• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Líderes Mundiais!

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Constantino I "O Grande" (280-337)

Constantino I "O Grande", Imperador Romano (324-337), filho de Constâncio I e de Santa Helena. Ao morrer o seu pai, Constantino foi proclamado Augusto pelo Exército. Maximiano tentou destronar o jovem imperador, que cercando-o em Marselha, o pôs à beira de se suicidar. Em 312 Maxêncio, filho de Maximiano, foi derrotado e morto numa batalha perto de Roma. Antes dessa batalha, diz-se que Constantino viu aparecer no céu uma cruz de fogo com as seguintes palavras: "Com este sinal vencerás". Depois desta batalha adoptou o monograma Chi-Rho (iniciais do nome grego de Cristo) como adorno do seu estandarte de guerra.
constantino.jpg

Em 311 morreu Galério, deixando caminho aberto a Constantino para ser co-imperador com Licínio, Imperador da parte oriental do Império. Em 324, depois ter derrotado este na Batalha de Crisópolis, mandou matá-lo em Tessalónica. Antes de Constantino reinar, o Império Romano preparava-se para ser dividido por dois Imperadores. Em 180, sob o reinado do Imperador louco Cómodo (161-192), o Império já se encontrava sob grande pressão dos bárbaros. Godos, Francos, Germânicos e Vândalos, estavam a investir e entre 260 e 272,os Romanos tiveram de abandonar partes do seu império. Em 286, o Imperador Diocleciano (245-313) tomou uma decisão dividindo o Império em duas partes: a metade oriental de língua grega e a metade ocidental de língua latina. Nomeou Maximiano para governar a parte ocidental entre 286 e 305, ficando ele com a oriental. Com Constantino, foi restabelecido a unidade imperial.

Em 330, Constantino mudou a capital do Império de Roma para Constantinopla, prestando assim homenagem à Virgem Maria. Ficou célebre o seu Édito de Milão, em que deu liberdade à igreja, que até então era violentamente perseguida, tornando o Cristianismo a religião oficial do Estado. Convocou o Concílio de Niceia (325), o 1º Concílio Ecuménico, que condenou os donatistas e fixou normas em matéria de fé e disciplina. A partir do seu reinado, a monarquia tornou-se hereditária. Constantino foi sem dúvida, um dos mais hábeis governantes do Império Romano. Distinguiu-se como administrador capaz e brilhante militar, que se propôs unificar o poder romano desde Bizâncio até à Britânia. Consolidou a organização da sociedade com uma rigorosa estratificação hereditária. Mesmo quando protegeu os cristãos, conservou o título de potestade religiosa no mundo pagão.
i-niceia1%20(3).jpg

Primeiro Concílo Ecuménico de Niceia (325 D.C.).
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Líderes Seculares da Monarquia!

Após a queda do Império Romano ocidental no ano 476 D.C., com a invasão de povos oriundos da Ásia, que os romanos chamavam de "Bárbaros", teve início novas civilizações que iriam dar origem a novos países e também a novos líderes seculares que destacaram-se pelos seus feitos através dos tempos. Muitos desses líderes seculares são reis e rainhas que governaram com pulso a Nação e por vezes o Império.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Alarico I (376-410 D.C.)

Rei dos Visigodos (395-410 D.C.), que depois de sofrer a vassalagem imposta por Roma ao seu povo, chefiou, na época da morte de Teodosio I, a revolta do seu povo e foi coroado rei. Chegou a invadir a Grécia e pediu um pesado resgate pela cidade de Atenas. Valendo-se da sua posição e da sua força, assinou um tratado com o Imperador do Oriente, Arcádio, pelo qual se tornava vice-regente da Península dos Balcãs. Guiado pelo poder e cego pela ambição, empreendeu a invasão da Itália (400 D.C.). Conseguiu dominar e manter as províncias setentrionais da península durante 18 meses, até que foi atacado e vencido por Estilicão em Pollentia. Porém, não satisfeito com esta derrota, voltou a tentar a conquista no ano de 409 D.C., e chegou a sitiar Roma. Poupou a cidade e conformou-se com um grande tributo; mas em 24 de Agosto do ano seguinte, saqueou a cidade. Tinha conseguido dominar todo o Império do Ocidente quando morreu, repentinamente, em Cosenza.
zdw1446456375.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Átila "O Flagelo de Deus" (406-453)

