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Espanha considera avaliação da “Moody's” demasiado pessimista

florindo

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Out 11, 2006
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O governo espanhol considerou hoje, quinta-feira, que os argumentos da agência de notação “Moody's” para descer um nível o 'rating' da Espanha são "demasiado pessimistas" por preverem o crescimento do PIB em 2010 em apenas 1%.

José Manuel Campa reagia assim à decisão da agência de notação que, como esperado, decidiu descer o nível de Espanha devido às fracas perspectivas de crescimento económico, adiantando que a recuperação dos sectores de construção e imobiliário vai demorar vários anos.

Espanha passa assim do nível de 'rating' mais alto "Aaa" para o estável "Aa1", segundo comunicou a agência de notação financeira, numa decisão que surge depois da Standard&Poor's e Fitch terem também descido a avaliação do país, em Janeiro e em maio, do valor mais alto nas suas escalas.

Manuel Campa insiste que a “Moody's” baseia o seu relatório em perspectivas a muito longo prazo, que não coincidem com as do Governo, que são menos pessimistas, e sublinha que a agência considera as medidas já adoptadas em Espanha as adequadas para reduzir o défice.

Campa reconheceu que o processo de recuperação ainda não terminou mas considerou que, para baixar o défice das contas públicas espanholas, serão necessárias medidas adicionais.

Na sua análise de hoje, a “Moody's” assinalou também a deterioração financeira do país e lembra o avultado défice e endividamento da Espanha, referindo que isto, em conjunto com os elevados juros associados à dívida, faz com que o governo espanhol se encontre "muito vulnerável" a futuros episódios de volatilidade dos mercados.

Kathrin Muellbronner, analista sénior da “Moody's” para Espanha, estima que o crescimento anual do PIB será de apenas 1%, abaixo do crescimento também moderado mas mais elevado das economias vizinhas.

A baixa produtividade espanhola e a sua falta de competitividade são os primeiros desafios que o país enfrenta, segundo a “Moody´s”, que salienta pela positiva a reforma laboral já aprovada pelo Governo.

Os mercados já antecipavam a decisão de hoje da “Moody's”, que coincide com um período de agravamento do custo da dívida espanhola, depois de meses de reduções consecutivas.

Essa previsão levou já a que o Ibex35, principal indicador da bolsa madrilena, tenha feito uma correcção de valores.

Fonte JN
 
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