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"Yields" acentuaram a tendência de queda, e descem já mais de 14 pontos base, na maturidade a 10 anos.
A expectativa de um acordo político em torno do Orçamento do Estado para 2011 estará a contribuir para a evolução dos juros da dívida portuguesa, num dia em que a tendência também é de quedas na maioria dos mercados europeus.
Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos estão a recuar 14,7 pontos base para 5,715%, mantendo-se, portanto, próximos da fasquia de 6% e ainda não muito distantes do máximo de 6,6% atingido no final de Setembro, que forçou o Governo a antecipar a divulgação das medidas mais austeras que pretende implementar no próximo ano, como o corte de salários da função pública e uma nova subida da taxa do IVA.
Os sinais de ligeiro alívio estendem-se a todos os prazos. As taxas de juro associadas à dívida pública a dois anos cedem 10 pontos base para 3,037%, e os juros das obrigações a cinco anos recuam 15,8 pontos base para 4,408%.
Este movimento de alívio nas condições de financiamento é comum à generalidade dos Estados europeus. As taxas de juro cobradas pelos investidores para financiarem a Alemanha - e que servem de referência à Europa – estão a descer 1,3 pontos base, para 2,461%, nas obrigações a dez anos, e recuam 3,2 pontos, para 0,971%, a dois anos.
Os “spreads” – ou seja, a diferença entre as taxas portuguesas e alemãs que mede o prémio de risco cobrado pelos investidores para financiar Portugal em vez da Alemanha – permanecem assim dilatados: a dez anos, o “spread” está em 325 pontos base.
O impasse em torno da viabilização do próximo Orçamento do Estado tem sido um dos factores apontados pelos analistas para explicar o regresso, na semana passada, das tensões ao mercado da dívida pública portuguesa.
Governo e PSD estão hoje reunidos pela terceira vez em três dias para tentar chegar a um compromisso que permita aos social-democratas absterem-se na votação marcada para 3 de Novembro, viabilizando, assim, o Orçamento para o próximo ano.
As negociações, lideradas pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos (na foto), por um lado, e por Eduardo Catroga, antigo titular da pasta no último governo de Cavaco Silva, pelo outro, são retomadas a dois dias de o Instituto de Gestão do Crédito Público (ICGP) realizar um duplo leilão de Obrigações do Tesouro, com maturidades a quatro e a oito anos. O montante indicativo global é de 750 a 1250 milhões de euros, sendo esta a primeira emissão de obrigações do Tesouro desde a apresentação de proposta de Orçamento do Estado para 2011.
Jornaldenegocios
A expectativa de um acordo político em torno do Orçamento do Estado para 2011 estará a contribuir para a evolução dos juros da dívida portuguesa, num dia em que a tendência também é de quedas na maioria dos mercados europeus.
Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos estão a recuar 14,7 pontos base para 5,715%, mantendo-se, portanto, próximos da fasquia de 6% e ainda não muito distantes do máximo de 6,6% atingido no final de Setembro, que forçou o Governo a antecipar a divulgação das medidas mais austeras que pretende implementar no próximo ano, como o corte de salários da função pública e uma nova subida da taxa do IVA.
Os sinais de ligeiro alívio estendem-se a todos os prazos. As taxas de juro associadas à dívida pública a dois anos cedem 10 pontos base para 3,037%, e os juros das obrigações a cinco anos recuam 15,8 pontos base para 4,408%.
Este movimento de alívio nas condições de financiamento é comum à generalidade dos Estados europeus. As taxas de juro cobradas pelos investidores para financiarem a Alemanha - e que servem de referência à Europa – estão a descer 1,3 pontos base, para 2,461%, nas obrigações a dez anos, e recuam 3,2 pontos, para 0,971%, a dois anos.
Os “spreads” – ou seja, a diferença entre as taxas portuguesas e alemãs que mede o prémio de risco cobrado pelos investidores para financiar Portugal em vez da Alemanha – permanecem assim dilatados: a dez anos, o “spread” está em 325 pontos base.
O impasse em torno da viabilização do próximo Orçamento do Estado tem sido um dos factores apontados pelos analistas para explicar o regresso, na semana passada, das tensões ao mercado da dívida pública portuguesa.
Governo e PSD estão hoje reunidos pela terceira vez em três dias para tentar chegar a um compromisso que permita aos social-democratas absterem-se na votação marcada para 3 de Novembro, viabilizando, assim, o Orçamento para o próximo ano.
As negociações, lideradas pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos (na foto), por um lado, e por Eduardo Catroga, antigo titular da pasta no último governo de Cavaco Silva, pelo outro, são retomadas a dois dias de o Instituto de Gestão do Crédito Público (ICGP) realizar um duplo leilão de Obrigações do Tesouro, com maturidades a quatro e a oito anos. O montante indicativo global é de 750 a 1250 milhões de euros, sendo esta a primeira emissão de obrigações do Tesouro desde a apresentação de proposta de Orçamento do Estado para 2011.
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