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Líderes Políticos!

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Jawarlal Nehru (1889-1964)

Primeiro-Ministro da Índia (1947-1964). Nascido em Allahabad, estudou Direito em Inglaterra. A partir de 1912, dedicou-se à política, preconizando a independência. Em 1929 e 1936, presidiu ao Conselho Nacional Indiano. Pugnou por um programa nacionalista, onde se pretendia a total independência, em vez do estatuto de Domínio para a Índia. Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros no período de Domínio (1947-1950), foi o primeiro chefe de governo da República Indiana. Também foi o responsável pela invasão das cidades pertencentes a Portugal: Goa, Damão e Diu (1961). Nehru era conhecido como Pandita Nehru, uma vez que Pandita era o nome da casta da sua família, significando "professor". Colabrou intimamente com Gandhi, defendendo contudo, um posicionamento mais radical e socialista. Apoiou sem duvida, a política de desobediência civil de Gandhi, estabeleceu a democracia no seu país e manteve a neutralidade da Índia. Nehru foi um dos grandes líderes do movimento para a Independência da Índia nos anos 30 e 40. Em 1947, concordou com a divisão do subcontinente indiano, e foi então, nomeado Primeiro-Ministro. Estabeleceu um Governo parlamentar e ficou conhecido pela sua política de neutralidade em assuntos externos. Pretendeu formar um Estado democrático moderno e secular e defendeu o nacionalismo indiano. No plano externo, manteve-se na Commonwealth, embora adoptando uma política de neutralidade, fazendo da Índia uma das maiores potências asiáticas.
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Jomo Kenyatta (1893-1978)

Primeiro-Ministro do Quénia (1963); Primeiro Presidente do Quénia independente (1964-1978). Jomo Kenyatta (cujo nome verdadeiro era Kamau Ngengi), pertencia ao povo Kikuyu do Quénia. Ficou orfão ainda criança e rapidamente se envolveu na política anti-colonial. Em 1922, juntou-se à Associação Central Kikuyu (KCA), vindo a tornar-se presidente. Após longas visitas à Grã-Bretanha e Rússia, voltou para se tornar presidente da União Africana do Quénia (KAU), em 1947. Kenyatta trabalhou para obter a independência do Quénia face à Grã-Bretanha, mas em 1952 foi condenado pelos Ingleses a uma pena de 7 anos de trabalho forçado, sob a acusação de estar envolvido com os terroristas Mau Mau. Após mais um ano de exílio no norte do Quénia, Kenyatta regressou para se tornar deputado em 1961, depois primeiro-ministro e primeiro presidente do Quénia independente. Sob o seu governo, o país viveu um período de paz e crescimento económico. Desenvolveu uma política de não-alinhamento, embora fosse sempre pró-ocidental. Kenyatta foi o responsável pelo fomento da economia e o investimento estrangeiro.
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Golda Meir (1898-1978)

Primeiro-Ministro de Israel (1969-1974). Nascida Golda Mabovitz em Kiev, na Rússia, mudou-se para a Palestina em 1917 e envolveu-se activamente na política. Participou nas negociações com os Britânicos, vindo a tornar-se directora do departamento político do Conselho Judaico, trabalhando para a libertação de prisioneiros politicos e imigrantes ilegais. Após a Independência de Isreal em 1948, serviu o país como embaixadora na U.R.S.S. (1948-1949), Ministra de Trabalho (1949-1956) e Ministra dos Negócios Estangeiros (1956-1966). Foi no exercício deste cargo, que ela desenvolveu boas relações com os países africanos não alinhados. Foi uma das fundadoras do Partido Trabalhista Israelita (1967) e a primeira mulher a assumir o cargo de Primeiro-Ministro de Israel (1969-1974). Durante o seu governo desenvolveu amplas negociações sobre a paz no Médio Oriente. Pretendendo manter os territórios ocupados em 1967 e sofrendo o boicote dos países africanos, Golda Meir teve de demitir-se em 1974, apesar de o seu partido ter vencido as eleições.
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Nikita Khrushchev (1894-1971)

