo do taça com agua , pois alguns cães costumam brincar com a água e isso poderá molhar a ração, também provocando a fermentação. Por outro lado, ao serem estabelecidos horários para refeição, terá um animal mais condicionado e sobre o qual terá um controle maior de sua alimentação.

Evite dar petiscos durante o dia, pois eles poderão tirar o apetite de seu cão. Os petiscos não têm qualidade para substituir uma refeição à base de ração

Alimentar um cão é fácil e prático. Basta que siga as orientações do seu veterinário e escolha a maneira que melhor se adequa à sua rotina de vida.

Lembre-se: ele depende de si para conseguir alimentar-se correctamente.
 
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MMAD

Visitante
O cão, no seu estado selvagem era um animal cuja alimentação era essencialmente carnívora. Vivendo em matilha, caçava pequenas presas que devorava juntamente com os restantes membros do grupo. Este facto, levou a que durante muitos anos, se defendesse que os cães deveriam ser alimentados à base de carne crua. Verificou-se depois, que isso era insuficiente para satisfazer as suas necessidades, pois apesar de lhe ser fornecida proteína em quantidade, surgiam carências em açúcares, gorduras e fibras; Talvez isto se justificasse porque na natureza, apesar do cão se alimentar apenas da sua presa, ingeria fibras presentes na pele, assim como gordura.

Há veterinários que defendem, ainda, que uma alimentação correcta deve incluir algumas refeições de carne crua, no entanto, tem-se verificado cada vez menor aceitação de tal teoria, pois essa carne crua é eventual transmissora de doenças.

Alguns proprietários, recorrem a sobras das suas próprias refeições para alimentar os seus animais de estimação: contam estar a fazer o certo, fornecendo ao animal uma alimentação variada, saborosa (graças aos temperos utilizados) e que lhe dá imenso prazer, nomeadamente ao roer ossos que sobraram do almoço ou jantar da véspera. Estes donos, com boas intenções, estão a prejudicar o seu animal. Embora muita gente considere que "o cão é para comer restos", o seu aparelho digestivo é tão sensível como o do humano ou mesmo mais; Não tolera certos alimentos (carne de porco e derivados, por exemplo), e os temperos prejudicam, inclusive a qualidade do pêlo. Os ossos, que tanto prazer dão ao animal, chegam a ser fatais, principalmente se forem fáceis de transformar em lascas, as quais ao progredirem ao longo do tubo digestivo vão causando diversas feridas ou mesmo perfurações gravíssimas.

O amor que alguns proprietários dedicam ao seu animal faz com que lhe pretendam dar o melhor tipo de alimentação possível: Dedicam horas à preparação de cozinhados mais ou menos elaborados, em que incluem carne ou peixe da melhor qualidade, legumes variados e arroz ou massa, por vezes condimentando para dar "mais gosto". Dificilmente aceitam que o cãozinho não se importe de comer duas refeições seguidas do mesmo alimento. Esta forma de alimentação, aproxima-se mais do que seria ideal, pois entra-se em conta com as diferentes necessidades do animal, no entanto, é praticamente impossível em nossas casas, elaborar refeições que englobem tudo o que o cão necessita e principalmente nas doses adequadas. Para além deste contra, é um tipo de alimentação que se torna muito caro e trabalhoso, principalmente se se tratar de um animal de raça grande.

O mercado dos produtos para animais aumentou imenso nos últimos dez anos e com ele a indústria dos alimentos para cão, que evoluiu de tal forma que são inúmeras as marcas que conseguimos encontrar nas prateleiras dos supermercados, com embalagens mais ou menos atractivas e preços acessíveis. Contudo nem todas as marcas têm a qualidade que pretendemos fornecer aos "nossos amigos de quatro patas".

Os alimentos enlatados, extremamente apetitosos para os cachorros e cães adultos, são facilmente degradáveis uma vez aberta a embalagem; Para além disso, incorporam uma elevada percentagem de água, o que faz com que o animal não veja satisfeitas as suas necessidades. Muitas vezes os corantes e conservantes associados fazem com que os cães mais sensíveis se ressintam, apresentando distúrbios intestinais (timpanismo - "gazes abdominais", diarreias, vómitos...).

A forma mais correcta de alimentar o nosso animal de estimação passa pela compra de rações leofilizadas, vulgarmente designadas de "rações secas", "croquetes" ou "bolinhas". Existem nas mais variadas formas e paladares, com embalagens que vão desde poucas gramas até cerca de 20 quilogramas. Duma forma geral são agradáveis ao paladar do animal, tendo como vantagens o facto de serem extremamente práticas, prontas a comer, exigindo apenas uma taçinha de água ao lado para que o animal sacie a sede, enquanto se vai deliciando com este tipo de alimento.

Dentro das várias marcas disponíveis, podem-se distinguir dois tipos: a gama standard, de larga distribuição a supermercados, e a gama dito premium que só é comercializada em lojas da especialidade e clínicas veterinárias. As primeiras são vendidas a preços extremamente acessíveis, mas nem sempre são de boa qualidade. Nas premium prima-se pela utilização de ingredientes de melhor qualidade - opta-se geralmente pela carne fresca, com elevada digestibilidade e responsável pelo aporte da proteína animal que deve corresponder a um mínimo de 12% (o ideal é 25%) da energia fornecida pela ração; teor em fibra (geralmente sob a forma de trigo, arroz ou milho, sendo o primeiro, o mais facilmente digerível) entre os 2 e 5%, assegurando correcto funcionamento gastrointestinal, sem excessos que aumentem o volume fecal; maior quantidade de cálcio para cães em crescimento ou cadelas em lactação(cerca de 1.3%), menor teor de gordura para animais obesos, por oposição aos 30% a fornecer a uma fêmea em lactação, assim como suplementos ricos em vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B), etc. O correcto balanceamento dos nutrientes faz com que o animal ingira diariamente pequenas quantidades de alimento; A simultânea ou posterior ingestão de água, fará com que os pedaços de ração aumentem de volume no estômago (ao serem hidratados) e o animal fique satisfeito. Desta forma, uma ração que à primeira vista pareceria muito cara, torna-se bem mais económica:

- o animal come menor quantidade, e a embalagem torna-se mais rentável;

- não temos qualquer incómodo a confeccionar alimento;

- salvo em casos de crescimentos rápidos, dispensa-se os suplementos vitaminicos e minerais;

- o animal crescerá saudável, com pêlo brilhante, pele saudável, dentes sãos (menor tendência à formação de tártaro) e fezes sempre moldadas.

Para satisfazer o animal mas essencialmente para que o dono sinta que está a dar um prazer especial ao seu cão, pode fornecer-lhe muito espaçadamente (no máximo, uma vez por semana) uma refeição confeccionada por si, incluindo sempre carne (nunca de porco, e sempre desossada) ou peixe cozido, sem tempero, acompanhada por arroz cozido e com legumes (cenoura, nabo, agrião, alface...). Como "mimo", o cão só deve comer, esporadicamente, biscoitos próprios para cães, ou pedaço de fruta, cenoura crua; por vezes uma bolacha de água e sal. Se pretender dar um osso ao seu cão para que ele o roa demoradamente, recorra unicamente ao osso do joelho de vaca, o qual ele não conseguirá fragmentar, e portanto não lhe causará problemas.

Seguindo estes conselhos, os nossos amiguinhos felpudos crescerão mais saudáveis e poderemos partilhar a sua companhia durante muito tempo.
 
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