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Futuro de Hillary Clinton pode passar pelo Pentágono antes de chegar à Casa Branca

aiam

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Mai 11, 2007
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»Desiludidos com Obama, os democratas parecem estar prontos para apostar na secretária de Estado norte-americana. Já se fala nas próximas corridas presidenciais.
Hillary goza de uma popularidade que Obama já perdeu .

No início de Agosto, L. Douglas Wilder, o primeiro governador afro-americano dos Estados Unidos e um democrata, publicou um artigo de opinião no Politico, o site noticioso que é a Bíblia política de Washington, defendendo uma remodelação da Administração Obama. "O vice-presidente não deve ser imune", escreveu. Na verdade, o texto é, em grande parte, um manifesto anti-Joe Biden, que Wilder retrata como um homem de gaffes, alvo preferencial dos humoristas dos serões televisivos americanos.

O resto do artigo é um elogio ao desempenho de Hillary Clinton enquanto chefe da diplomacia americana, tal como um professor escreveria na ficha de avaliação de uma boa aluna. Obama, escreveu Wilder, deveria desembaraçar-se de Biden e recandidatar-se à presidência em 2012 com Hillary Clinton como número dois. Até porque Clinton poderia reconquistar os eleitores que entretanto se desencantaram com Obama. Como quem diz: Clinton é a maior esperança de Obama ser reeleito em 2012.

Podia ter sido apenas outro dia em Washington, mas nas semanas seguintes a ideia propagou-se pelos jornais e blogues como uma faísca no feno. Até o estóico Financial Times aderiu ao debate - dando ares de desprendimento (a velha desculpa: talvez tudo não passe da angústia do ciclo noticioso perante uma agenda vazia em Agosto), mas sem deixar de passar a palavra.

E quando as vozes que descartavam a teoria como um disparate já pareciam ser suficientes para arrumá-la - pelo menos, por uns tempos -, uma nova especulação emergiu. Quando o secretário da Defesa, Robert Gates, anunciou há dias que pretende retirar-se até final do próximo ano, o nome de Hillary começou a ser falado para lhe suceder.

A salvadora

Argumentos a favor: Hillary tem bastante credibilidade junto dos militares, desde os dias em que fez parte da Comissão das Forças Armadas do Senado, disseram analistas. Por outro lado, pode ser a maior esperança em voltar a haver um democrata à frente da pasta da Defesa - Gates é o único elemento da administração Bush que transitou para o actual Executivo. Hillary tende a estar mais à direita do seu partido em questões de segurança nacional, o que poderá dar cobertura à sua escolha perante os republicanos.

O que há de comum nas duas versões é que Hillary Clinton emerge como a figura que pode salvar o partido ou a presidência. E apesar de faltarem pelo menos 14 meses para confirmar se algum destes cenários se concretizará, as eleições para o Congresso realizam-se dentro de 10 semanas, e os democratas correm o risco de perder a actual maioria.

Talvez a especulação diga mais sobre o presente do que sobre o futuro. Obama continua a cair nas sondagens - e no apreço do seu partido.

"Toda esta especulação mostra que as pessoas estão a ter dúvidas sobre a competência presidencial de Obama", diz ao PÚBLICO Lara Brown, professora e investigadora de ciência política da Villanova University, Pensilvânia, que integrou o departamento de Educação durante a administração Clinton. "O ex-governador Wilder foi quem levantou a questão. Em grande parte isto tem que ver com a discussão entre democratas sobre como trazer novo vigor ao partido." Há uma esquerda desiludida com Obama e democratas moderados em campanha "contra a presidência" de Obama, diz Lara Brown.

Por estes dias, os democratas começam a lembrar-se de que Hillary esteve muito perto de ser a candidata presidencial do Partido Democrata em 2008. "Num clima destes, faz todo o sentido que o partido ande à procura de nova liderança."



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