Secretário-Geral do Partido Comunista da U.R.S.S. (1953-1964); Primeiro-Ministro da U.R.S.S. (1958-1964). Nascido em Kalinovska, filiado no Partido Comunista em 1918, subiu lentamente mas seguramente os degraus da hierarquia soviética. Foi combatente na guerra pós-revolucionária que se prolongou até 1920 e participou na Segunda Guerra Mundial, organizando a luta de guerrilhas na Ucrânia, e com a morte de Estaline (1953), passou a ocupar o cargo de Primeiro-Secretário do Comité Central do Partido Comunista. Nesse posto obrigou o Primeiro-Ministro Georgi M. Malenkov a demitir-se, tendo-o substituído por Nikolai N. Bulganine. Em 27 de Março de 1958 sucedeu a este no seu cargo, mas conservando o seu posto de Primeiro-Secretário do Partido, com o qual, do mesmo modo que Estaline, deteve a dupla chefia do Partido e do Estado.
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Viajou por numerosos países comunistas, teve um encontro (1960) com o presidente norte-americano, Eisenhower em Camp Davis e com o seu sucessor, Kennedy (1961) em Viena, para tratar de delicada questões internacionais. Foi durante o período da sua governação que a U.R.S.S., em competição feroz com os E.U.A., na corrida aos armamentos nucleares, lançou o primeiro satélite artificial do mundo, Sputnik I no dia 4 de Outubro de 1957, iniciando a corrida ao espaço com os E.U.A. Khrushchev denunciou Estaline oficialmente em 1956, prosseguindo políticas contrárias aos do seu antecessor, no plano interno. Mas no plano internacional, tentou criar um clima de desanuviamento. mas a sua incapacidade para desenvolver a economia do país, e a sua espectacular decisão de retirar as bases de mísseis e bombardeiros soviéticos estabelecidos em Cuba, durante a chamada «Crise dos Mísseis» (1962), teve como resultado a sua demissao dos seus cargos em 15 de Outubro de 1964.
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John Fitzgeral Kennedy (1917-1963)

35º Presidente dos E.U.A. (1960-1963); Senador de Massachusetts (1952-1960). Foi um dos presidentes mais novos do país e o primeiro católico na presidência. Nascido em Brookline (Massachusetts), alistou-se na Marinha dos E.U.A., em 1941, tendo atingido o posto de tenente. Distinguiu-se no Pacífico em 1943. Foi jornalista da Cadeia Hearst nas conferências de São Francisco e Potsdam. Em 1957 ganhou o Prémio Pulitzer com "Profiles in Courage"). Derrotou Nixon nas eleições presidenciais de 1960. Kennedy destacou-se com a sua política denominada Nova Fronteira, estabelecendo um programa de reforma dos direitos civis, incluindo o fim da segregação no ensino, segundo a qual as crianças americanas poderiam frequentar as mesmas escolas independentemente das suas origens raciais. Essa política foi executada a título póstumo por Lyndon Johnson. Kennedy foi partidário da descolonização e do apaziguamento das relações Leste-Oeste. Enfrentou um conjunto de crises externas, especialmente em Cuba e Berlim. Assumiu-se como único responsável pelo insucesso da invasão da Baía dos Porcos. O seu bloqueio a Cuba (1962), impedindo a instalação de mísseis nucleares soviéticos, provocou uma crise internacional, que culminou com a retirada dos Soviéticos de Cuba. Conseguiu a proeza de ver assinado o tratado da proibição de ensaios nucleares pelo Presidente soviético Nikita Khrushchev e pelo Primeiro-Ministro inglês Harold Macmillan. Aprovou a aliança para o progresso e consolidação das relações entre os E.U.A. e a América Latina.
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Como escritor, escreveu obras como: "A Estratégia da Paz", "Nação de Imigrantes", etc. Kennedy era um presidente muito popular nos E.U.A. e no estrangeiro. Mas a sua popularidade terminou quando foi assassinado na cidade de Dallas (Texas), por Lee Harvey Oswald, em 1963. Apesar deste assassino ter sido morto em seguida, suspeitando de sofrer perturbações mentais, muitos pensam que o Presidente dos E.U.A., foi morto por vingança dos seus inimigos. Essa ideia é muito popular nas teorias das conspirações.
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Richard Milhous Nixon (1913-1994)

