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Fertilização in vitro possibilita tetraplégico ser pai

B@eta

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Fertilização in vitro possibilita tetraplégico ser pai

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Problema que afeta aproximadamente um em cada cinco casais, ao contrário do que se acreditava no passado, a infertilidade não é um problema exclusivo da mulher. Carlos Moraes Sinamomo, 52 anos, sabe bem disso. Depois de um grave acidente de carro em 2007 ficou tetraplégico e sem esperanças de ter mais filhos.

Carlos morava em Tucuruí no Pará e trabalhava em uma usina de montagem de turbinas. Numa viagem de trabalho à Belém o inesperado aconteceu. Após uma curva na estrada, Carlos se deparou com um caminhão abandonado no meio da rodovia e não conseguiu frear. Quando percebeu, já tinha batido o carro e estava sendo socorrido por policiais no locaL. “Não demorou muito e a ambulância chegou, mal equipada, com um socorrista mal preparado. Me lembro de insistir com ele pra me colocar um colar cervical, pois me puxavam pelas pernas”, conta Carlos, que foi levado para o hospital mais próximo.

Após o pré atendimento, Carlos foi para Belém onde permaneceu por 12 dias. Depois disso, foi transferido para São Paulo para iniciar seu tratamento de recuperação. Aos 45 anos, separado e com um casal de filhos, Karina com 25 e Rafael 17 anos, Carlos tinha certeza de que sua vida havia acabado após o acidente, até conhecer Maysa, uma bela surpresa que a vida lhe reservou.

Ao chegar na capital paulista, a empresa em que ele trabalhava contratou Maysa C. Mascarin para ser sua fisioterapeuta. A partir daquele momento surgia uma bonita história de amor. “Depois de um tempo acabei descobrindo na Maysa uma nova vida, uma nova possibilidade de me apaixonar, uma nova possibilidade de viver”.

Com esperança Carlos investiu no novo relacionamento. Porém faltava algo para a felicidade do casal: um filho. Maysa, que tinha o sonho de ser mãe, nunca aceitou as limitações do marido e passou a buscar alternativas para realizar seu objetivo. “Desde que nos conhecemos, eu sabia dessa vontade dela em ser mãe, mas depois de tudo que eu havia passado por conta da lesão medular, eu jamais imaginava ser pai novamente. Confesso que fiquei um pouco assustado, mas depois acabei gostando da idéia”, explica Carlos.

A esperança
Apesar de compartilhar do sonho de Maysa, Carlos achava que seria impossível realizá-lo devido suas condições de cadeirante. Foi quando Maysa conheceu Philip Wolf, embriologista e doutor em Ciências Biomédicas, que lhe explicou ser totalmente possível ser pai novamente apesar de sua deficiência. O tratamento sugerido pelo médico foi a fertilização in vitro, já que a inseminação artificial poderia demorar a dar resultados e os mesmos poderiam não ser satisfatórios.

Depois de concluída a primeira etapa, Maysa se submeteu à fertilização e para alegria de todos, já na primeira tentativa, a gravidez foi confirmada pelos médicos. Hoje, com nove semanas de gravidez, a família está eufórica com chegada do bebê. “Estou muito feliz e não há nada mais prazeroso para um homem do que a possibilidade de ter um filho. Ser cadeirante é apenas uma condição em que eu me encontro hoje”, afirma Carlos cheio de planos novamente.

De acordo com o Departamento de Urologia e Centro de Reprodução Sexual da Clínica Médica da Universidade de Washington – EUA cerca de 95% dos homens que sofrem de lesão medular não conseguem ejacular, o que dificulta as chances de terem filhos. Segundo o médico Philip, “Carlos sofria de azoopermia (ausência de esperma) e por isso, optamos por retirá-los diretamente do canal por meio de uma microcirurgia”. De acordo com o especialista, “o tratamento ao qual Carlos foi submetido pode ser realizado com homens que apresentam esse tipo de patologia, que acomete homens cadeirantes ou não.

Fonte: deficiente-forum
 
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