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Saneamento duplica preço e factura da água em Gaia fica mais cara

eica

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Preço da água mantém-se, mas as taxas de saneamento e de resíduos sólidos vão subir

A factura da água dos gaienses será mais cara a partir de Janeiro. Embora a Câmara de Gaia não altere o preço da água para o próximo ano, mexe nas restantes tarifas que engordam a conta dos munícipes. No caso do saneamento, passará a cobrar o dobro.

A proposta da Empresa Municipal de Águas de Gaia foi aprovada, ontem, com os votos contra dos socialistas"na reunião do Executivo. O presidente da Autarquia, Luís Filipe Menezes, garante que os ajustamentos resultarão num acréscimo de 3,5% na factura de 70 a 80% dos consumidores.

O vereador do PS, Eduardo Vítor Rodrigues, mostra outros números e critica este agravamento que penaliza os gaienses, realçando que a Águas de Gaia "pode abdicar de uma parcela dos seus lucros em nome da coesão social".

Feitas as contas, o socialista contrapõe que a factura combinada da água (o saneamento e os resíduos sólidos são cobrados de acordo com o consumo de água) subirá 12,7%, correspondendo a um crescimento de 34,6% na taxa de saneamento e de 12,1% na de resíduos sólidos. Eduardo Vítor Rodrigues solicitou a retirada da proposta, mas foi recusada pelo PSD/PP que a aprovou.

"A Câmara avança com uma proposta de novo tarifário que é brutal e lastimável. Não altera o preço da água, mas aumenta o saneamento e os resíduos sólidos que dependem do consumo da água. É uma habilidade que não se justificava", condena o vereador do PS.

Comparando as tabelas em vigor com a proposta aprovada, verifica-se que o Município não mexe no preço da água nem nas tarifas de disponibilidade de água e de saneamento (de 3,95 e de quatro euros respectivamente).

"O aumento é de zero. Entendemos que não fazia sentido haver aumento da água para 2011 e absorvemos o prejuízo que é de 0,3% por metro cúbico", esclarece Luís Filipe Menezes. Porém, as restantes tarifas que integram a factura da água subirão.

No caso do saneamento, o aumento é para o dobro para os consumidores domésticos, enquanto nos resíduos sólidos é de cinco e de 10 cêntimos nos três primeiros escalões da tabela.

Este ano, os moradores com um consumo de água entre 1 a 5 metros cúbicos pagaram 17 cêntimos por metro cúbico de saneamento. A partir de Janeiro, terão de suportar 35 cêntimos por metro cúbico pelo saneamento. Já quem gasta entre 6 e 10 metros cúbicos de água desembolsava 33 cêntimos por metro cúbico, mas passará a suportar uma taxa de saneamento de 60 cêntimos por metro cúbico de água gasta.

O presidente da Águas de Gaia, José Maciel, explica que a subida é inevitável, embora "minimalista", face aos custos acrescidos que a empresa terá de suportar com a recolha e o tratamento de lixo, a cargo da SUMA e da Suldouro, e com a integração da gestão do saneamento em alta na empresa intermunicipal SIMDouro.

Entende ser indispensável uma actualização do tarifário do saneamento, de modo a aproximar-se das tarifas praticadas pela SIMDouro.

"Houve a preocupação de manutenção do equilíbrio económico-financeiro da empresa. A factura dos consumidores domésticos no primeiro escalão terá um aumento de dois a 2,5 euros", aponta José Maciel, salientando que o tarifário que a SIMDouro aplica às Águas de Gaia é o dobro que a empresa aplica aos moradores e às empresas do concelho.

Quanto ao grosso dos consumidores da Águas de Gaia (que gastam por mês 10 metros cúbicos), o "agravamento será entre 2,5 e três euros. A factura passará de 27 para 30 euros", acrescenta.

No entanto, Menezes sublinha que o tarifário para 2011 ainda pode ser revisto, no que toca às taxas de resíduos sólidos, caso a entidade reguladora aceite o protesto da Câmara.

A Suldouro, responsável pelo tratamento do lixo de Gaia, decidiu subir o preço que cobra à Autarquia de 16,64 para 25,04 euros por tonelada de resíduos sólida tratada.

O Município contestou a deliberação, mas, no momento de elaborar o novo tarifário, contabilizou esse aumento de custos. Se o protesto municipal for aceite pela entidade reguladora, o valor da taxa de resíduos sólidos poderá ser mais baixo.

Jornal de Notícias
 
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