37º Presidente dos E.U.A. (1969-1974); Vice-Presidente dos E.U.A. (1953-1961). Nasceu em Yorba Linda (Califórnia), foi Senador Republicano em 1946 e mais tarde Vice-Presidente de Dwigt Eisenhower (1953-1961). Candidato à Presidência em 1960, foi derrotado por Kennedy, voltando a apresentar-se de novo em 1968. Numa campanha tecnicamente perfeita, sob o lema da reconciliação ou reunificação, obteve a vitória sobre Humphrey por uma escassa margem.
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Como presidente dos E.U.A., Nixon estabeleceu relações diplomáticas com a China e U.R.S.S, e após anos de controvérsia, assinou em 1973, um acordo para pôr fim à guerra no Vietname. Continuou a apoiar Israel no seu conflito com os Árabes. Após as suas visitas a Moscovo e Pequim (1972), Nixon foi reeleito para um novo mandato (Novembro de 1972), mas envolvido no escândalo Watergate, demitiu-se em Agosto de 1974. Foi o único Presidente dos E.U.A. a demitir-se, sendo mais tarde perdoado pelo Presidente Gerald Ford. O caso Watergate foi um escândalo político de grandes proporções, envolvendo escutas ao edifício dos democratas, que comprometeu o presidente dos E.U.A., sujeitando-se a uma humilhação pública.
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Presença de tropas norte-americanas na Guerra do Vietname (1964-1975).
 
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Salvador Allende (1908-1973)

Presidente do Chile (1970-1973); Deputado por Valparaíso (1937), Ministro da Saúde (1939-1942); Senador (1945-1970). Nascido em Valparaíso, embora tenha sido médico, Allende dedicou-se à vida política. Ocupou vários cargos políticos e candidatou-se a presidente três vezes, sem êxito. Em 1970, foi finalmente eleito líder duma coligação de partidos de esquerda e socialistas, conhecida como a Unidade Popular (UP). Enquanto Presidente do Chile, procurou criar uma sociedade socialista num país subdesenvolvido, mantendo o modelo liberal dos acordos parlamentares. Tentou acordos com os democratas-cristãos para superar as dificuldades surgidas no plano económico, social e político, mas sem êxito. Acabou com o boicote diplomático e económico a Cuba. Nacionalizou as minas de cobre pertencentes a empresas americanas e submeteu a indústria mineira e de produção ao controlo do Estado. A nível agrícola entregou as terras às cooperativas de camponeses. Apesar de ter aumentado um pouco o seu apoio, a classe média mantinha-se insatisfeita e fazia-lhe oposição. A agitação social aumentou com greves, o que provocou uma grave crise económica e aumento da violência nas ruas. Na política externa, os E.U.A, sob a liderança de Richard Nixon, não queriam um Estado comunista à sua porta e apoiaram um golpe de Estado no dia 11 de Setembro de 1973, encabeçado pelo general Pinochet. Aleende foi morto a tiro no palácio presidencial.
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Deng Xiaoping (1904-1997)

Presidente da China (1978-1987). Deng Xiaoping juntou-se à Longa Marcha (1934-1935) de Mao, mas foi demitido durante a Revolução Cultural de 1966, sob a acusação de partilhar ideias capitalistas. Após a morte de Mao em 1976, Deng regressou ao poder. Fez muitas reformas económicas, mas manteve-se politicamente inflexível.
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Casal Juan (1895-1974) e Eva Peron (1919-1952)

Maria Eva Duarte conhecida por Evita de Perón foi a segunda mulher do Presidente argentino Juan Perón, Presidente da Argentina (1946-1955), e Primeira Dama influente da Argentina (1945-1952). Actriz de origem humildes, era muito ambiciosa e politicamente astuta, tendo desempenhado um papel importante no sucesso político do marido. Venerada e adorada pelo povo, pelas suas acções de beneficiência, sendo ela chefe de uma fundação de solidariedade, cujos capitais foram utilizados no apoio do regime peronista. Foi deste modo que Evita exerceu grande influência política. Evita tomou o controlo dos ministérios da Saúde e do Trabalho, tendo obtido o voto para as mulheres e criando muitas instituições de caridade.
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O seu marido, Juan Domingo Perón, General e Político argentino, nascido em Lobos, organizou o Grupo de Oficiais Unidos que apoiou o golpe de Estado de 1943, graças a qual assumiu a Secretaria do Trabalho e Previsão, a Pasta da Guerra e em Junho de 1944 a Vice-Presidência da nação. Em 1946, investido com a Suprema Magistratura, implantou o «justicialismo», que embora tenha introduzido amplas reformas laborais, reprimiu toda a oposição política. Em 1951 foi reeleito por grande maioria de votos e em 1954 iniciou uma campanha contra a Igreja Católica, na tentativa de a privar do seu carácter de religião oficial. Excomungado em 15 de Junho de 1955, demitiu-se a 19 de Setembro do mesmo ano, após a revolta militar do general Lonardi, e marchou para o desterro, em Espanha. A 23 de Setembro de 1973, foi reeleito para a Presidência, após a demissão de Héctor Cámpora, seu fiel seguidor, que tinha obrido esse mandato em 11 de Março do mesmo ano. Como Presidente, Perón nacionalizou empresas e aumentou os salários dos funcionários públicos, mas deixou avolumar a dívida externa e viu aumentar as dificuldades económicas do país. Depois da morte da sua segunda mulher, Eva Perón, perdeu popularidade.
 
