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A cerimónia fúnebre dos bebés siameses angolanos vai realizar-se no Kwanza-Sul em data ainda a determinar. Os corpos estão no Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, a aguardar a conclusão de vários procedimentos legais para serem transladados
Sobre a ida das crianças para Portugal, a fim de realizarem vários testes, o médico pediatra Francisco Domingos - que acompanhou o caso - explicou ao SOL que a unidade hospitalar da capital angolana não tem meios para os devidos diagnósticos. Assim sendo, a direcção do hospital decidiu transferi-los para Lisboa.
Foi na capital portuguesa que se ficou a saber que as crianças partilhavam um único coração e fígado, o que tornou impossível a separação.
Segundo o médico, o desgaste da viagem pode estar na base da morte dos bebés. Francisco Domingos estava preparado para qualquer resultado que saísse dos exames feitos em Lisboa, mas ainda sim lamenta o que aconteceu.
O clínico realçou, desde os primeiros momentos em que as crianças deram entrada no hospital de Luanda, que «quando estão ligados pelo tórax e abdómen, a probabilidade de partilha de órgãos é de 75%. Apenas 25% têm órgãos separados. Inicialmente tínhamos esperanças de que se tratasse de um caso que fizesse parte destes 25%, isto a partir dos resultados obtidos em Luanda. Mas, em Portugal constatou-se o contrário».
«O professor doutor Gentil Martins, cirurgião pediatra, disse que nestes casos os bebés acabam por morrer», referiu ainda o pediatra angolano ao SOL.
Entretanto, o vice-governador do Kwanza-Sul, Mateus Morais de Brito, disse que o governo da província e o Ministério da Assistência e Reinserção Social (Minars) vão continuar a apoiar a família, uma vez que os pais são camponeses humildes.
O vice-ministro da saúde, Carlos Alberto Masseca, lamenta o sucedido e garante que o seu ministério da saúde vai trabalhar no sentido de criar as condições necessárias em todos os hospitais para que toda mulher grávida possa fazer pelo menos duas ecografias durante a gestação.
O objectivo do ministério da saúde é melhorar a assistência de base à população, acrescentou Alberto Masseca.
sol.sapo.pt
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Sobre a ida das crianças para Portugal, a fim de realizarem vários testes, o médico pediatra Francisco Domingos - que acompanhou o caso - explicou ao SOL que a unidade hospitalar da capital angolana não tem meios para os devidos diagnósticos. Assim sendo, a direcção do hospital decidiu transferi-los para Lisboa.
Foi na capital portuguesa que se ficou a saber que as crianças partilhavam um único coração e fígado, o que tornou impossível a separação.
Segundo o médico, o desgaste da viagem pode estar na base da morte dos bebés. Francisco Domingos estava preparado para qualquer resultado que saísse dos exames feitos em Lisboa, mas ainda sim lamenta o que aconteceu.
O clínico realçou, desde os primeiros momentos em que as crianças deram entrada no hospital de Luanda, que «quando estão ligados pelo tórax e abdómen, a probabilidade de partilha de órgãos é de 75%. Apenas 25% têm órgãos separados. Inicialmente tínhamos esperanças de que se tratasse de um caso que fizesse parte destes 25%, isto a partir dos resultados obtidos em Luanda. Mas, em Portugal constatou-se o contrário».
«O professor doutor Gentil Martins, cirurgião pediatra, disse que nestes casos os bebés acabam por morrer», referiu ainda o pediatra angolano ao SOL.
Entretanto, o vice-governador do Kwanza-Sul, Mateus Morais de Brito, disse que o governo da província e o Ministério da Assistência e Reinserção Social (Minars) vão continuar a apoiar a família, uma vez que os pais são camponeses humildes.
O vice-ministro da saúde, Carlos Alberto Masseca, lamenta o sucedido e garante que o seu ministério da saúde vai trabalhar no sentido de criar as condições necessárias em todos os hospitais para que toda mulher grávida possa fazer pelo menos duas ecografias durante a gestação.
O objectivo do ministério da saúde é melhorar a assistência de base à população, acrescentou Alberto Masseca.
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