Rei dos Hunos (434-453), ficou conhecido pelas suas devastações e pilhagens e também pela invasão das fronteiras do Império Romano. Sucedeu a seu pai, Munzak, até 434 D.C. juntamente com seu irmão, Blenda, que matou 8 anos mais tarde. Como se apresentara pretendente à mão de Honória, irmã de Valentiano III, e vira repelidas as suas pretensões, invadiu o Império do Oriente, mas foi combatido pelo Imperador Marciano, que respondeu às suas ameaças: «Tenho ouro para os meus amigos e ferro para os meus inimigos». Depois de percorrer a Europa Central, Átila invadiu a Gália à frente de um numeroso exército, onde semeou o terror. Não conseguiu conquistar Paris, sendo derrotado em 451. Foi então que recebeu o nome de "Flagelo de Deus" e lhe foram atribuídas as terríveis palavras: «Onde o meu cavalo põe a pata a erva não volta a crescer».

O general romano Aécio obrigou-o a levantar o cerco a Orleães e pouco depois (451), aliados contra os Hunos, o rei franco Meroveu, o rei visigodo Teodoredo e o romano Aécio, derrotaram-no na batalha chamada dos Campos Catalaúnicos, desenrolada perto de Châlons-sur-Marne, em que Teodoredo morreu. Átila passou então com o resto do exército para Itália, atacando o país. Logo se encaminhou para Roma, às portas da qual foi detido pelo Papa Leão I, com quem celebrou um tratado. Por fim, retirou para a Panónia (Hungria) e pensava atacar de novo o Império do Oriente quando foi surpreendido pela morte em plena orgia. Os seus amigos enterraram-no num triplo caixão de ferro, prata e ouro no qual depositaram as suas armas e objectos preciosos. Terminado o funeral, degolaram os escravos que tinham cavado a sepultura para que ninguém soubesse onde se encontrava. O seu Império não conseguiu sobreviver-lhe, pois os vários filhos que deixou aniquilaram o exército com guerras entre si.
512px-MorThanFeastofAttila.jpg

O Quadro "A Festa de Átila", do pintor húngaro, Mór Than.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Carlos Martel (668-741)

Duque da Austrásia, derrotou a Nêustria em 716, e sentou um merovíngio no torno da Austrásia, embora ele tinha ficado com o governo na sua qualidade de Prefeito de Palácio. Conseguiu unir e governar o território franco entre 715 e a data da sua morte (741). Quando os Sarracenos invadiram a França (720), utilizou os Aquitânios para deter os atacantes, enquanto reunia um poderoso exército com que os derrotou na decisiva Baralha de Poitiers (732). Com este grande triunfo conseguiu salvar o destino católico da Europa. O nome Martel tem origem na sua perícia em manejar o martelo de guerra. Embora não tenha sido rei, preferindo ser prefeito, com o tempo, os reis merovíngios revelaram-se fracos a governar, o que permitiu ao seu filho, Pepino "O Breve" ser o primeiro rei dos Francos. Carlos Martel foi o fundador da dinastia Carolíngia.
400px-Steuben_-_Bataille_de_Poitiers.png

Carlos Martel vencendo os árabes em Poitiers em 732 D.C.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Carlos Magno (742-814)

Rei dos Francos (768-814), Rei dos Lombardos (774-814) e Imperador do Ocidente (800-814). Uniu por conquista quase todas as terras cristãs do Ocidente. Entre 772 e 800, Carlos Magno fundou um grande Império, derrotando os Saxões, os Lombardos de Ítália e invadindo a Espanha. Cristão devoto, converteu as terras conquistadas e no dia de Natal de 800, Carlos Magno foi coroado Imperador do Ocidente e o primeiro Sacro Imperador Romano, pelo Papa Leão III na Basílica de São Pedro. Carlos Magno apoiava a Igreja Romana, favorecendo a sua influência no seu reino. Em troca, o Papa Leão III (750-816), coroou-o. A grande coroação na Igreja de São Pedro, em Roma, foi uma manobra política para equilibrar o poder do Império Bizantino no Oriente. A corte de Carlos Magno em Aix-la-Chapelle tornou-se um centro político, intelectual e administrativo. O seu reinado também ficou marcado pelo Renascimento das Artes e das Letras. Nos séculos XI e XII, a personalidade de Carlos Magno serviu de tema a vários poemas da épica francesa. O culto a Carlos Magno pode observar-se na Alemanha e na França durante a Idade Média. Pouco depois da sua morte, o seu Império desmoronou-se e dividiu-se em dois países - Alemanha e França.
Charlemagne.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Alfredo "O Grande" (849-899)