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Sirimavo Bandaranaike (1916-2000)

Primeira-Ministra do Sri Lanka (1960-1965; 1970-1977; 1994). Foi a primeira mulher a exercer este cargo no mundo. Derrotada nas eleições de 1965, voltou ao poder com uma vitória nas eleições de 1970, e foi novamente derrotada em 1977, para em 1994, ser de novo, Primeira-Ministra, nomeação feita por sua filha, Chandrika, que acabara de ser eleita Presidente da República; esta última, entrou na política em 1988, após o assassínio de seu marido, Vijaya Kumaratunga. Após o assassinato do seu marido em 1959, a senhora Bandaranaike tornou-se líder do Partido da Liberdade do Sri Lanka, prosseguindo com as políticas socialistas do seu marido. Começou por desenvolver acções de ajuda à melhoria das condições de vida das mulheres do Sri Lanka. A nível externo, desenvolveu uma política de não alinhamento, expulsando o Exército de Paz Americano. No plano interno empreendeu um programa de nacionalizações, nomeadamente uma nacionalização parcial das indústrias da borracha e do petróleo, facto que levou os E.U.A. a suspenderem a ajuda económica ao Sri Lanka. Também desenvolveu reformas no plano da saúde e do ensino, por exemplo, colocando as escolas particulares sob a alçada do Estado. Fomentou a cultura nativa e a religião. Entre 1965 e 1970, saiu do governo, regressando após este interregno, vindo a opor-se em 1971, a uma tentativa de golpe de Estado da esquerda. A sua família Bandaranaike-Kumaratunga, tem sido uma das chaves da vida política do país, após o período colonial, quando o Ceilão passou a chamar-se Sri Lanka.
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Indira Gandhi (1917-1984)

Primeira-Ministra da Índia (1966-1977 e 1980-1984). Foi a primeira mulher a ser Primeiro-Ministro da Índia. Era filha de Jawaharal Nehru. Tornou-se líder do Partido do Congresso em 1959. Em 1975, foi condenada por manipular o resultado das eleições, sendo derrotada em 1977. Apoiada pelo filho Sanjay, voltou ao poder em 1980, mas foi assassinada por dois sikhs que pertenciam à sua guarda pessoal, em 1984. A sua política externa foi caracterizada por um bom relacionamento com a U.R.S.S., embora opondo-se à invasão do Afeganistão, e cooperou com os países em vias de desenvolvimento. A sua política interna foi dominada por reformas económicas-sociais, embora com reivindicações de algumas minorias indianas, sobretudo dos sikhs. Durante os seus mandatos, chegou a ter necessidade de declarar o Estado de emergência, aquando dos tumultos em 1975, restringindo as liberdades civis, prendendo dirigentes da oposição e centralizando o poder em si.
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Gamal Abdel Nasser (1918-1970)

Primeiro Presidente do Egipto (1956-1970). Participou activamente no derrube do regime britânico e colaborou na formação do movimento dos oficiais livres. Encabeçou o golpe militar que depôs o Rei Farouk do Egipto em 1952 e estabeleceu o país como república. Combateu na guerra israelo-árabe de 1948. Como político, começou por ser Ministro do Interior, depois em 1954, Primeiro-Ministro e finalmente Presidente, em 1956. No plano internacional, interveio em variados acontecimentos, começando por seguir uma política de não-alinhamento e participando na Conferência de Bandung.

