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Senado francês confirma reforma do sistema de aposentações

florindo

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O Senado francês confirmou hoje, terça-feira, o voto positivo da controversa reforma do sistema de aposentações, um dia antes do voto final da Assembleia Nacional, que irá marcar a adopção definitiva do projecto pelo Parlamento francês.

Senado francês confirma reforma do sistema de aposentações
Reforma está na origem de protestos

A confirmação da aprovação do projecto recebeu 177 votos a favor e 151 contra.

As duas câmaras do Parlamento francês já tinham aprovado uma primeira versão da reforma. Esta segunda votação abre o caminho para a promulgação do diploma em meados de Novembro.

O novo regime aumenta a idade de reforma plena de 65 para 67 anos, qualquer que tenha sido o tempo de descontos, e altera a idade mínima para aceder ao regime pensionista, de 60 para 62 anos.

A reforma do sistema de pensões francês tem sido alvo de forte contestação pela oposição, sindicatos e pela população francesa em geral, com a organização de vários dias de paralisação e de várias manifestações nas principais cidades do país, com a participação de milhões de trabalhadores.

Após duas semanas de intensos protestos, o movimento de contestação parece agora revelar alguns sinais de enfraquecimento, nomeadamente no sector energético.

Cinco das 12 refinarias francesas, que estiveram paralisadas entre 10 a 15 dias, recomeçaram os trabalhos, anunciou hoje, terça-feira, o ministro do Interior francês, Brice Hortefeux.

Sete refinarias continuam em greve, mas o cansaço e o desânimo começam a ser visíveis. É o caso de Grandpuits (a principal no abastecimento de Paris), onde a multidão de grevistas dos primeiros dias começou a desaparecer.

"Existem menos pessoas, é normal, as pessoas estão cansadas, está frio", explicou um trabalhador veterano da refinaria, Christophe Loton.

O abastecimento de combustível também começou a estar estabilizado em "20 a 25%" das estações de serviço bloqueadas, afirmou a União francesa das indústrias petrolíferas (Ufip).

Também no sector dos transportes, a mobilização parece estar a perder alguma força, com o restabelecimento de várias ligações de alta velocidade, regionais e internacionais, nomeadamente para a Bélgica, Reino Unido e Alemanha.

Os serviços de recolha do lixo de várias cidades também regressaram ao trabalho. Em Marselha, a segunda maior cidade do país (sul), perto de 10 mil toneladas de lixo ficaram acumuladas nas ruas. A limpeza da cidade irá demorar cerca de quatro a cinco dias.

Os sindicatos franceses apelaram na semana passada para a realização de duas novas jornadas de protesto nacional, a 28 de Outubro e a 6 de Novembro.
 
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