Os Romanos deixaram a Bretanha cerca de 410. Em 446, o alto-rei bretão Vortigern (reinou de 425 a 450) convidou os saxões germânicos a ajudá-lo a combater os Pictos. Os Saxões ganharam territórios mas foram impedidos de avançar por Artur, o rei lendário dos Bretões. Contudo, após uma batalha decisiva em 552, os saxões tomaram grande parte do sul e centro da Inglaterra. Finalmente, formaram-se sete reinos, que lutavam frequentemente entre si pela supremacia. Em 829, Egbert de Wessex tornou-se o primeiro rei de uma Inglaterra unida. Por meados do século IX, os Vikings tinham começado a fixar-se na Inglaterra. Nessa altura, Alfredo "O Grande" reinava no antigo reino de Wessex, no sul da Inglaterra. Em 886, já tinha derrotado os vikings, capturado Londres e dividido a Inglaterra em duas partes. Rei dos Saxões orientais (871-899), foi coroado ao morrer o seu irmão Etelredo, no mesmo ano, em que Alfredo teve de enfrentar os Dinamarqueses em várias batalhas. Depois de um período calmo viu o seu reino a ser invadido de novo pelos Dinamarqueses chefiados por Gudrun rei da Ânglia Oriental. Mas por fim, conseguiu derrotá-los. Entre 878 e 893, aproveitou a relativa paz do seu reino para introduzir reformas assinaláveis: criação da marinha inglesa, construção de edifícios públicos, fundação de escolas e codificação das leis. Criou um sistema jurídico que permaneceu inalterado até à conquista do país, em 1066, pelos invasores normandos, chefiados por Guilherme I "O Conquistador". Antes de morrer, porém, ainda teve de sufocar novas invasões dinamarquesas. Alfredo "O Grande" foi um grande protector da cultura, rodeou-se de uma corte de sábios que traduziram Beda, Boécio, Orósio e Gregório "O Grande".
b0392d68-034d-11e3-88fc-b75e98ec2597_web_scale_1.363636_1.363636__.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Guilherme I "O Conquistador" (1027-1087)

Rei da Inglaterra (1066-1087) e Duque da Normandia. Foi um dos maiores soldados e governantes da Idade Média. Filho bastardo de Roberto "O Diabo", Duque da Normandia, herdou o ducado de seu pai em 1035. Conta a tradição que, em 1051, ao visitar a Inglaterra, recebeu de seu primo, Eduardo "O Confessor", a promessa de ser herdeiro, promessa reconhecida por Harold de Wessex em 1064, mas que ao morrer, Eduardo se negou a cumprir. No entanto, em 1066, antes de morrer, Eduardo mudou de ideias, e preferiu nomear o seu cunhado, Harold. Como retaliação, Guilherme invadiu a Inglaterra para reclamar o trono. Derrotou o exército anglo-saxão, matando Harold na Batalha de Hastings em 1066. Nesse mesmo ano, no dia de Natal, Guilherme "O Conquistador" foi coroado Rei de Inglaterra, na Abadia de Westminster.
3.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Henrique V (1387-1422)

Rei de Inglaterra (1413-1422), viveu o momento culminante da Guerra dos 100 anos, derrotando os Franceses em Azincourt (1415) e conquistou a Normandia (1417). Henrique V dedicou o seu curto reinado a reconquistar terras francesas perdidas após a morte de Eduardo III (1312-1377). Proclamado Regente de França pelo Tratado de Troyes (1420), dedicou esforços a afastar toda a oposição à hegemonia inglesa. Quando morreu, já metade do norte de França estava sob o domínio dos ingleses.
portrait-of-henry-v-1387-1422.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Isabel I "A Católica" (1451-1504)