Em 1955, tornou-se líder da Liga Árabe. A crise do Suez foi talvez o aspecto mais conhecido do seu governo, ao ter nacionalizado o canal do Suez, depois de o Reino Unido e os E.U.A. terem cancelado a ajuda para a construção da barragem de Assuão. Isto provocou um incidente internacional. Em 1958, Nasser tornou-se Presidente da República Árabe Unida, uma união entre o Egipto e a Síria que se desfez quando a Síria se retirou da união em 1961. Entre 1962 e 1968, Nasser interveio na Guerra Civil do Iémen e em 1967 na Guerra dos Seis Dias, com Israel, vindo a entabular negociações com Israel. Nasser tentou demitir-se quando perdeu a Guerra dos Seis Dias, mas foi convencido a manter-se no cargo. Conseguiu que o Egipto fosse rearmado pela U.R.S.S. em 1970. A nível interno, criou um Estado totalitário, impôs o Islamismo como religião oficial e ocidentalizou o Egipto. Nasser morreu subitamente em 1970, logo após ter assinado um cessar fogo com Israel.
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Anwar el-Sadat (1918-1981)

Presidente do Egipto (1970-1981); Vice-Presidente (1964-1970). Sadat foi por duas vezes Vice-Presidente do Egipto, tendo assumido a Presidência após a morte de Nasser. Amigo e conselheiro de Nasser, pertenceu tal como este, ao grupo dos oficiais livres, que destituiu o Rei Faruk em 1952. Depois do triunfo da Revolução (1953), foi Secretário-Geral e Presidente do partido único União Socialista Árabe, Presidente da Assembleia Nacional e Vice-Presidente da RAU (1969). Ao suceder a Nasser, Sadat notabilizou-se pelas suas posições no conflito israelo-árabe, tendentes ao estabelecimento da paz na região do Suez. Assinou o Acordo de Camp David que estipulava a retirada dos Israelitas do Monte Sinai em troca do reconhecimento egípcio do direito à existência do Estado de Israel. Esse encontro foi organizado para resolveram as suas divergências, pelo Presidente dos E.U.A., Jimmy Carter. Os dois líderes, Sadat e o líder israelita, Menachem Begin, receberam conjuntamento o Prémio Nobel da Paz em 1978. Em 1981, Sadat foi assassinado por extremistas muçulmanos, durante um desfile militar.
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Julius Nyerere (1922-1999)

Presidente da Tanzânia (1964-1985). Nyerere passou a sua vida política a fazer campanha pela independência de África. Em 1961 levou Tanganica à Independência da Grã-Bretanha. Entre 1962 e 1963, uniu Tanganica e a ilha de Zanzibar, formando a República da Tanzânia. Político e Estadista, nasceu em Butiama. Estudou História e Economia em Edimburgo, e ao regressar a Àfrica, fundou a União Africana Nacional Tanzaniana (TANU), em 1954. Este partido foi a força relevante na conquista da independência. Em 1961 foi Primeiro-Ministro, em 1964, Presidente da Tanzânia. Prosseguiu uma política de um nacionalismo pan-africano, com tendências socialistas. Criou um Estado unipartidário, com eleições apenas para o Parlamento, nacionalizou empresas, defendeu que a revolução industrial não era benéfica para o seu país. Demitiu-se da Presidência em 1985.
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Kenneth David Kaunda (1924- )

Presidente da Zâmbia (1964-1991). Lutou pela Independência da Rodésia do Norte (hoje Zâmbia). Tornou-se membro do ANC em 1949, chegando a desempenhar o cargo de Secretário-Geral. Discordâncias no ANC levaram a uma cisão em 1959. Kaunda fundou então o partido Unido Nacional para a Independência (UNIP). O partido ganhou as eleições de 1961 e Kaunda foi Ministro da Administração Local no primeiro governo negro de África. Como Presidente, tornou o UNIP partido único. O declínio económico e agitação social forçaram-no a implantar o sistema multipartidário. Em 1991, o UNIP foi derrotado e Kaunda perdeu o poder. Durante o período do seu mandato como Presidente, o país viveu com grandes dificuldades económicas e quase sempre, em regime de partido único, mas Kuanda conseguiu evitar o deflagrar de guerras tribais.
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Nelson Mandela (1919-2013)

