Reis loucos da história!

Durante a história houve monarcas que se notabilizaram pelos seus feitos militares, políticos, económicos, protectores das artes e ciência. Mas por outro lado, houve infelizmente, monarcas que tornaram-se célebres pelas suas famosas loucuras que ficaram na história.

Nabonidus (556-539 A.C.)

Rei da Babilónia, responsável pela queda do reino da Babilónia. Consta que vivia escondido no oásis na Arábia, enquanto o seu filho administrava o reino. Mandou cancelar o culto a Marduk, o Deus mais importante da Babilónia, e construir um templo para si próprio. A Bíblia menciona que ele tinha ataques de loucura: julgava que era um bode, andava de 4 patas, e pastava no campo.

Nabonidus rezando para o Sol, a Lua e
Vénus.

Carlos VI "O Louco" (1368-1422)

Rei de França (1380-1422). Tinha acessos de fúria e dores de cabeça. Mandou matar 4 criados durante uma crise. Em 1405, decidiu que não tomaria mais banho e não permitiria que ninguém o tocasse, pois o seu corpo era feito de vidro e poderia se quebrar.

Vlad III (1431-1476)

Rei da Valáquia (1448/1456-1462/1476). Tinha o hábito de comer assistindo à tortura dos seus inimigos a sangrar. Ficou conhecido por mandar empalhar os nobres como vingança da morte do seu irmão. O episódio mais macabro do seu reino foi o empalhamento de 20.000 soldados que expôs perante as tropas turcas que ficaram receosas com o espectáculo dantesco, que retiraram-se do seu reino.


O escritor Bram Stoker inspirou-se em Vlad III para criar o vampiro Drácula.

Ivan "O Terrível" (1530-1584)

Czar da Rússia (1547-1584). Quando era criança, divertia-se a matar cães e gatos, atirando-os do alto das muralhas do Kremlin, às pessoas na rua. Com a morte da sua mulher, convencido de que ela fora envenenada, tornou-se desconfiado, matando os nobres à sua volta. Cozinhou o tesoureiro no caldeirão, espancou a nora por achar mal vestida e matou o seu único herdeiro com um ceptro de ferro, quando este cometeu o erro de discutir com ele. Mais tarde, arrependia-se dos seus actos criminosos, e em penitência, batia com a cabeça no chão.

Mustafá (1592-1639)

Rei do Império Otomano. Esteve várias vezes preso e solto devido à sua loucura: para evitar uma disputa pelo trono, Mustafá ficou preso durante 14 anos, numa prisão sem janelas do palácio, enquanto o seu irmão governava; quando o irmão morreu, assumiu o poder e nomeou dois criados como governadores. Foi preso novamente após 6 meses de loucura, ficando definitivamente preso durante 16 anos até à sua morte. Tinha o hábito de divertir-se jogando o tesouro pelas janelas do palácio, vendo o povo a correr para apanhar a riqueza atropelando-se uns aos outros.

Ibrahim I "O Louco" (1616-1648)

Imperador do Império Otomano (1640-1648). Era atraído sexualmente por vacas. Enviou emissários pelo Império, à procura de mulheres que tivessem grandes vaginas parecidas com as vacas. A vencedora foi Sechir Para, uma mulher de 150 kg, que passou a viver no palácio e a gozar da confiança do rei. Com a intenção de renovar o harém, Sechir Para disse ao Imperador que uma das suas 280 mulheres o traíra. Como não disse o nome, Ibrahim mandou atirar todas ao mar, dentro de sacos cheios de pedras.

Frederico I (1657-1713)

Rei da Prússia (1701-1713). Era muito obsessivo e foi ele quem elaborou o Código dos Funcionários Públicos do Reino: livro com 35 capítulos e 297 parágrafos. De entre essas leis rígidas de comportamento, havia uma regra que anunciava que os funcionários deviam ser acordados às 6 horas da manhã, ao som dos canhões. O seu filho também era obrigado a levantar ao som dos canhões, para se habituar à guerra. A sua guarda imperial era formada por homens acima de 1,80 m de altura. Por causa de ter enviado a França, agentes para raptar homens altos para a sua guarda pessoal, quase que entrou em guerra com este país.

Gian de Medicis (1671-1737)

Governou Florença contra a sua vontade imposta pelos pais. A sua depressão aumentou quando o seu pai arranjou-lhe uma mulher gorda e feia para matrimónio. O casal não teve filhos. Gian era depressivo, ficando meses sem sair da cama. Homosexual assumido, após o casamento, mantinha um harém de 400 homens para o servir sexualmente. Além disso, mantinha alguns desses homens no estábulo, pois comparava-os aos cavalos. Acabou por morrer vítima de alcool, drogas e uma vida depravada.

Nadir Shah (1688-1747)

Rei da Pérsia (1736-1747). Ao sofrer uma tentativa de assassinato, desconfiou do filho, reuniu os nobres e cegou-o na frente deles. Após isso, via conspirações em toda a parte. Quando não obtinha confissões das suas vítimas, sobre conspirações, mandava cortar as suas cabeças e empilhava-as no meio da praça. Acabou por ser assassinado antes que matasse a todos.

Jorge III (1760-1820)

Rei da Inglaterra (1760-1765). Casou com Carlota de Mecklinburg-Streitz, e tiveram 15 filhos: 9 filhos e 6 filhas. Era portador de porfiria, uma doença da loucura, que interrompeu o seu reinado em 1765, depois de ter sido internado num hospício, recuperou e reinou durante 20 anos, antes de ter ficado doente de novo. Aos 50 anos, começou a ter delírios violentos, suava muito e tirava as roupas onde estivesse. Costumava conversar com as árvores do bosque do palácio, pensando que fosse outros reis. A sua maior loucura: o rei aproximou-se de uma árvore e deu-lhe um forte aperto de mão. Quando lhe perguntaram se ele estava bem, ele respondeu: "Não me interrompa! Estou conversando com o rei da Prússia". Nos seus últimos dias de vida, conversou sozinho durante 58 horas até morrer. Morreu cego, surdo e louco em 1820, no Palácio Windsor.