Última rainha de Castela e primeira da Espanha, na sua qualidade de rainha consorte de Aragão. Filha de D. João II de Castela e da segunda esposa, Isabel de Portugal. Nasceu em Madrigal de las Altas Torres. O seu irmão, Henrique IV, tinha-a jurado herdeira no Pacto de los Toros de Guisando, face aos direitos da sua duvidosa filha, Joana "A Beltraneja". O rei rescindiria a sua palavra, ao tomar conhecimento do seu matrimónio com Fernando de Aragão (1469), eleito pela própria Isabel, de entre os seus numerosos pretendentes. A morte do rei (1474), desencadeou a guerra civil, na qual o partido da Beltraneja contou com o apoio de D. Afonso V de Portugal. Obtendo a vitória em Toro e Albuera, Isabel assegurou o trono, reconhecido pelo monarca português no Tratado de Trujillo (1479).
245px-IsabellaofCastile03.jpg

Neste mesmo ano, Fernando herdou de seu pai a coroa de Aragão. A Concórdia de Segóvia estabelecia o governo conjunto dos dois esposos, nascendo uma Espanha unificada, de um mosaico de povos mutuamente receosos e antagónicos. O reinado daquela que ficou conhecida como "Rainha Católica" decorreu sob o signo da unidade:

1) Unidade Política, fortalecida pela submissão da nobreza, pela centralização do poder, reposição da Santa Irmandade e retenção de todos os instrumentos de governo;

2) Unidade Jurídica, consumada pelo ordenadamento de Montalvo e pelas leis de Toro;

3) Unidade Territorial, conseguida quando da tomada de Granada (1492);

4) Unidade Religiosa, quando da implantação do tribunal do Santo Ofício, velando pela pureza da fé e expulsão dos judeus e mouros não convertidos;

5) Unidade Linguística, pela qual o castelhano, cuja primeira gramática foi elaborada por Nebrija, foi um novo elemento aglutinante no interior e no Novo Mundo, ao servir de veículo de comunicação entre conquistadores e conquistados;

6) Unidade de Empreendimento, exemplificada na descoberta e conquista da América, sob o impulso e apoio de Isabel.

O Papa Inocêncio VIII conferiu o título de Reis Católicos a rainha Isabel e o seu esposo, D. Fernando, pelo êxito na expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica e pelo seu catolicismo. Esta rainha tornou-se célebre por ter aceite os projectos de Cristóvão Colombo, contra a oposição. Esse gesto levou a Espanha a ser uma grande potência naval e comercial, detentora de um grande império. Os reinos unidos dos dois monarcas constituiram a base da Espanha moderna.
Reis-Cat%C3%B3licos-545x300.jpg

A rainha D. Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão ficaram conhecidos por "Reis
Católicos".
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Fernando de Aragão (1452-1516)

Rei aragonês, filho de João II de Aragão e de Joana Enriquez. Também foi Rei da Sicília a partir de 1468. Terminou o movimento da Reconquista Cristã com a tomada de Granada. Em 1493 incorporou novamente Rosselón e Cerdaña na coroa aragonesa. Foi um hábil diplomata, conseguindo manter o predomínio mercantil e militar no Mediterrâneo. Em 1495 é formada a Liga Santa, sob a sua inspiração e mais tarde, em 1508, entrou na Liga Santíssima. Com a anexação de Navarra, a unidade nacional ficou concluída. Foi responsável pela reorganização do exército. Na cronologia de Aragão e da Sícília, tem o nome de Fernando II, na de Nápoles o de Fernando III, e finalmente, em Castela, o de Fernando V. Jurado herdeiro de Aragão nas Cortes de Calatayud, quando da morte do seu irmão, o príncipe de Viana (1461), e nomeado rei da Sicília por seu pai (1468), casou em 1469, com Isabel de Castela e Leão, irmã e sucessora de Henrique IV.
300px-FerdinandCatholic.jpg

Quando da morte de Henrique (1474), foi proclamado rei consorte de Castela e Leão. A morte do seu pai em 1479, tornou Fernando rei de Aragão, Catalunha, Valência, Baleares, Sardenha e Sicília, territórios estes que se uniam a Castela, embora sem perderem a sua autonomia. Consumou-se assim, a unificação espanhola. Os consortes ficaram conhecidos como "Reis Católicos". Estes dois monarcas pacificaram os seus reinos, abatendo o poderio da nobreza, medida que se revelava necessária, antes do início dos grandes empreendimentos que lhes estavam reservados: a conquista de Granada, as descobertas e conquistas do Novo Mundo e a consolidação do poder espanhol na Itália e no Mediterrâneo. Fernando apresentado por Gracián como político modelo, deixou solidamente estabelecidas as bases do mais vasto império herdado por um soberano, o seu neto, Carlos V.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Carlos V (1500-1558)

Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1519-1556). Filho de Filipe "O Belo" e Joana "A Louca" de Castela, filha dos reis católicos. Casou em 1526 com D. Isabel de Portugal, de quem teve Filipe II e D. Joana, mãe do rei português D. Sebastião. Quando chegou a Espanha, Carlos V que recebeu o título de Carlos I de Espanha, cometeu o erro de distribuir largamente benesses civis e eclesiásticas entre o seu séquito de flamengos, o que levou aos levantamentos das Comunidades castelhanas e das Germanias valencianas, que o imperador reprimiu severamente. O seu eterno rival foi Francisco I da França, que também aspirava à coroa imperial. O francês derrotado e aprisionado em Pavia, prometeu a Carlos I tudo quanto o imperador quis, mas após a sua libertação esqueceu as promessas.
3962540580.png

Numa segunda guerra (1526-1529), as tropas espanholas confrontaram-se com o próprio Papa e conquistaram Roma. A paz de Cambrai pôs fim ao conflito. Carlos tinha entretanto outro temível inimigo, Solimão "O Magnífico", sultão otomano (1520-1566). O Imperador, com falta de uma esquadra adequada, conseguiu conter os Turcos em terra, mas apesar de ter conquistado Tunes, não pôde destruir as bases corsárias, o que teve como consequência a constante ameaça islâmica até à Batalha de Lepanto.

Na Alemanha, teve de enfrentar o problema do protestantismo, adoptando uma política conciliadora. Embora a Dieta de Worms tenha proscrito Martinho Lutero (1521), a sua falta de poder real na Alemanha tirou importância a esta declaração. Só quando no Concílio de Trento se tornou patente a impossibilidade de resolver o cisma religioso é que se decidiu a combater os luteranos pela força das armas. Após importantes batalhas, a Dieta imperial reunida em Augsburgo autorizou cada governante alemão a pronunciar-se pelo catolicismo ou luteranismo.
mv-6nsLJj5alIaHu6z9FKimwYWrmC31im3xmsGisMhN7uUeVzlY_bD5slnNQUk3eITKh9SR62YBS9e83AE0BmwHSxsy_z2fjyWbryf_D3jeuMXY=w530-h305-p-k

Martinho Lutero perante o Imperador Carlos V, na Dieta de Worms.

Esgotado pela sua vida intensa, Carlos foi obrigado a retirar-se, e muito a contragosto, dividiu os seus estados. Cedeu ao seu filho Filipe a Flandres, o Brabante, a Espanha e as Índias. As terras dos Habsburgos e a candidatura ao trono imperial passaram para o seu irmão Fernando I. Carlos, desejoso de dar repouso ao seu corpo e à sua alma, recolheu-se no mosteiro de Yuste, onde viveu retirado durante dois anos, até à sua morte.

Os historiadores reconheceram-lhe excepcionais dotes políticos e militares. Defendeu a Cristandade e opôs-se à fragmentação política que estava latente, lutando pela instauração de um império dirigido pela Casa da Áustria. Com esse objectivo, agregou vastos territórios europeus. Com o seu Império ameaçado pela França, Império Otomano e o Movimento Protestante, Carlos fez frente aos seus inimigos com sucesso. Detentor das coroas dos Países Baixos, Espanha e Áustria-Hungria, Carlos I de Espanha e V do Sacro Império Romano-Germânico, foi o maior monarca do seu tempo e o mais poderoso dos Habsburgos.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Montezuma II (1466-1520)

Imperador Asteca (1502-1520), foi o último Imperador dos Astecas. A fase inicial do seu reinado foi marcada pela expansão territorial, com Montezuma a dirigir várias campanhas de conquista. O seu Império Asteca abrangia grande parte do que é actualmente o México e América Central. A chegada de Hernán Cortéz, contudo, ditou o fim do seu poderio. Em 1519, Cortéz chegou ao México. Montezuma acreditou que se tratava do Rei Sol Quetzalcoati a regressar do exílio. Cortéz tomou Montezuma como refém mas em Junho de 1520 os astecas, duvidando que os espanhóis fossem deuses, revoltaram-se e Montezuma foi morto.
19358-004-EE106B7C.jpg