Presidente da África do Sul (1994-1999). Nelson Mandela tem passado toda a sua vida adulta a lutar contra o racismo e a violação dos direitos humanos na África do Sul. Advogado e Político sul-africano, nasceu no Transkei. Estudou Direito em Joanesburgo e em 1941 aderiu ao Congresso Nacional Africano (ANC). Começou a excercer advocacia em 1952, ao mesmo tempo que se tornava um acérrimo defensor da população negra maioritária da África do Sul, privada então praticamente de direitos por um severo regime de discriminação racial conhecido como «apartheid». Desenvolveu a sua luta política através do Congresso Nacional Africano (ANC), a organização mais rapresentativa da maioria negra, a que passou a pertencer em 1941 e do qual rapidamente se tornaria um destacado dirigente. Confrontado com o governo de minoria branca, foi condenado em 1952 a 9 meses de prisão. Quatro anos mais tarde, foi acusado de alta traição, mas foi absolvido posteriormente. Após o massacre de Sharpeville, em 1960, o ANC foi banido e Mandela organizou uma greve nacional de 3 dias. Saiu do país ilegalmente para fundar o "Lança da Nação".

Aquando do seu regresso em 1964, foi condenado a prisão perpétua por sabotagem e traição, nomeadamente, conspiração para derrubar o governo mediante a revolução e promover uma invasão armada da África do Sul. Só seria libertado em 1990, graças à nova política de reformas iniciada pouco antes pelo presidente Frederik De Klerk, que de seguida fez dele o principal interlocutor político do seu ambicioso projecto. Depois de três anos e meio de complexas negociações, em meados de 1993 foram finalmente convocadas eleições por sufrágio universal, que em 1994, deram a vitória a Nelson Mandela, Presidente da República da África do Sul até 1999. O ANC foi legalizado. Em 1993, o Parlamento norueguês concedeu a Nelson Mandela e a Frederik De Klerk o Prémio Nobel da Paz. Nelson Mandela tornou-se o primeiro negro da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de outras linhas políticas.
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Cory Aquino (1933- 2009)

Presidente das Filipinas (1986-1992). Corazon Cory Aquino era opositora do regime de direita de Marcos. Apoiada por um movimento popular não violento, concorreu contra Marcos nas eleições de 1986. Depois de ter acusado o seu adversário de manipulação dos resultados, ganhou a presidência. Política filipina, educada nos E.U.A., após o assassínio do seu marido, Benigno em 1983, promoveu um movimento popular, que culminou com a sua nomeação como Presidente da República das Filipinas após as eleições de 1986. Terminado o seu mandato em 1992, foi substituída por Fidel Ramos.
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Dalai Lama (1935- )

Chefe temporal e religioso do Tibete, com residência tradicional em Lassa. O seu nome Dalai Lama significa «Oceano de Saber». Esta dupla autoridade máxima teve a sua origem histórica no poder outrogado pelo invasor mongol a um chefe religioso budista no século XVII. O fundamento teológico lamaísta da sua primazia baseia-se na crença de que se trata da reencarnação de Bodisatva Avalokiteshvara, personalidade budista. A sua identificação é efectuada mediante a ocorrência de determinados sinais, tais como o nascimento à mesma hora em que o anterior Dalai Lama morreu. Desde a ocupação do Tibete pela China comunista em 1959, o actual Dalai Lama (Tenzi Gyatso, nascido em 1935, em Gumbum) reside na Índia e foi Prémio Nobel da Paz em 1989. É autor da obra "Meu País e Meu Povo" (1962). Os tibetanos acreditam que o seu líder reencarna em cada geração. Em 1940, o actual Dalai Lama foi escolhido para líder por monges tibetanos ainda criança.
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Ronald Reagan (1911-2004)

