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Matadouro vendia cavalo por vaca

Rotertinho

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Loures: Terreno pertence à Santa Casa da Misericórdia local
Matadouro vendia cavalo por vaca

Sem dó nem piedade, de marreta na mão e usando toda a força, os funcionários acertavam na cabeça de cavalos, porcos, cabras e outros animais para os deixarem inanimados. Só depois os matavam à facada, num matadouro ilegal, sem condições de higiene e segurança, ontem desmantelado em Loures, em terrenos, segundo o CM apurou, propriedade da Misericórdia. A carne era vendida directamente ao consumidor.

A ASAE já há três meses tinha visitado o local e retirado todos os animais, mas a prática ilegal manteve-se. Ontem, porém, o local foi selado. O proprietário, em fuga, e um empregado foram constituídos arguidos. Na altura da intervenção, pelas 09h30, alguns particulares já compravam carne.

As condições no matadouro quebravam todas as regras de higiene. Além da maneira cruel de abate, as carcaças dos animais eram atiradas pelo ar para as imediações do terreno – junto à A8, frente ao Loures Shopping –, em especial para uma ribeira, que no Inverno se enche de água. Outras eram enterradas.

Apesar dos consumidores saberem das condições do local, também eles eram enganados, já que a carne de cavalo era vendida como se fosse carne de vaca. Cerca de 10 cavalos, 20 cabras, 40 ovelhas, porcos, patos, galinhas e leitões foram retirados do local pelas autoridades.

COMPRADORES FAZIAM RITUAIS NA MORTE DE VÁRIOS ANIMAIS

O matadouro agora desmantelado, além de servir como ponto de venda de carne, servia também para actos bizarros. É que alguns compradores, por motivos religiosos, aproveitavam o momento do abate dos animais para efectuarem rituais de sacrifícios, onde não faltavam as rezas.

Longe dos olhares de curiosos e das autoridades policiais devido à vegetação densa e a um portão alto, o matadouro, com a área aproximada de meio campo de futebol, há muito que estava sob a vigilância dos inspectores da ASAE. Há cerca de três meses, foi feita a primeira intervenção, após uma denúncia. A vigia manteve-se, assim como a prática do abate ilegal. Muitos dos animais estavam marcados e acredita-se que tenham sido roubados a sul do rio Tejo.

"Desmantelar matadouros ilegais como este é uma das nossas prioridades, pois não são fáceis de detectar e constituem um verdadeiro perigo para a saúde pública", disse o director de operações da ASAE, Pedro Picciochi.


Correio da Manhã
 
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