Encontro entre Hernán Cortéz e o Imperador
dos Astecas, Montezuma II.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Soleimão I "O Magnífico" (1494-1566)

Sultão da Turquia (1520-1566). Em 1521 apoderou-se de Belgrado e em 1522 de Rodes. Em expedições sucessivas, tornou a Hungria um Estado vassalo do Império Otomano. Em 1533-1540, conquistou a Mesopotâmia à Pérsia. Em 1537-1540 aliou-se à França para combater a Liga Santa. Em 1538 ocupou a margem oriental do Mar Vermelho e em 1554-1556 a costa setentrional africana. A sua última derrota foi na Batalha de Valetta, em Malta, um ano antes de morrer. Morreu em Szeged (Hungria). Excelente líder militar e mundial e protector das artes e letras.
SuleimanMagnificent.jpg

Foi no seu reinado que o Império Otomano ascendeu ao seu máximo poderio: conquistou terras desde os Balcãs até à Pérsia e a sua marinha dominava o Mediterrâneo, o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho. O seu império chegou a constituir uma verdadeira ameaça ao Ocidente.
dossi-iraque-7-638.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Henrique VIII (1491-1547)

Rei da Inglaterra (1509-1547), foi o fundador da dinastia Tudor. Herdou uma vasta fortuna do pai, Henrique VII (1457-1509), mas gastou a maior parte em guerras no estrangeiro que tornaram a Inglaterra numa grande potência naval. É talvez mais conhecido por ter tido 6 mulheres: Catarina de Aragão, de quem se divorciou, rompendo com a Igreja de Roma; com Ana Bolena mãe da futura rainha da Inglaterra, Isabel I, que mandou executar em 1536 sob a acusação de adultério; com Joana Seymour, de quem teve, em 1537, o futuro Henrique VI; com Ana de Clèves, casamento tido por conveniente para uma aliança entre os príncipes protestantes do Norte da Alemanha, contudo o rei anulou-o no mesmo ano em que efectuou (1540). Com Catarina Howard, que também mandou executar, e finalmente com Catarina Parr, afecta ao Protestantismo. O divórcio de Catarina de Aragão, que a Igreja Católica recusou a reconhecer, levou ao corte de relações de Henrique VIII com esta. Isso contribuiu para o rei impulsionar a Reforma Protestante na Inglaterra, e a instauração da Igreja Anglicana e a sua autoproclamação como líder.

Nas relações exteriores, tirou partido entre as rivalidades de Carlos I de Espanha e Francisco I de França. Ao estalar a guerra entre ambos (1521), colocou-se ao lado do primeiro e enviou um contigente de tropas inglesas, sob o comando de Surrey, invadir a França. Apesar disso, rompeu relações com Carlos ao ficar prisioneiro de Francisco na Batalha de Pavia (1527) e aliou-se à França, graças ao esforço de Wolsey. Em 1536, anexou Gales. O contributo do Henrique VIII para a história da Inglaterra, é que tornou este país numa grande potência naval, tornando o rei um dos grandes líderes mundiais.
1111.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Isabel I "A Rainha Virgem" (1533-1603)

Rainha da Inglaterra (1558-1603), filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Sucedeu à rainha católica Maria da Escócia, que mandou-a executar por conspirar contra ela. Isabel I foi a última soberana inglesa da casa Tudor, não deixando quaisqueres descendentes, apesar de rodeada de pretendentes. Durante o seu reinado, a Inglaterra tornou-se uma grande potência marítima, em constante rivalidade com a Espanha Filipina, e a cultura conheceu um período de notáveis florescimentos, tendo a rainha sido responsável pelo incentivo do Renascimento na Inglaterra. Depois de anos de confrontos violentos, em que o país corria riscos constantes de eclosão de uma guerra civil, Isabel I empenhou-se em conseguir a pacificação interna.
small_elizabeth-i-a-e1321576213642.jpg