40º Presidente dos E.U.A. (1981-1989); Governador da Califórnia (1966-1974); Actor em Hollywood (1937-1964). Aderiu ao Partido Republicano em 1962, e ficou famoso pelo seu republicanismo conservador, assumindo como membro da facção mais conservadora do Partido Republicano. Nascido em Tampico (Illinois), dedicou-se primeiro à rádio, onde fazia jornalismo desportivo. Foi actor de cinema e Presidente do Sindicato dos Actores (1947-1952). Mas a sua carreira artística no cinema teve pouco destaque. A partir daí, a actividade política passou a dominar a sua vida. Militou inicialmente nas fileiras do Partido Democrata, depois passou para o Partido Republicano. Em 1980 venceu as eleições presidenciais, derrrotando de uma forma clara, Jimmy Carter, tendo tomado posse a 20 de Janeiro de 1981. Os anos da presidência foram marcados por importantes acontecimentos no plano interno e sobretudo, internacional. Em termos de política interna, o aumento das despesas com a defesa, a diminuição das despesas sociais, cortando na assistência social e as altas taxas de juros originaram uma elevada taxa de desemprego e um agravamento generalizado da conjuntura económica, o que modificou parcialmente a sua política económica em 1982 com um aumento dos impostos, contra o que tinha prometido na sua campanha eleitoral. Em termos de política externa, caracterizou-se por uma extrema dureza em relação à U.R.S.S., uma pressão cada vez maior sobre os movimentos de esquerda da América Latina e uma firma decisão no sentido de convencer os países da NATO da necessidade de instalar nos seus territórios os mísseis Pershing II, Cruise e MX.
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Em 1983, apresentou o projecto da Iniciativa de Defesa Estratégica (IDE), conhecida como «Guerra das Estrelas». Foi reeleito para outro mandato em 1984, durante o qual foi contestado pela entrega de armas ao Irão. No segundo mandato, porém, Reagan manifestou abertura ao diálogo com o líder reformista soviético Mikhail Gorbachev. Os dois chegaram a acordo quanto à necessidade de ser efectuado um desarmamento progressivo de parte a parte, pondo, assim, termo à chamado Guerra Fria. Ronald Reagan foi alvo de um atentado a tiro em 1981. Em Janeiro de 1989, foi substituido pelo seu Vice-Presidente, George H. Busch, como Presidente dos E.U.A.
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Representação artística de uma arma de energia dirigida baseada no espaço (1984).
 
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Mikhail Gorbatchov (1931- )

Presidente da U.R.S.S. (1990-1991); Secretário Geral do Partido Comunista da U.R.S.S. (1985-1991). Arquitecto da Perestroika e Glasnost. Os seus esforços para democratizar o sistema político e descentralizar a economia, a grande revolução a que deu o nome de Perestroika, levaram à queda do Comunismo e ao desmembramento da U.R.S.S. em 1991. Nascido em Privolnoie (Stavropol), filho de camponeses, Gorbatchov licenciou-se em Direito pela Universidade de Moscovo (1955), e posteriormente, em Agronomia no Instituto Agrícola da Stavropol (1967). Filiado no Partido Comunista desde 1952, foi eleito membro do seu Comité Central em 1971. Candidato ao Politburo em 1979, um ano mais tarde já era membro de pleno direito do mesmo, o mais jovem de então. A morte de Konstantin Tchernenko em 1985, permitiu-lhe ascender a Secretário-Geral do Partido e mais tarde, Presidente do Soviete Supremo. Gorbatchev adoptou reformas que puseram fim à Guerra Fria entre a U.R.S.S. e o E.U.A e levaram à dissolução da U.R.S.S em repúblicas independentes.
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A Perestroika «Reconstrução» desmembrou o sistema de planificação central de Estaline, tendo afectado sobretudo os sectores económico e industrial. A Glasnost «Abertura», deu maior liberdade pessoal ao povo russo. A censura foi abolida e a tolerância religiosa promovida, os dissidentes foram libertados da prisão, a liberdade de imprensa permitiu uma circulação mais livre da informação e desenvolveram-se as relações com o Ocidente. Gorbachev foi aplaudido no exterior pelas suas políticas, vindo a ganhar o Prémio Nobel da Paz em 1990, mas tornou-se impopular internamente, tendo sido destituído por um golpe de Estado encabeçado pelo Vice-Presidente Gennadi Yanáyez, em Agosto de 1991, depois de ter tido um diferendo com Ieltsin, Presidente da Rússia, e ter demitido, Sheverdnadze, Ministro dos Negócios Estrangeiros. Ieltsin sucedeu-lhe e Gorbachev viu ser posto em causa as suas ideias de um Tratado da União, através do qual pretendia conservar unidos todos os territórios da U.R.S.S. A Comunidade de Estados Independentes (CEI) pôs fim ao último dos impérios, numa aceleração histórica praticamente sem precedentes, que de resto conduziu à sua demissão em Dezembro de 1991, sem no entanto se poder deixar de considerar Gorbachev como o homem responsável pelas mudanças políticas mais radicais e vastas do século XX.
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