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A atribuição do prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo é hoje, sábado, o grande destaque dos principais jornais de Macau, Hong Kong e Taiwan, que chamam às primeiras páginas a escolha "controversa" do Comité Norueguês.
O diário "South China Morning Post", de Hong Kong, dedica três páginas ao dissidente chinês, destacando na capa a distinção contra a vontade de Pequim e a possibilidade de Liu Xiaobo poder ainda não ter conhecimento do prémio.
O matutino chama ainda à primeira página as várias reacções a nível mundial à atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo e realça que "amigos e familiares do dissidente não têm a certeza se o mesmo sabe da distinção".
"Quando o anúncio foi feito vários polícias rodeavam o condomínio em Pequim onde reside a mulher de Liu, proibindo a mesma de sair para se encontrar com amigos e jornalistas numa casa de chá perto do local", relata o jornal.
O diário volta a dedicar a página quatro ao assunto, em que realça o facto de Pequim ter censurado a divulgação da notícia através dos meios de comunicação social do país, não impedindo, porém, os chineses de conhecerem a distinção de Liu através da Internet e de mensagens escritas de telemóvel.
A mesma página, integralmente dedicada ao Nobel da Paz, dá destaque aos múltiplos apelos internacionais pela libertação de Liu e aos festejos que vários dissidentes procuraram realizar no continente chinês, apesar do forte controlo das autoridades, logo após o anúncio do Comité Norueguês.
O editorial do "South China Morning Post" defende que "uma nação confiante como a China deve ter espaço para o debate" de ideias, mesmo se o "governo acredita que as ideias dos seus críticos são prematuras para o estágio de desenvolvimento nacional".
"Afinal de contas, a força da nação reside no carácter, criatividade e determinação do seu povo, qualidades que a China tem em abundância", observa o matutino da região chinesa, ao observar que "os chamados dissidentes são reformistas que acreditam que não se pode continuar a negar direitos básicos às pessoas se a China realmente pretende tornar-se numa grande nação".
Na última página, o jornal apresenta um perfil de Liu Xiaobo e as razões do Comité Norueguês para a atribuição do Nobel da Paz.
O "Taipei Times", de Taiwan, chama também à capa a distinção do dissidente chinês, uma "escolha controversa" e realça que, mesmo perante a "ira de Pequim" face ao prémio, o Governo da ilha decidiu felicitar Liu Xiaobo.
Em Macau, o "Tribuna de Macau", o único jornal português com tiragem ao sábado, apenas faz referência ao Nobel da Paz na página sete, em que apresenta um perfil do dissidente, algumas reacções internacionais, salientando ainda a contestação de Pequim ao prémio.
O "Macau Daily Times" aborda o tema na capa e última página, em que apresenta fotografias de um protesto em Hong Kong, à porta do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em defesa da libertação de Liu Xiaobo.
JN
O diário "South China Morning Post", de Hong Kong, dedica três páginas ao dissidente chinês, destacando na capa a distinção contra a vontade de Pequim e a possibilidade de Liu Xiaobo poder ainda não ter conhecimento do prémio.
O matutino chama ainda à primeira página as várias reacções a nível mundial à atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo e realça que "amigos e familiares do dissidente não têm a certeza se o mesmo sabe da distinção".
"Quando o anúncio foi feito vários polícias rodeavam o condomínio em Pequim onde reside a mulher de Liu, proibindo a mesma de sair para se encontrar com amigos e jornalistas numa casa de chá perto do local", relata o jornal.
O diário volta a dedicar a página quatro ao assunto, em que realça o facto de Pequim ter censurado a divulgação da notícia através dos meios de comunicação social do país, não impedindo, porém, os chineses de conhecerem a distinção de Liu através da Internet e de mensagens escritas de telemóvel.
A mesma página, integralmente dedicada ao Nobel da Paz, dá destaque aos múltiplos apelos internacionais pela libertação de Liu e aos festejos que vários dissidentes procuraram realizar no continente chinês, apesar do forte controlo das autoridades, logo após o anúncio do Comité Norueguês.
O editorial do "South China Morning Post" defende que "uma nação confiante como a China deve ter espaço para o debate" de ideias, mesmo se o "governo acredita que as ideias dos seus críticos são prematuras para o estágio de desenvolvimento nacional".
"Afinal de contas, a força da nação reside no carácter, criatividade e determinação do seu povo, qualidades que a China tem em abundância", observa o matutino da região chinesa, ao observar que "os chamados dissidentes são reformistas que acreditam que não se pode continuar a negar direitos básicos às pessoas se a China realmente pretende tornar-se numa grande nação".
Na última página, o jornal apresenta um perfil de Liu Xiaobo e as razões do Comité Norueguês para a atribuição do Nobel da Paz.
O "Taipei Times", de Taiwan, chama também à capa a distinção do dissidente chinês, uma "escolha controversa" e realça que, mesmo perante a "ira de Pequim" face ao prémio, o Governo da ilha decidiu felicitar Liu Xiaobo.
Em Macau, o "Tribuna de Macau", o único jornal português com tiragem ao sábado, apenas faz referência ao Nobel da Paz na página sete, em que apresenta um perfil do dissidente, algumas reacções internacionais, salientando ainda a contestação de Pequim ao prémio.
O "Macau Daily Times" aborda o tema na capa e última página, em que apresenta fotografias de um protesto em Hong Kong, à porta do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em defesa da libertação de Liu Xiaobo.
JN