Foi nesta época que a Inglaterra assumiu grande poderio nos mares, dominando as principais rotas comerciais, praticando o corso, derrotando até a Armada Invencível (1588), composta por navios espanhóis e portugueses, que até à época eram as maiores potências navais do mundo. Na época isabelina assistiu-se, portanto, ao desenvolvimento comercial do país, mas também ao florescimento da cultura: homens como Francis Drake e Walter Raleigh dedicaram-se à exploração geográfica dos territórios recentemente descobertos. Edmund Spenser, na Poesia, William Shakespeare e Christopher Marlowe, no Drama, deixaram-nos obras do maior valor. Francis Bacon e William Gilbert, entre muitos outros, dedicaram-se à Filosofia e à Investigação Científica. Isabel I aprovou o Acto de Supremacia Religiosa em 1599, que estabeleceu o protestantismo como religião oficial do país. Graças as suas capacidades de governação, Isabel I foi um dos maiores líderes mundiais da época.
pintura-combate.jpg

Famosa invencível armada de navios ingleses contra navios espanhóis e portugueses.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Ivan IV "O Terrível" (1530-1584)

Czar da Rússia (1547-1584), tornou-se o primeiro czar da Rússia em 1547. Cruel e astuto, reduziu os poderes da aristocracia, governo e mercadores. Sob as suas ordens, foram executados milhares de russos e até matou o seu próprio filho numa explosão de ira. Contudo, criou as fundações da Rússia moderna. O seu reinado assistiu à instituição de uma administração centralizada do Estado Russo e à reorganização da Igreja Ortodoxa e do exército. Desenvolveu um intenso labor expansionista com a ocupação de Kazan (1552) e Astracã (1556), que abriram à Rússia as portas do Mar Cáspio. Buscando ainda uma saída para o Mar Báltico, tomando Narva e partes de Livónia. Teve porém, de ceder as suas conquistas, perante a derrota que sofreu às mãos da Polónia e da Suécia. Moscovo foi escolhida para capital e foram estabelecidas relações comerciais com a Inglaterra.
tsar-ivan-iv-the-terrible-1897.jpg!PinterestSmall.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Akbar "O Grande" (1542-1605)

Imperador Mongol (1556-1605). Considerado o maior dos imperadores mongóis do norte da Índia. Ábcaro era neto de Babur, que tinha fundado a Dinastia Mongol em 1526. A sua sabedoria, capacidade administrativa, mão firme, tolerância religiosa e patrocínio das artes levaram a que fosse chamado o "Guardião da Humanidade".
Akbar1.jpg
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Xá Jahan (1592-1666)

Imperador Mongol (1627-1658), grande patrono da arquitectura e engenharia. Durante o reinado do Xá Jahan como 5º Imperador Mongol da Índia, o Império atingiu a sua maior riqueza. O seu reinado terminou quando o filho Aurengzeb (1618-1707) tomou o poder, matando dois dos seus três irmãos e aprisionando o pai.
245px-Shah-jahan.jpg

O Xá Jahan é talvez mais conhecido pelo mausoléu de mármore branco Taj Mahal construído aquando da morte da sua esposa favorita, Mumtaz Mahal.
ba1ce2_ee26de9eeb6b4a6c8d60db606ac1a84d~mv2.jpg

Taj Mahal é um mausoléu de mármore branco situado na cidade de Agra, na Índia.
 
Última edição:

mjtc

GF Platina
Entrou
Fev 10, 2010
Mensagens
9,471
Gostos Recebidos
9
Carlos I (1600-1649)

Rei da Inglaterra e Irlanda (1625-1649). Acreditava no Direito Divino dos Reis - que os reis eram escolhidos por Deus e não tinham de responder perante o povo. A sua ditadura foi a principal causa da Guerra Civil Inglesa (1642-1651). Filho de Jaime VI da Escócia, sucedeu-lhe em 1625, tendo nesse mesmo ano, casado com Henriqueta Maria, filha de Henrique IV da França. Mal foi proclamado rei, Carlos I viu-se envolvido numa série de conflitos com o Parlamento, centrados no choque entre a autoridade real e a autoridade parlamentar. Dissolveu várias vezes esse organismo (1625, 1626, 1629) e durante 11 anos governou sem a sua ajuda. Por fim, confrontado com a rebelião escocesa, convocou em 1640 o Parlamento Longo, que colocou a grave alternativa: ou o rei ou as liberdades parlamentares. A derrota do Exército realista frente às tropas de Cromwell em Marston Moor (1644) e Naseby (1645), marcou o princípio do fim. Prisioneiro do Parlamento desde 1647 até à sua morte, sendo condenado à traição e decapitado em 1649.
245px-Charles_I_of_England_by_Anthony_van_Dyck.jpg
 
Última edição:
Topo